[2016 NBA Finals] 3 ajustes para os Cavs vencerem o Jogo 2

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3 min readJun 5, 2016

O Cleveland Cavaliers tem um jogo importante para suas pretensões nas Finais da NBA. Apenas três times viraram uma série após estarem perdendo por 0–2. Em 1969 o Boston Celtics virou a série contra o Los Angeles Lakers, a única série na história da NBA com o MVP das Finais vindo do time derrotado: Jerry West, em 1977 o Portland Trail Blazers conseguiu derrotar o Philadelphia 76ers e, mais recentemente, o Miami Heat iniciou perdendo as duas partidas em Dallas mas acabou vencendo quatro seguidas em 2006.

Não é segredo que os Cavs deverão fazer ajustes para terem chances no Jogo 2 das Finais. Três deles abaixo:

Imprimir um ritmo forte

O genial Tex Winter costumava dizer que um time pode se apressar para uma surra. Os Cavs devem cuidar isso, não é só correr. Entrar no jogo dos Warriors e iniciar uma guerra de jogo de transição é tudo que o time não quer. A ideia é escolher bem o momento de atacar velozmente, mas nunca forçar. Caso não tenha os números, os Cavs devem pisar nos freios e montar um ataque de meia quadra.

Como o Oklahoma City Thunder mostrou nas finais da Conferência Oeste, correr contra os Warriors pode ser efetivo. A defesa de transição do time de Oakland não é das melhores. Os Cavs tem as armas para atacar a fraqueza do adversário como poucos. Os passes após rebotes de Kevin Love, a velocidade de Kyrie Irving e a locomotiva que é LeBron James serão importantes para isso.

Mas, não mais importantes que paciência e sabedoria para correr na hora certa.

Movimentação ofensiva

Ter James e Love no post up é uma vantagem imensa — e, já que falei do Thunder, uma que OKC não teve na WCF. Quando times não dobram a marcação em um dos dois os Cavs têm jogadores que podem arremessar de 3 com sucesso. Infelizmente, a postura do time não permitiu isso.

Quando a bola chegou ao post no Jogo 1, e a marcação veio dobrou e os arremessadores dos Cavs ficaram parados. Por melhor que seja a defesa dos Warriors, os Cavs não podem facilitar o trabalho dela ainda por cima. Ficar no mesmo lugar faz isso. Quando, por exemplo, Steph Curry dobra a marcação no post up, ele perde a visão de onde Irving, ou quem quer que esteja marcando, está. Se Irving se mover, Curry terá que procurá-lo quando a bola voltar para o perímetro, dando mais tempo para o chute.

Eu sei que é tentador, mas os Cavs não podem ficar vendo James jogar.

Envolver Bogut, Ezeli, Speights em pick’n’roll

Assistindo novamente o Jogo 1 a estratégia pode parecer ruim. Afinal, os Warriors defenderam bem o pnr dos Cavs quando a troca por Andrew Bogut, Festus Ezeli ou Marreese Speights teve que ser efetuada, os Cavs só pontuaram em três pick’n’rolls. Do mesmo jeito, os Warriors não querem que um de seus homens de garrafão, fora Draymond Green, acabe marcando James ou Irving por muitas posses.

Por isso, Cavs devem obrigar essa troca a acontecer.

Os Warriors não gostam de trocar e acabam não marcando convencionalmente o pnr quando isso acontece. Klay Thompson não sabe se ajuda ou não, o mesmo com Curry e os homens de garrafão não têm velocidade para acompanhar LBJ ou Irving.

Bônus: os Cavs não podem repetir os 15 turnovers dando 25 pontos para os Warriors novamente.

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