[2016 NBA Finals] Como os Cavs venceram o Jogo 3
Que surpresa. Após ser patrolado duas vezes, o Cleveland Cavaliers acordou em casa e resolveu devolver um pouco dos atropelos ao vencer o Golden State Warriors por 120 a 90 e diminuir a vantagem dos atuais campeões para 2 a 0. Já são tês jogos, 12 quartos, e ainda não tivemos um jogo decente nas Finais de 2016. Isso deve mudar no Jogo 4, com os Warriors jogando melhor, afinal, o time costuma se recuperar bem de derrotas.
Por enquanto, vamos ver como os Cavs veneceram o Jogo 3.
Antes de mais nada, não os Cavs não são um time melhor sem Kevin Love, mas a ausência do ala pivô forçou a mão de Tyronn Lue para alguns ajustes necessários, que não apareceram no Jogo 2. Uma pena que Love ainda não tenha encontrado seu lugar nos Cavs. Jogar com LeBron James e Kyrie Irving não é fácil para ele, gostam de atuar nas mesmas áreas em muitas ocasiões.
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Tristan Thompson foi extremamente agressivo nos rebotes ofensivos. Sozinho, pegou sete dos 17 rebotes ofensivos dos Cavs na partida. No Jogo 1, os Cavs recuperaram 15 de 56 oportunidades de atacar novamente. No Jogo 2 foram nove de 43. No Jogo 3, atrás do esforço de Thompson, Cleveland pegou 17 de 41 chances de um rebote ofensivo após um arremesso errado.
Os Cavs tiveram 23 pontos de segunda chance na terceira partida das Finais. E o domínio nas tábuas não se limitou ao ataque. Golden State pegou, apenas, oito rebotes ofensivos, fazendo três pontos de segunda chance. Dominar os rebotes não foi a única página do livro do Oklahoma City Thunder que os Cavs roubaram.
A ausência de Love permitiu que Lue colocasse James na marcação de Draymond Green. Para não ser injusto, Love tem marcado bem o pick n roll nesses playoffs, mas não tem a velocidade necessária para ficar na frente dos jogadores de perímetro dos Warriors nessa série.
Colocando LBJ marcando Dray, o ala dos Cavs fica mais envolvido nas jogadas ofensivas dos Warriors. Mais de uma vez James trocou a marcação com Irving, ficando responsável por Curry e interrompeu a sequência de passes de Golden State. LeBron tem a força e velocidade necessárias para acompanhar o atual MVP e seu fiel escudeiro Burro do ShrekDraymond Green.
James esteve tão bem defensivamente que participou da jogada mais bonita do jogo após roubar uma bola de Curry.
“Pareceu que passei alto demais, mas queria ver algo incrível”, disse Irving depois do jogo.
A velocidade de LeBron acabou, também, com uma das jogadas favoritas dos Warriors. Dray gosta de fingir que vai para o corta-luz e, na hora que o defensor parece certo do que fazer, escorregar para o lado, pegando o lento ala-pivô de surpresa.
A ajuda pode relaxar um pouco, focar mais em quem cada um deveria estar marcando e o time forçou péssimos arremessos.
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Tudo começou no ataque. Kyrie Irving resolveu ser agressivo desde a bola ao alto no início da partida. Ele usou cortes para a cesta, picks dos companheiros, dribles dignos de Uncle Drew para se livrar da marcação.
Irving fez seu papel de armador, ditou o ritmo do jogo, impôs sua vontade e comandou o time. Espero que seja um sinal de maturidade de Kyrie. Que ele faça o time jogar mais do que de costume.
Por último mas não menos importante, James. O ala passou o jogo inteiro focado, agressivo. Com seu arremessos caindo, ele mudou o jeito que Green o defendeu. Abrindo espaços em outras áreas da quadra.
James fez de tudo, mas deu uma aula do pinch post. Foi divertido ver LeBron sendo LeBron.
O Jogo 4 será na sexta-feira, 22 horas (horário de Brasília), com transmissão da ESPN. Será o primeiro jogo disputado da série?
