3 coisas que chamaram a atenção na primeira semana da temporada 2017–18 da NBA

HitTheGlass
thegoatbr
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3 min readOct 22, 2017

Verdade que não é bem uma semana ainda. Mas, além de lesões (deu, né?) a temporada 2017–18 da NBA já mostra os primeiros sinais de algumas coisas para prestarmos atenção.

Giannis Antetokounmpo e a promessa de um arremesso

O ala do Milwaukee Bucks joga demais. Isso é indiscutível. Mas, enquanto não encontrar um chute, esse sempre será o “e se” do grego. O início de temporada de Antetokounmpo tem sido fantástico. PER não é a melhor categoria, mas bom saber que ele lidera a neófita temporada com 42.5, quase 10 pontos acima do segundo colocado. São médias 38,3 pontos, convertendo inimagináveis 67,2% dos chutes, 9,7 rebotes, 5 assistências, 2,7 roubadas e quase um toco por jogo. Mas nem tudo são flores.

Os arremessos de Antetokounmpo até aqui

Os chutes do ala, por enquanto, são acumulados perto da cesta. São poucos arremessos convertidos além dos 3 metros de distância do aro. Quando sai dessa distância, o aproveitamento de Antetokounmpo cai de quase 80% para em torno dos 30%, 16,7% dos 3 pontos.

Por enquanto, em sua carreira, as defesas parecem confiar no arremesso de Giannis mais do que ele mesmo. Em vez de dar espaço para o chute, facilitando cortar o caminho para o aro, preferem o contrário. A hora que as defesas resolverem marcar direito, ele pode ter dificuldades.

Golden State Warriors e o ritmo de jogo

O começo de temporada certamente não é indicativo do que será 17–18 para o time de Steph Curry, Kevin Durant, Klay Thompson e Draymond Green, mas alguns motivos para preocupação existem. Um deles, o ritmo de jogo.

Os Warriors gostam de um jogo rápido. Muitas posses de bola, ataques decididos nos primeiros segundos, jogo sem pivô, longe do garrafão. Por algum motivo inexplicado, os adversários do time resolveram entrar no jogo deles. Parece que gostam de deixar os Warriors confortáveis no seu jogo preferido.

As duas derrotas e uma vitória dos atuais campeões mostram que esse não é o caminho. No momento que você joga como os Warriors gostam, você dá todas as armas que o time quer. Na vitória, contra o New Orleans Pelicans, a partida teve o que seria o 4º ritmo mais rápido da temporada. Já nas derrotas, contra o Memphis Grizzlies e Houston Rockets, seriam o 17º e 13º ritmos, respectivamente.

Diminuir o número de posses, colocar o jogo na lama, se aproveitar da fragilidade do garrafão californiano. Esse parece ser o caminho para fazer frente aos favoritos ao título.

OK3: como o Thunder não deve e deve jogar

O Oklahoma City Thunder vai sofrer no começo da temporada. Não apenas pelo banco de reservas, que é horrível, mas pelo o que todo time que recebe uma injeção de “lobos alfa” como o time recebeu. E o primeiro jogo contra o New York Knicks foi um microcosmo disso.

O time começou forçando o jogo em Carmelo Anthony. Aqui, poderia ser Paul George ou Russell Westbrook. Foi Melo porque era contra os Knicks. A ideia, é que, com tanto talento, forçou o jogo em uma pessoa. Melo também estava pressionando sua performance, mas isso não vem ao caso, agora.

OK3 terá que aprender a conviver em comunidade. Nem Melo, nem PG-13, sabem o que é ter tantos arremessos livres. Leva tempo para se acostumar. Russ, por sua vez, tem saído de seu caminho para acomodar os dois novos companheiros.

Tudo deve dar certo no final, mas o time vai sofrer.

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HitTheGlass
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