5 coisas que aprendemos com a vitória do Brasil sobre a Espanha

The GOAT
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3 min readAug 10, 2016
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Não foi fácil, mas a seleção brasileira de basquetebol masculino derrotou a Espanha por 66 a 65. Com a vitória, o Brasil tem um retrospecto de .500%, com a vitória, a seleção nacional pode cair, no máximo, para a quarta colocação na rodada. A Espanha sofreu a segunda derrota em duas partidas e deve terminar a rodada em penúltimo lugar do Grupo B, na frente, apenas, da fraca Nigéria.

O Brasil controlou a Espanha o jogo inteiro. No último período, os atuais campeões da Eurobasket apertaram o placar, como era de se esperar, mas os brasileiros resistiram e conquistaram uma vitória importante.

Uma vitória apertada

Por anos a história do Brasil no basquetebol internacional tem sido parecida. Qualquer partida com o placar mais apertado a seleção encontrava uma maneira de ser derrotada. Como já havia mostrado no amistoso contra a mesma Lituânia da primeira rodada, o jogo mudou, queridinha.

Pela segunda vez em três partidas — e se ignorarmos o temeroso primeiro tempo contra a Lituânia domingo — o Brasil mostrou que tem qualidade para segurar o placar. A seleção brasileira dominou o garrafão, fez mais pontos vindos de erros e teve um bom aproveitamento na linha de lance-livre.

POINT NENÊ

O pivô brasileiro pode não ter pontuado muito, terminando com seis pontos convertendo apenas um arremesso de cinco, mas foi um maestro em quadra. Nenê ouviu besteiras da boca de Oscar, que foram ecoadas por torcedores com menos conhecimento, por anos e anos. Nem a luta contra ter seus direitos ignorados pela CBB foi poupada. Hoje, ele mostrou porque é importante para o time.

Nenê só teve duas assistências a menos do que Marcelinho Huertas — o líder do Brasil — mas jogou 9min a menos. Das suas mãos saíram passes atrás de passes da cabeça do garrafão encontrando jogadores batendo na porta dos fundos espanhola, livres para pontuarem.

Nenê teve, apenas, quatro rebotes. Mas seus esforço em conter o ímpeto dos jogadores de garrafão adversário, uma hora esquecendo a bola para fazer o box out em Pau Gasol, permitiu que Augusto Lima pegasse 10 rebotes, empatado com Gasol como os que mais pegaram na partida. Sua presença na tábua ofensiva abriu caminho para rebadunks de Lima, que liderou o jogo com quatro rebotes ofensivos.

Na defesa, o pivô controlou o ritmo do time, ajudando quando necessário, parando Gasol sempre que possível. Uma partida ótima de Nenê.

Huertas é FIBA

Tirando erros no final, Marcelinho Huertas teve uma bela partida. Com ele no comando, o Brasil teve 19 assistências em 23 arremessos convertidos, sete foram de Huertas, que liderou o jogo em passes decisivos. Se no Los Angeles Lakers ele teve uma temporada fraca, sendo presença constante no Shaqtin’ a Fool, na FIBA ele ainda tem vela para queimar.

O acerto de Ruben Magnano

O treinador do Brasil começou o jogo com Rafael Hettsheimeir no banco, Augusto Lima no garrafão ao lado de Nenê. A mudança tem mais energia para o início do jogo brasileiro. Com Lima em quadra, o Brasil esteve +6, com Rafael, -12. Infelizmente, Lima sofreu com a estranha arbitragem do jogo e cometeu duas faltas rápidas. Por sorte, o Brasil segurou a Espanha.

O erro de Ruben Magnano

Se acertou com Lima no início, ele errou em demorar em algumas mudanças. Um início ruim de Huertas foi ignorado, Magnano demorou para retornar com Leandrinho no final do jogo, ficou muito tempo com Hettsheimeir em quadra.

Momento do jogo

O tapinha de Marquinhos que deu a vitória ao Brasil só precisou de uma coisa a mais, a Big Balls Dance.

Próxima partida: O Brasil encara a Croácia na quinta-feira, 11/08, às 14:15, horário de Brasília.

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