5 coisas que aprendemos na derrota para a Croácia

The GOAT
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3 min readAug 11, 2016
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Foi uma derrota custosa. A não ser que a Espanha vença a Nigéria por cinco ou menos pontos — ou perca — na partida que encerra a rodada, o Brasil terminará a rodada na 5ª colocação, com Nigéria e Argentina pela frente. Dessa vez não teve milagre no final e o Brasil foi derrotado pela Croácia por 80 a 76, a segunda derrota em três partidas. Leandrinho liderou o Brasil com 16 pontos, Augusto Lima pegou seis rebotes e Nenê roubou três bolas. Bojan Bogdanovic destruiu a defesa brasileira com 31 pontos.

O perímetro fez água

Antes da partida contra o Brasil, Dario Saric havia errado todos os oito chutes de 3 pontos que tentou — quatro contra Espanha e quatro contra a Argentina. Ao final do jogo, o croata havia convertido 3/5 de seus arremessos de fora, um aproveitamento de 60%. Bogdanovic teve espaço para converter metade dos seis arremessos de 3 pontos que tentou. A seleção croata fez 11 dos 22 chutes de 3.

Mais uma vez, o Brasil conteve os jogadores de garrafão adversários. Infelizmente, o perímetro não seguiu a deixa. E não foi só de fora que os croatas exploraram as falhas defensivas. Quando não chutavam de 3, Bogdanovic e Saric, principalmente, cortavam a defesa brasileira, encontrando espaço para pontuar no aro.

Cortes para a cesta

Um dos motivos desse espaço todo? Os constantes cortes para a cesta no lado fraco da bola. Um jogador como Luka Babic pode não ter pontuado muito, mas atrapalhou bastante a defesa do Brasil com uma movimentação constante. Mais de uma vez os jogadores de perímetro abandonaram a marcação lá fora para ajudar os pivôs, dando espaço demais.

Acerto consolidade

A amostragem é pequena, mas já é claro que Ruben Magnano acertou em optar por Augusto Lima no lugar de Rafael Hettsheimeir. O número 30 brasileiro demora para reagir na defesa, não converte arremessos livres, esquece de bloquear adversários na hora do rebote. Por outro lado, Lima tem uma intensidade impressionante. Sua movimentação é uma companheira perfeita para a visão de quadra de Nenê.

Ataque parou

Quando chegou perto no placar, o ataque sumiu. Pouca movimentação, passes forçados — oi, Huertas! — e errps repetidos dificultaram a possível virada. Brasil ainda insistiu em “bolas de 8 pontos”, menos do que outras vezes, é verdade, mas insistiu. Com um aproveitamento baixo, o time ainda insistiu com 12 chutes de 3 no quarto final, apenas seis dentro da linha de 3 pontos. Não deu certo.

Alex é a cara do time

Mesmo com todos os problemas, a seleção brasileira não desiste do jogo nunca. E Alex é a alma, a cara desse time. O ala-armador trombou com Saric, brigou na defesa, se esforçou no ataque. O jogo do Brabo é feio, seu arremesso mais ainda, mas joga muito. E é essencial para a moral do time.

Próxima partida: O Brasil encara a Argentina, no sábado, às 14:15, horário de Brasília, na Arena Carioca 1.

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