Blake Griffin cresceu e NBA deve temê-lo

The GOAT
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2 min readMay 8, 2015
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O menino cresceu. Blake Griffin, ala-pivô do Los Angeles Clippers, saiu das fraldas e da sombra do genial Chris Paul para dar seus primeiros passos em uma pós-temporada histórica. Apenas um jogador teve médias de 25+ pontos, 13+ rebotes e 7+ assistências em uma temporada na história dos playoffs da NBA, Oscar Robertson. Por enquanto, Griffin se junta a Big O.

Griffin já teve três triplos duplos nesses playoffs. Suas 7,7 assistências por partida são suficientes para a quinta melhor média da pós-temporada, gerando 18,8 pontos por jogo Só John Wall, com incríveis 30,8 pontos por partida gerados por suas assistências, fica na frente do ala-pivô.

O mais impressionante, porém, é o número de rebotes por jogo. Griffin nunca se interessou muito por essa parte do basquetebol, ficava contente ao ver DeAndre Jordan pegar todos os arremessos errados. Nestes playoffs, algo mudou. Desde a série contra o San Antonio Spurs, Griffin resolveu focar nos rebotes. E, com isso, deu a vantagem que seu time precisava para derrotar o atual campeão.

Muitas vezes, Griffin pega o rebote e parte para o ataque. Isso ficou mais claro nas partidas contra o Houston Rockets, sem CP3. Lembrando Charles Barkley, Griffin parte como um trem desgovernado para a cesta. Mas existe método em sua loucura. Forte, alto e pesado, é difícil parar um ala-pivô com habilidade acima da média. Ainda mais quando embala.

A confiança de Griffin nos arremessos de meia-distância também trouxe uma dimensão extra para seu jogo. Quase metade dos arremessos dele são da área entre a linha de 3 pontos e o garrafão. E os Clippers não hesitam em dar a bola para o ala-pivô na região. Isso abre espaço para que ele, muitas vezes mais rápido que seu marcador, corte para a cesta ou para que Paul infiltre para criar arremessos livres para seus companheiros. Atualmente, Griffin é o que se chama de “ameaça tripla”. Se receber a bola com espaço, chuta. Se você apertar a marcação, ele bate para a cesta. Se você dobrar a marcação, ele encontra um companheiro livre, pronto para pontuar.

O ataque dos Clippers passa por Griffin. É impressionante como, nos playoffs, ele faz tudo que se esperava dele. Focado na defesa, interessado nos rebotes, passando a bola e agressivo no ataque. Caso continue assim, os Clippers podem atingir outro patamar na sua história.

Mesmo sem Chris Paul, Griffin mantém os Clippers competitivos. E a NBA deveria temer isso. Temer muito.

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