Como cada jogador da loteria do draft de 2016 pode ajudar seu time

The GOAT
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11 min readJun 28, 2016
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A primeira escolha seria Ben Simmons, O Philadelphia 76ers prometeu durante a semana. Assim, Brandon Ingram, obviamente, seria a segunda escolha, foi para o Los Angeles Lakers. Depois desses dois, ninguém previu o que aconteceu. A terceira escolha — Jaylen Brown, Boston Celtics — já foi uma surpresa. E o draft continuou assim até seu final.

Com os jogadores em seus lugares, como cada uma das 14 escolhas da loteria encaixam em seus novos times? Vamos conhecer cada um deles agora:

*Para quem não acompanhou posts como esse na época da NBA Brasil, é sempre bom reforçar: “Quem Lembra” não quer dizer que o jogador será tão bom quanto a comparação, mas quem seu estilo de jogo, capacidade física, lembram na NBA.

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Forças:

  • Faz de tudo um pouco em quadra
  • Passe
  • Comanda o time em quadra
  • Bom defensor coletivo
  • Envergadura

Fraquezas:

  • Baixo
  • Pouca capacidade atlética para a posição
  • Costuma perder impacto quando não domina a bola
  • Procura jogadas de efeito, sendo forçado em erros
  • Fora a temporada de sênior, não mostrou bom arremesso

Posição: SG/SF

Quem lembra: Evan Turner

Valentine teve uma temporada como sênior em Michigan State para poucos. O ala-armador/ala será um dos novatos mais experientes da temporada, quando 2016–17 iniciar, já que logo completará 23 anos de idade. Maturidade e paciência são duas das armas que o Chicago Bulls pode utilizar.

Como Turner, Valentine pode facilitar as coisas para seus companheiros. Apesar de Jimmy Butler, Chicago precisa de gente nas duas posições mais indicadas para Valentine. Seja arremessando em pick n rolls, utilizando o corta-luz de um companheiro, cortando para a cesta…

Ou encontrando jogadores livres com seus passes.

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Forças:

  • Experiente, apesar de jovem
  • Potencial para ganhar força
  • Bom trabalho de pés no pivô
  • Bom arremesso de meia distância
  • Potencial para defender bem

Fraquezas:

  • Motor
  • Defesa
  • Preparação física
  • Versatilidade

Posição: C

Quem lembra: Primoz Brezec

A 13ª escolha era, originalmente, do Phoenix Suns, mas o time do Arizona trocou as escolhas 13, 28, uma escolha de segundo round de 2020 e os direitos de Bogdan Bogdanovic com o Sacramento Kings. Em retorno, os Suns receberam a 8ª escolha.

Papagiannis é um pivô clássico. Muitos diriam que isso é ruim, mas em uma NBA cada vez mais cheia de “smallball” é bom ter um desses no elenco, para tirar vantagem das defesas baixas. Se continuar nos Kings, pode ser intrigante ver Papagiannis como pivô e DeMarcus Cousins como ala-pivô, abusando o garrafão adversário.

Por enquanto, ele deve permanecer na Europa, já que sua posição está bem cheia nos Kings. Quando resolver ir para a NBA, Papagiannis deve ser um pivô para jogar alguns minutos, descansar as estrelas, enquanto faz um “feijão com arroz”.

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Forças:

  • Defesa
  • Envergadura
  • Rebotes
  • Capacidade atlética
  • Chute de 3 decente
  • Energia

Fraquezas:

  • Controle de bola
  • Lances-livres
  • Turnovers
  • Criação de arremessos
  • Arremessos meia distância

Posição: SF

Quem lembra: DeMarre Carroll

Os Hawks não encontraram um substituto para o “cara cola” do time na última temporada. Sem Carroll, os Hawks sofreram um pouco. Prince chega com a possibilidade (responsabilidade?) de suprir a falta que Carroll fez ao time. E não só no departamento dos cabeludos.

Como Carroll, Prince trará defesa e versatilidade para o time. Sua defesa deve ser traduzida bem no jogo profissional, logo os Hawks devem contar com Prince para desequilibrar o ataque adversário.

E, no ataque, fazer como Carroll e espalhar a defesa com chutes de fora.

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Forças:

  • Velocidade para posição
  • Energia
  • Rebotes
  • Tamanho
  • Bom passe
  • Jogo de pivô

Fraquezas:

  • Envergadura
  • Capacidade atlética
  • Proteção de aro
  • Comete muitas faltas

Posição: PF

Quem lembra: Kevin Willis

Muita energia, rebotes, força, bom passes, mas braços curtos para a altura. Me impressiono ainda não ter visto Sabonis comparado com Kevin Willis. O filho de Arvydas Sabonis foi escolhido pelo Orlando Magic e logo trocado por Serge Ibaka para o Oklahoma City Thunder. Além de Sabonis, OKC recebeu Victor Oladipo e Ersan Ilyasova.

Sabonis, como Willis, trará energia para o time de Oklahoma City. A energia se traduz em cestas fáceis. Esperem ver alguns passes de touchdown entre ele e Russell Westbrook.

O pequeno Sabas também deve se beneficiar da energia do seu time e da atenção que adversários prestam à Kevin Durant e Westbrook.

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Forças:

  • Altura, légitimo 2,13 m
  • Posse de bola
  • Agilidade
  • Potencial para abrir defesa com chutes
  • Visão de quadra
  • Motor

Fraquezas:

  • Idade. Se tiver mesmo 19 anos, é uma força, mas alguns times da NBA acreditam ter 22–23
  • Força
  • Não absorve contato
  • Não protege a bola no post up
  • Ainda sofre de lapsos de atenção
  • Não mostrou capacidade perto da cesta

Posição: PF/C

Quem lembra: Kevin Garnett

Maker é a maior incógnita do draft de 2016. Parece ser o jogador com mais potencial para algo especial, tanto quanto para explodir na cara do Milwaukee Bucks e não dar em nada. Além disso tudo, sua idade é uma dúvida. Listado como tendo 19 anos de idade, foi ignorado por alguns times no draft que acreditam que ele, na verdade, tem entre 22 e 23 anos de idade. Caso realmente tenha 19, muitas de suas fraquezas preocupam menos.

As nuvens que nublam seu futuro lembram muito as de um jovem Kevin Garnett chegando na NBA. Alto, magro e com muito potencial, mas tanta chance de dar tudo errado. Era assim que muitos viam KG.

O certo é que os Bucks podem mandar um quinteto com TODA A ENVERGADURA DO MUNDO para a quadra. Michael Carter-Williams, Khris Middleton, Giannis Antetokounmpo, Maker e John Henson. Imaginem como isso afetará os ataques adversários. Já vimos como a envergadura do Thunder atrapalhou o Golden State Warriors nas finais do Oeste.

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Forças:

  • Pivô clássico
  • Energia
  • Finaliza bem no aro
  • Rebotes
  • Movimentação defensiva

Fraquezas:

  • Pouco potencial
  • Arsenal de costas para a cesta
  • Arsenal de frente para a cesta
  • Criação de arremessos
  • Comete muitas faltas
  • Cru
  • Força

Posição: C

Quem lembra: Andrew Bogut

Apesar de chegar na NBA longe da força ideal para um pivô clássico, Poeltl deve preencher seu corpo com músculos eventualmente. Quando isso acontecer, terá mais facilidade para finalizar em movimentação, o que será essencial caso não crie um jogo de costas ou de frente para a cesta. Por enquanto, vai tentar tirar vantagem da criação de seus companheiros.

Sua boa movimentação de pés na defesa valerá ouro na NBA. Não só de dar tocos vive a defesa no basquetebol. Cortar espaços, ajudar companheiros e proteger o aro, mesmo sem um toco, mudam uma partida.

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Forças:

  • Capacidade atlética
  • Envergadura
  • Explosão
  • Arremessos de meia distância
  • Potencial para converter de 3
  • Potencial defensivo

Fraquezas:

  • Rebotes
  • Faltas
  • Turnovers
  • Cru
  • Fundamentos
  • Distraído
  • Disciplina defensiva

Posição: PF

Quem lembra: Amar’e Stoudemire

Explosivo, cheio de potencial, com bom arremesso. Pelo outro lado, falta foco, fundamento, se distrai demais, não pega rebotes, defesa. Tudo isso em um ala-pivô. Como não lembrar de Amar’e Stoudemire? Chriss tem todo o potencial de Stoudemire. Como o ex-Phoenix Sun, deve se aproveitar dos espaços proporcionados pelos companheiros e tirar vantagem de trocas de marcação.

Como o ex-New York Knick, Chriss pode ser um sério problema defensivo, constantemente fora do lugar, acabando com qualquer plano e, no ataque, forçando jogadas, perdendo a bola.

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Forças:

  • Versatilidade
  • Tamanho para a posição
  • Chute de 3 pontos
  • Corpo pronto para a NBA
  • Confortável no clutch

Fraquezas:

  • Versatilidade o tirou da posição de armador muitas vezes
  • Turnovers
  • Alto percentual de uso dos ataques de seu time
  • Falta agressividade em momentos

Posição: PG/SG

Quem lembra: Ben Gordon

Alguns sugerem Chauncey Billups, e Murray certamente tem o potencial para chegar lá, mas enquanto não for uma opção confiável para organizar um ataque, o combo guard está mais perto de Gordon. Como Gordon, ele é um arremessador volumoso no momento. Pode atacar a cesta ou chutar de fora.

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Forças:

  • Chutes de 3 ponto
  • Cortes para a cesta
  • Defensor sólido
  • Condicionamento físico
  • Envergadura
  • Bom reboteiro para a posição

Fraquezas:

  • Altura
  • Contenta-se com arremessos muitas vezes
  • Turnovers
  • Terá problemas para encontrar sua posição na NBA

Posição: SG/SF

Quem lembra: CJ McCollum

Hield pode fazer o papel de combo guard, como McCollum, que explodiu nesta temporada, fez para o Portland Trail Blazers. Movendo-se e recebendo passes do garrafão, Hield deverá ter espaços para chutes de 3 pontos, usando sua habilidade de chutar de bem longe. A presença de Anthony Davis ajudará o ala-armador.

Caso pare de se contentar com chutes de fora, siga melhorando sua posse de bola, Hield, bom arremessador de lances-livres, pode usar seu arremesso de 3 para abir espaços para as infiltrações, sem medo de contato.

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Forças:

  • Altura
  • Velocidade
  • Explosão
  • Potencial para ser um 2 way player
  • Sabe aproveitar vantagem de altura e velocidade
  • Bom criador de jogadas

Fraquezas:

  • Comete muitos turnovers
  • Precisa provar que melhora no FG% no último ano não foi algo inusitado
  • Fora de controle
  • Lesões, principalmente nos ombros
  • Falta de consistência nos arremessos

Posição: PG

Quem lembra: Russell Westbrook

Já vi a comparação de Dunn com Jordan Clarkson. Por que então não ir na fonte? Clarkson lembra, em muito, Russell Westbrook. A falta de controle é algo que faz parte do jogo de Westbrook, pode fazer parte do jogo de Dunn. Ser agressivo, mesmo que, por vezes, demais. #LETDUNNBEDUNN

Caso Dunn siga como Westbrook, não encontre um ponto de equilíbrio entre agressividade e passividade, custará algumas posses ao seu time, mas seus companheiros se beneficiarão dessa agressividade mais vezes do que não.

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Forças:

  • Alto
  • Versátil
  • Ágil para a altura
  • Bom entendimento do jogo
  • Bom arremesso
  • Visão de quadra
  • Domínio de bola

Fraquezas:

  • Defesa interior
  • Falta explosão
  • Não cria seu próprio arremesso
  • Força
  • Sem jogadas de costas para a cesta
  • Falta de fundamentos para pegar rebotes
  • Fora de controle por vezes

Posição: PF

Quem lembra: Toni Kukoc

A comparação da moda é Kristaps Porzingis, mas Bender não tem o mesmo arsenal de arremessos e explosão do novato sensação de 2015–16. Como Kukoc, Bender pode evoluir em um jogador alto que prefere os arremessos de fora ao jogo de garrafão, infiltrando.

Bender tem habilidade com a bola, uma boa visão de jogo. Usando suas armas, Bender pode acabar como um ótimo Point Forward.

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Forças:

  • Capacidade atlética
  • Físico
  • Envergadura
  • Agressivo
  • Versatilidade
  • Rebotes

Fraquezas:

  • Turnovers
  • Concentração
  • Arremesso parado
  • Visão de quadra
  • Seleção de arremessos
  • Arremessos de 3
  • Leitura de jogo

Posição: SF

Quem lembra: ¯\_(ツ)_/¯

Brown é um jogador difícil de analisar para uma comparação. Comparado com Jason Richardson, Brown não mostrou a melhora em chutes de 3 que Richardson teve em seus dois anos de NCAA. Kawhi Leonard também pode ser uma boa comparação, só que Kawhi pegava mais rebotes.

Por enquanto, o que se pode dizer de Brown é que ele tem um potencial imenso. Caso cumpro a promessa que é, Danny Ainge terá acertado na sua escolha.

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Forças:

  • Envergadura (no caso de Ingram seria mais justo E N V E R G A D U R A)
  • Arremessos de meia distância
  • Eficiente
  • Passadas largas escondem falta de força
  • Visão de quadra
  • Passes
  • Cria bem seus arremessos
  • Bom arsenal

Fraquezas:

  • Força
  • Turnovers
  • Lento lateralmente, prejudica defesa
  • Defesa
  • Explosão
  • Limitado com a mão esquerda

Posição: SF

Quem lembra: Kevin Durant

Alto, fluído, com bom arremesso, passadas largas, Ingram tem muito de Kevin Durant em seu jogo. Apesar de longe, ele tem todas as ferramentas para ter um estilo parecido com o (por enquanto) astro do Oklahoma City Thunder. Um jogador de estilo único, Ingram usa todas as armas para chegar no aro, apesar de ainda não ter força.

A escolha óbvia na segunda posição não quer dizer que tenha menos valor. No final da história, pode ser melhor do que a primeira escolha de 2016. Mesmo nunca ganhando muito músculo ou peso, jogadores como Durant já provaram ser possível ter um impacto estrondoso.

Como Durant, esperem ver Ingram usando todas suas armas para encontrar a melhor forma de atacar.

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Forças:

  • Une força, habilidade e altura de maneira única
  • Versátil
  • Controle de bola
  • Rebotes
  • Jovem
  • Pode iniciar contra-ataques após pegar rebotes
  • Potencial

Fraquezas:

  • Arremessos
  • Turnovers
  • Confiança some de vez em quando

Posição: PF

Quem lembra: Lamar Odom

Não, não vou comparar com LeBron James, Simmons está longe da explosão e velocidade de James no momento. Ele está mais perto de Lamar Odom. Odom é o protótipo moderno do Point Forward. Com um bom arremesso, Odom não fazia desta parte de seu jogo sua principal arma, já que infiltrações e o jogo de costas para a cesta eram seus preferidos.

Quando não estiver pontuando, Simmons pode armar o time, uma ótima possibilidade para uma equipe com um furo na posição de armador. Ele estará no seu melhor quando estiver enchendo as estatísticas uma a uma.

Essa são as escolhas da loteria e como elas encaixam em seus times. Nem todos vão chegar perto de suas comparações, mas vai ser divertido vê-los evoluindo.

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