Como Joe Johnson pode ajudar o Miami Heat

The GOAT
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3 min readMar 2, 2016
107 Bulls v Heat DEP DS

A primeira reação foi “por quê?”, por algum motivo, Joe Johnson fechou com o Miami Heat ao deixar o Brooklyn Nets. Para alguém que certamente deseja um título, ir para o time que perdeu Chris Bosh para a temporada — sério Chris, admiro a paixão, mas não força. Cuide de sua saúde — inteira, um time que tem Luol Deng e Justise Winslow na rotação, a opção pareceu péssima.

A primeira reação nem sempre é a correta. A NBA mudou. Não mais temos homens altos e fortes na posição de ala-pivô. Cada vez mais, o jogo perde físico e fica leve e solto. Sendo assim, ISO Joe pode acabar na posição 4 com o Heat.

Para isso, ele precisa mudar. Joe Johnson fez carreira em jogadas de isolação. Sob a tutela de Mike “Eu amo ISO” Woodson, ele explodiu na NBA como ISO Joe. Ele não era assim antes. Joe foi um dos melhores arremessadores nos times do Phoenix Suns liderados por Steve Nash.

E é hora dele abandonar o ISO Joe e voltar ao Suns Joe.

SPOT UP Joe

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O Miami Heat tem problemas da linha de 3 pontos, principalmente nas zonas mortas. E Miami tem dois jogadores perfeitos para encontrarem Joe Johnson na zona morta, Dwyane Wade e Goran Dragic.

POST UP Joe

Nesta temporada, Johnson faz 0,83 pontos por posse no post up. A mesma pontuação de Wade e uma pontuação maior do que as de Hassan Whiteside e Luol Deng. Apesar do ódio da nova mídia ao jogo de pivô, ele é necessário por vários motivos, entre eles:

Pontos fáceis perto da cesta,

E o Heat tem Whiteside para fazer o papel de Brook Lopez no corta-luz inicial que dá espaço para Johnson chegar ao post up mais tranquilamente.

Jogo mais perto da cesta significa mais lances-livres, ou seja, mais pontos fáceis e problemas de faltas para o adversário,

Cestas de 3 pontos tem uma porcentagem de aproveitamento maior com passes vindo do post up do que passes vindo do perímetro,

Em Miami, Johnson não terá a responsabilidade de ser o principal pontuador. Cabe ao ala/ala-pivô, agora, se adaptar ao time. Por enquanto, ele parece ter se encaixado perfeitamente. São 50% de aproveitamento de fora, 70% no garrafão.

Agora é hora de Johnson diminuir o uso de posses do time que, por enquanto, está ainda por volta dos 20%, perto da média de sua carreira. Miami, muito provavelmente, quer ver o ala usando menos posses, jogando mais no ritmo da equipe.

Apesar do pouco tempo de Heat, já são duas vitórias com a equipe do sul da Flórida. Um clima bem diferente do Brooklyn. E não falo apenas do frio.

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