Destaques do Round 2 do March Madness

The GOAT
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6 min readMar 21, 2016

O Round 2 foi muito mais tranquilo do que o Round 1, de forma geral. Muitos favoritos passando, as surpresas bobeando e algumas jogos de destaque. Mas foi uma calmaria pós tempestade. Pra talvez uma nova tempestade no Sweet 16 desse March Madness.

O favoritismo dos mais rankeados falou mais alto

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Pela primeira vez desde 2012, as quatro universidades mais bem rankeadas avançaram para o Sweet 16. O Kansas Jayhawks não tomou conhecimento do Connecticut Ruskies em vitória por 73x61 com boa atuação de Perry Ellis, anotando 21 pontos e 8 rebotes. North Carolina Tar Heels não teve jogo fácil contra o Providence Friars pela maior parte do tempo, até explodir ofensivamente e atropelar os Friars por 85x66. Brice Johnson teve um duplo-duplo de 21 pontos e 10 rebotes.

Virginia Cavaliers passou de Butler Bulldogs com um bom segundo tempo de jogo, com placar final de 77x69. Destaca-se o bom jogo de Malcolm Brogdon, anotando 22 pontos, 5 rebotes e 5 assistências. Por fim, quem mais sofreu foi o Oregon Ducks, que viu um Saint Joseph’s Hawks flertar com o crime, mas falhar com um turnover de DeAndre Bembry que poderia levar o jogo para a prorrogação. Os Ducks venceram por 69x64 com destaque para o bom Dillon Brooks, dono de 25 pontos.

Jogando fora uma ótima oportunidade

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Stephen F. Austin era a Cinderela favorita de muitas pessoas. Os Lumberjacks teriam que bater Notre Dame Fighting Irish pra continuar com esse posto e teve tudo nas mãos para conseguir após jogo muito equilibrado. Aquela velha expressão de “jogo lá-e-cá” casa perfeitamente com este embate. No final, Notre Dame soube aproveitar um putback de Rex Pflueger a 1,5 segundos do fim para garantir seu ticket para o Sweet 16.

“Eu apenas avancei para o rebote”, disse Pflueger. “Eu pensei que Zach (Auguste) iria fazer aquela última bandeja, mas o treinador sempre enfatizou para ir com força para os rebotes, especialmente em situações como esta, e acabou tendo um resultando ótimo para nós.”. Mike Brey, o treinador dos Fighting Irish, declarou extasiado, “Você tá brincando comigo? Você tá realmente brincando comigo? Isso foi inacreditável!”.

O que matou SFA no final do jogo foi o excesso de jogadas de isolação. Para um time que construiu toda sua trajetória com a coletividade, parar para ver o bom Thomas Walkup tentar resolver tudo sozinho foi um tiro no pé. Foram 21 pontos para o sênior, que foi o herói no último jogo. “É algo que eu tinha medo de acontecer já faz algum tempo. Machuca.”, disse Walkup. A derrota também derrubou uma sequência de 21 vitórias seguidas de SFA, a maior no país.

A queda das estrelas

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O Kentucky Wildcats teve muito azar no March Madness nesse ano. Pra começa com sua seed, que segundo o técnico John Calipari, era incorreta. Como pode ser campeão da SEC e ficar atrás do time que eles bateram, Texas A&M, por exemplo? Isso os jogou numa bracket com o risco de um duelo pesado já no Round 2, contra o Indiana Hoosiers. E Indy é bem forte.

Thomas Bryant, de Indiana, liderou sua equipe fazendo 15 dos seus 19 pontos nos últimos oito minutos de partida. Yogi Ferrell fez 18 pontos. Apesar dos 27 pontos de Tyler Ulis, os Hoosiers venceram o embate por 73x67. Jamal Murray fez 19 pontos, mas continuou muito problemático nas bolas longas, com apenas 1 correta em 9 tentativas.

Resiliência foi a palavra chave para a vitória de Indiana. Manter-se no seu plano de jogo o tempo inteiro fez com que todos ao redor de Ulis não conseguissem produzir ofensivamente. Com uma run de 17–4, ficando com 10 pontos de vantagem com 4 minutos para o fim da partida, os Hoosiers deram um ótimo passo. Kentucky até conseguiu cortar para dois pontos, mas logo teve sua alegria demolida por Bryant nos lances livres. Nada de Kentucky no Sweet 16 deste ano.

Buddy Hield é um piromaníaco

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Buddy Hield não aparentava que teria uma noite brilhante. No primeiro tempo, apenas 7 pontos, 2 arremessos completos em 8 tentados e pouco tempo de quadra graças a problemas de falta cedo no jogo. Mesmo assim, o Oklahoma Sooners parecia animado e fechou o primeiro tempo com a vantagem de 44x31 em cima da VCU Rams.

Mas no segundo tempo, duas coisas vieram jogar: os Rams e Buddy.

VCU apertou no jogo e Buddy teve que jogar de verdade. Foram 36 pontos totais na partida, sendo 19 deles nos oito minutos finais de partida. Foi o 13º jogo com 30 ou mais pontos na carreira colegial de Hield, empatando com Michael Beasley para a maior quantidade na história do Big 12.

“Isso é vencer num grande palco,” disse Hield. “É vencer ou ir pra casa. É o meu último ano. Torneio da NCAA. Todo mundo está assistindo. Você não tem esses momentos muitas vezes, então você participa disso e você tem que dar tudo de si.”. Buddy Hield tem tudo para ser gigante e ajudou muito na vitória dos Sooners por 85x81.

A virada mais incrível ou o colapso mais inacreditável?

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12 pontos de vantagem, 34 segundos para o fim do jogo. Não tem como estragar isso, não é? Pois bem, Northern Iowa Panthers resolveu estabelecer novos recordes para bobagem ao deixar Texas A&M Aggies empatar esse placar. Tudo isso graças a quatro turnovers, dois deles funcionando como assistências para os Aggies e arremessos certeiros. Os Panthers não vão conseguir dormir direito depois de hoje.

Obviamente, o jogo seguiu para a prorrogação, que ainda guardou grandes momentos, com bolas de 3 certeiras de ambos os lados e um duelo interessantíssimo entre Danuel House Jr, de Texas A&M, e Jeremy Morgan, de Northern Iowa. Aliás, Danuel fez todos seus 22 pontos na reta final de jogo e nas prorrogações. Sim, prorrogações, já que a primeira terminou em novo empate e, só na segunda, liderados pelo momentum e por um Danuel House ensandecido, os Aggies atingiram a vitória por 92x88.

Jeremy Morgan concluiu o jogo com 36 pontos, a maior marca de sua carreira, além de 12 rebotes. Klint Carlson também foi muito bem na partida, com 17 pontos. Mas nada disso foi suficiente. Ou poderia ter sido, não fosse a ineficiência da equipe em fechar a partida. Vitória inesquecível dos Aggies.

Pensa que acabou?

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O Wisconsin Badgers diz que não. Em equilibrado jogo contra os Xavier Musketeers, tudo parecia encaminhado para a prorrogação, com o placar de 63x63 e um turnover bobo de Edmond Sumner, de Xavier, com uma falta ofensiva. Com apenas dois segundos no relógio, restava a Wisconsin um pequeno milagre na saída de bola. Bronson Koenig fez isso:

“Eu só tentei canalizar o meu Steph Curry interior”, disse Koenig. Ele já tinha empatado o jogo com uma bola de 3 que deixou o placar em 63x63. Resolveu matá-lo em seguida. CLUTCH!

Momento esquisito…

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Graças ao já citado Bronson Koenig, um ilustre torcedor torcedor de Xavier ficou triste. O ator Bill Murray estava desolado. Completamente.

Outros resultados

Wichita State Shockers 57 x 65 Miami Hurricanes

Gonzaga Bulldogs 82 x 59 Utah Utes

Yale Bulldogs 64 x 71 Duke Blue Devils

Arkansas-Little Rock Trojans 61 x 78 Iowa State Cyclones

Iowa Hawkeyes 68 x 87 Villanova Wildcats

Hawaii Rainbow Warriors 60 x 73 Maryland Terrapins

Middle Tennessee Blue Raiders 50 x 75 Syracuse Orange

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