Quando Damon Stoudamire chegou no Canadá, as geladas arenas do país focavam apenas no hóquei no gelo. “[A torcida do Toronto Raptors] não sabia torcer. De vez em quando aplaudiam o outro time, iam e voltavam. Não sabiam para quem torcer… Eles não sabiam. Faziam a ola nos jogos”, assim o pequeno armador com a tatuagem do amado personagem de desenho animado, Super Mouse, no braço direito, chegou na NBA.
A situação era diferente quando ele deixou a cidade.
Damon chegou nos Dinos e, imediatamente, mudou a situação do time.
Stoudamire teve quase um duplo-duplo por jogo em seus três anos em Toronto. No final de sua primeira temporada, ele foi eleito Novato do Ano, a primeira vez que um Raptor foi reconhecido pela NBA. Quando ele deixou o país, garantiu que a torcida sabia que lado aplaudir.
Do Canadá, ele foi para Oregon. No Portland Trail Blazers, o armador passou a maior parte de sua carreira. Ele chegou na época que o time foi apelidado de Jail Blazers pela imprensa. Damon foi pego com maconha, Shawn Kemp teve problemas com cocaína, Ruben Patterson e Zach Randolph foram acusados de abuso sexual, Rasheed Wallacce e Bonzi Wells foram suspenso por problemas com a arbitragem. A bagagem do time era imensa.
Mesmo assim o time teve sucesso. Em oito anos de Blazers, Stouamire chegou aos playoffs sete vezes, incluindo duas visitas às Finais da Conferência Oeste. Eventualmente, a cidade virou contra os jogadores, negros, chamando-os de marginais, parando de apoiar um time que havia tido sucesso até então.
Ele terminou sua carreira em curtas paradas no Memphis Grizzlies e San Antonio Spurs.
