A carreira de Drazen Petrovic deveria ser lembrada de outra maneira. O melhor europeu que já pisou na NBA. Talvez uma das lendas da Associação. Infelizmente, ela foi cortada cedo. Demais. Aos 28 anos de idade, o jogador do Portland Trail Blazers e New Jersey Nets faleceu em um acidente de carro.
Mas hoje não vamos lembrar da parte triste. Não lembraremos de sua morte ou de quão difícil deveria ser lidar com um país dividido pela guerra enquanto jogava basquetebol nos Estados Unidos. Mas sim da curta e impressionante carreira de Petro.
Petrovic foi um pioneiro. E foi muito mais que isso. Ele não abriu partas para os europeus na NBA. Ele chutou a porta, como um xerife entrando no Saloon em um filme de faroeste. Tão não-americano, mas tão americano ao mesmo tempo. O lar dos bravos.
Sua última temporada na NBA foi um testamento, uma prova de que Drazen não seria elite eventualmente. Já era. Não é qualquer um que recebe o apelido de Amadeus, uma referência ao gênio musical Wolfgang Amadeus Mozart. Já um grande arremessador, Petro foi impressionante em 1993. Foram 22,3 pontos por jogo, convertendo 51,8% deles. Lendários 44,9% dos arremessos de 3 pontos. Enquanto isso, sua defesa e rebotes estavam melhorando.
Essa virtuosidade não trabalhava sozinha. Petrovic treinava. Estudava. Treinava. E treinava mais um pouco. Kenny Anderson reavaliou sua rotina de treinamentos ao conhecer Petro. Chuck Daly, que treinou os Nets, muitas vezes encontrava o jogador na sala de musculação de hotéis, treinando, enquanto os companheiros descansavam. “Drazen, você está em forma o suficiente, vai descansar”, dizia Daly.
A lembrança final de Drazen em uma quadra de basquete é quase perfeita. Os Nets tiveram uma boa temporada, até Anderson fraturar o pulso. Terminando a temporada com um retrospecto de 1–10, o entrou nos playoffs aos trancos e barrancos. E agora, os dois pivôs caíram.
Todos pensavam no próximo ano. Menos Petrovic. Mancando, com dores no joelho, ele tinha um Jogo 5 da primeira fase dos playoffs para vencer. Com a temporada na linha, Drazen estava lá. Berrando, comemorando, convertendo chutes de 3 pontos. Infelizmente, não foi o suficiente e o time perdeu para o Cleveland Cavaliers por 3 a 2.
Mas Petrovic havia provado que estava no lugar certo. A elite da NBA era seu lugar.
