Cedric Maxwell é um dos heróis esquecidos na rica história do Boston Celtics. Cedric ganhou o apelido Cornbread quando foi ver o filme “Cornbread, Earl & Me”, sobre um garoto de 12 anos que fica traumatizado pelo assassinato de um amigo, uma estrela do basquetebol. Melvin Watkins, seu colega de equipe na NCAA que havia ido ver o filme com Maxwell, resolveu que ele parecia com um jovem Laurence Fishburn, o protagonista do filme.
Maxwell converteu 55,9% dos arremessos com os Celtics. A melhor marca na história da franquia. Sim, maior que Larry Bird, Kevin McHale, John Havlicek ou Bill Russell. Mesmo assim, Cornbread é o Celtic que poucos lembram. Cedric era um jogador pouco espetacular. Quase um all-star fantasiado de role-player.
Graciosamente, Maxwell, ainda no auge de sua carreira, deixou o posto de “O cara” dos Celtics para Bird. Ainda assim, ele colocou o time nas suas costas no Jogo 7 das Finais de 1984. Após falar para o time “pulem nas minhas costas, caras. Eu carregarei o time pra casa”, Maxwell atropelou James Worthy, terminando a partida com 24 pontos, oito rebotes e oito assistências, garantindo o título dos Celtics.
Falar. Esse talvez tenha sido o esporte favorito de Maxwell. Ele falava. Talvez mais que Bird. Nunca se escondia dos desafios. Sempre marcando o melhor atleta adversário, Cedric não tinha medo de cutucar quem marcava. Em 1984, antes de uma partida contra o New York Knicks nas semi-finais da Conferência Leste, Maxwell declarou “[Bernard King] não fará 40 pontos em mim”, imitando a maneira engraçada que King corria, “não existe maneira de um cara que corre assim fazer 40 pontos em mim”. ‘Nard fez 43 pontos no Jogo 4 e 44 no Jogo 6 e os Knicks levaram os Celtics ao limite.
Mais vezes do que menos, Maxwell mantinha o que falava. Sua carreira como jogador dos Celtics terminou em 1985 quando foi trocado para o Los Angeles Clippers, por Bill Walton. Mas, ele retornou ao time em 1995 quando foi contratado como comentarista das partidas dos Celtics no rádio.
