Faltam 36 dias para a NBA: relembrando Dave Cowens

The GOAT
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2 min readSep 21, 2015
dave cowens cover

“NBA hoje significa No Bigs Allowed (caras grandes não são permitidos)”, Dave Cowens

Dave Cowens ere um desconhecido quando foi escolhido pelo Boston Celtics na quarta posição do draft de 1970. Com o apoio de Red Auerbach, o produto da Florida State venceu o prêmio de Novato do Ano na sua primeira temporada. O começo de Cowens foi perfeito para o líder de uma época quase esquecida dos Celtics.

Um pivô baixo, mas rápido como nenhum outro na história da NBA, Cowens tem seu legado prejudicado pelos tempos. Antes de seu time, os Celtics haviam vencido 11 de 13 títulos. Quando o pivô chegou, o New York Knicks estava pronto para tomar a Conferência Leste como um conquistador, devastando todos em seu caminho.

Apesar da fama de seco dos Celtics, Cowens tinha uma personalidade divertida. Em 1977, aproveitando uns dias de folga nos playoffs, Cowens entrou em uma empresa independente de táxis, mostrou sua habilitação e pagou US$35 para dirigir o carro por um dia.

Durante o dia em Boston, ele fez 15 corridas. “Dave ficou irritado porque um cara o confundiu com Bill Walton”, disse um amigo que participou da brincadeira.

Em quadra, Cowens não aceitava alguns comportamentos comuns na Liga de hoje. Em uma partida contra o Houston Rockets, ele viu Mike Newlin se atirar no chão com o mínimo de contato, o flop. “Eu já sou excluído por faltas sem essa essa droga”, disse Cowens após o jogo, “era hora de acabar com isso”.

Na jogada seguinte, Cowens empurrou Newlin com os dois braços, na frente do árbitro. “Isso é uma falta!”

Cowens jogava com o acelerador no fundo toda hora. Não importa se era uma partida beneficente ou um jogo das Finais. Ele era um pivô do tamanho de Magic Johnson e batalhava noite adentro com Kareem Abdul-Jabbar, Wilt Chamberlain, Bob Lanier. Por isso, ele liderou a temporada em faltas em seu primeiro ano.

Ele era um carregador de piano, fazia o trabalho sujo. Rebotes, defesa, faltas, corta-luzes. Pontuar não era seu principal objetivo. Mesmo assim, se metia no meio do garrafão para rebotes ofensivos e pontos de segunda chance. Com Cowens, os Celtics correram para dois títulos nos anos 70.

O título de 76 foi o último ato de um time que chegou ao ápice de sua história. A partir dali, a qualidade do elenco decaiu. Com a chegada de Larry Bird, Robert Parish e Kevin McHale, Cowens percebeu que era hora de deixar o jogo que tanto amava.

Ele ainda voltou para 40 partidas no Milwaukee Bucks na temporada 1982–83.

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