Jerry Colangelo, diretor executivo da seleção americana de basquetebol (ao meio na foto acima), conversou com o repórter Marc J. Spears, da Yahoo! Sports, na quarta-feira e foi sabatinado sobre diversos assuntos recorrentes e atuais em relação ao Team USA, incluindo LeBron James, a era pós-Coach K e o seu próprio futuro na organização.
Quando perguntando sobre o maior astro do basquete da atualidade, James, e sobre a possibilidade dele participar das Olimpíadas de 2016, Colangelo rasgou elogios e não de uma resposta concreta. “Se ele quiser estar no time, como ele não estará no time? Não é realmente uma decisão minha. É realmente uma decisão dele”. Porém, afirmou imaginar que ele pretende estar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Na preparação para o mundial de basquete do ano passado, Paul George quebrou a sua perna em uma partida amistosa e isso causou uma pequena nuvem de dúvidas sobre se a era interessante para os principais jogadores da NBA participarem do Team USA. Sobre isso, Colangelo relembrou o quão grande o impacto daquilo foi, causando até o cancelamento daquela partida. “Aquela foi uma lesão devastadora, principalmente para o Paul George, mais do que qualquer um.” Porém, lembrou também que em nenhum momento George quis se afastar do Team USA e que os jogadores sabem dos riscos de se machucar, seja aonde for, em jogos, treinos ou amistosos. “Uma coisa que nós nos orgulhamos muito é por tomarmos muito cuidado com nossos jogadores. Nós não fazemos eles trabalharem mais do que devem. Nós não deixamos eles jogarem mais do que devem.”
Além disso, comentou da felicidade de contar com George no primeiro mini-camp do Team USA. “Será incrível vê-lo no uniforme do USA”. Os casos de Kevin Love e Kevin Durant foram mencionados também. “No caso de Kevin Love, ele se sentiu muito mal por não participar após dizer que iria. Foi mais sobre um conselho que ele recebeu de fontes legais e do seu agente. […] Kevin Durant foi uma história um pouco diferente. Eu acho que ele foi afetado um pouco pela lesão de Paul George. Eu também acho que várias coisas estavam acontecendo com Durant em relação a sua carreira e seu contrato. As coisas estavam mudando.”.
Damian Lillard recentemente declarou que estava muito decepcionado por ter sido cortado do mundial do ano que vem e declinou o convite para o vindouro mini-camp. Colangelo também comentou sobre isso. “Eu entendo seu desapontamento. Ele é um grande jogador. Por alguma razão, enquanto ele esteve conosco ele não jogou tão bem quanto ele é capaz de jogar. Isso acontece e a sua posição é saturada. Não há dúvidas nisto.”.
Ele ainda foi questionado sobre a derrota do Team USA no mundial de 2006 para a Grécia. “Eu saí do meu assento e Mike Kryzewski estava se desculpando para mim, ele estava muito mal. Eu disse, “Coach, vamos lá, não é sua culpa o que aconteceu.”. Eu vi o que aconteceu. Nós sentimos demais aquela derrota. Todo o ano se passou e eu me recusei a olhar uma reprise daquele jogo. Eu não queria ver. Eu me lembrava dele, mas não queria vê-lo.” Colangelo ainda adicionou que só foi assistir a uma reprise do jogo numa viagem de avião para a China antes das Olimpíadas de Pequim.
Por fim, ele foi perguntando sobre até quando pretende continuar sendo o diretor executivo da seleção americana de basquete. “Para mim, ainda é uma paixão. Me propuseram continuar após 2016, o que significa até 2020. Minha atitude é: se eu estou saudável, e eu estou saudável agora, minha paixão ainda existe.” Além disso confirmou que 2016 é o último ano de Coach K no comando da seleção. E que já tem um candidato na cabeça.
