[NBA Playoffs 2015] A insistente força de vontade dos Grizzlies

The GOAT
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4 min readApr 16, 2015
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Como é possível um time manter a mesma forma de jogar o tempo inteiro e ainda assim parecer que está sempre evoluindo? Só o Memphis Grizzlies explica. Pautados na velha máxima do “Grit n’ Grind”, o time usa de sua força de vontade, determinação e disciplina para vencer seus jogos e perseverar em um complicado Oeste. Pensando inicialmente em sua defesa, contrariando um pouco alguns de seus rivais, como os Rockets e os Mavs, o time conta com um quinteto titular extremamente entrosado e um banco cada vez mais eficiente. E o técnico, Dave Joerger, já não causa dúvida quanto a sua eficiência em nenhum torcedor de Memphis.

Joerger, inclusive, é responsável por uma melhora considerável no volume ofensivo dos Grizzlies. Não perdendo muito em seu lado defensivo e conseguindo ser tão eficiente quanto o antecessor Lionel Hollins, Joerger foi encontrando espaços e encaixando seus esquema para um Grizzlies que move mais a bola entre seus alas e usa cada vez mais a capacidade criativa de sua estrela, Marc Gasol. Mike Conley acompanhou o crescimento, Zach Randolph continua uma besta no garrafão e Tony Allen… bem, o Kevin Durant pode falar sobre ele:

— Kevin Durant (@KDTrey5) April 15, 2015

(“Tony Allen. Tivemos algumas batalhas divertidas”, disse KD quando perguntado sobre seu melhor marcador)

Além disso, o time possui uma rotação cada vez mais confiável, com Jeff Green, Vince Carter, Kosta Koufos, Beno Udrih e Courtney Lee no banco. Lee caiu como uma luva em Memphis desde a sua troca na temporada passada. Aliás, esses nomes conferem aos Grizzlies uma capacidade de pontuar muito melhor, coisa que era complicada a 2 temporadas atrás. Lee e Green são boas armas de longa distância, Vince Carter é capaz de criar seu próprio arremesso e também está cada vez melhor nas bolas de 3.

Voltando a falar da eficiência, o time é o 4º melhor da liga em pontos cedidos a cada 100 posses (102,2) e o 13º ataque em pontos feitos a cada 100 posses (105,6). É a segundo melhor marca da NBA cedendo apenas 95,2 pontos por jogo aos adversários. E a força de vontade dessa equipe em momentos importantes fala ainda mais alto. Eles querem dar a volta por cima depois da eliminação na primeira rodada na temporada anterior.

O cara

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Marc Gasol se tornou uma criatura mais hostil nesta temporada. Sem perder aproveitamento, o jogador aumentou quase 3 pontos por jogo em suas médias e continua uma máquina criativa para girar a equipe de Memphis. Seus passes na cabeça do garrafão são constantes e extremamente importantes para a criação de jogadas ofensivas da equipe. E é algo praticamente indefensável, devido à grande qualidade do jogador em passar a bola e se posicionar bem.

Com 17,3 pontos, 7,7 rebotes e 3,8 assistências por jogo, muito do trabalho do pivô não aparece em estatísticas. Eleito Defensor do Ano em 2012–13, Marc ainda é uma muralha defensiva que consegue forçar adversários a mudarem constantemente o seu arremesso. Não interessa quem seja, se enfrentá-lo provavelmente terá que fazer algo diferente. Sua eficiência (PER) é a maior de sua carreira, 21,4. Tudo indica que teremos mais uma grande exibição do “Big Spain” nos playoffs.

A segunda força

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Mike Conley começou a temporada de forma avassaladora. Não eram raros os comentários, até metade da temporada, de que não era exagero algum apontar o armador como um dos candidatos a MVP. E era justo. Em determinado momento, pequenas lesões começaram a minar a produtividade do jogador e ele começou a perder algum fôlego. Agora, terminou a temporada regular poupado para estar o mais apto possível para os playoffs. Não foi candidato a MVP, mas será uma arma crucial nos planos de Joerger. Hora do armador mais subestimado e esquecido da NBA mostrar novamente ao mundo o seu poder.

Olho nele

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Anos passam, mas a maestria de Zach Randolph no garrafão continua. ZBo segue produzindo bastante, com seus 16,1 pontos e 10,5 rebotes por jogo. Um mago no poste baixo, tem a capacidade de dizimar seus adversários com movimentos rápidos e muita insistência física. Sua eficiência (PER) é de 19,5, a melhor marca desde a temporada de 2010–11 (22,6). Muitos esperavam um início de queda no jogo do veterano, já que a idade começa a bater. Mas nada disso rolou por enquanto. ZBo continua forte e Joerger consegue deixá-lo fresco. Logo, se prepare para mais rebotes.

O Memphis Grizzlies traçou seu objetivo. O título da NBA. E não é impossível. O time tem capacidade para escalar os degraus e encarar de frente qualquer equipe da liga que venha. É um time sólido, experiente e com armas mais variadas do que nos anos passados. Por que não acreditar?

Campanha: 55 vitórias e 27 derrotas

Classificação: 5º na Conferência Oeste

Time base: Mike Conley, Courtney Lee, Jeff Green, Zach Randolph, Marc Gasol

Reservas importantes: Beno Udrih, Nick Calathes, Tony Allen, Vince Carter e Kosta Koufos.

Jogador fora por lesão: -

Técnico: Dave Joerger

Líderes

Pontos: Marc Gasol — 17,3 por jogo

Rebotes: Zach Randolph — 10,5 por jogo

Assistências: Mike Conley — 5,4 por jogo

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