[NBA Playoffs 2015] Chris Paul e os Clippers miram as finais do Oeste pela primeira vez
O melhor armador da NBA nunca chegou às finais de Conferência. Sem dúvidas, Chris Paul, armador do Los Angeles Clippers, é um dos melhores das últimas décadas, um dos motivos para assistir qualquer time em que jogue, mas a qualidade de CP3 ainda não foi traduzida em sucesso coletivo.
Os Clippers não têm todo o talento do mundo. (Ei, Austin Rivers jogou quase 20 minutos por jogo na temporada regular!) Ainda assim, a equipe tem qualidades. Blake Griffin, JJ Redick, Jamal Crawford e DeAndre Jordan são os coadjuvantes de CP3, o POINT GOD.
Apesar de contar com o melhor armador defensivo da NBA e DeAndre Jordan, um candidato ao prêmio de defensor do ano, os Clippers não são nada especial na defesa, com apenas a 15ª melhor da temporada. A defesa dos Clippers é uma mediocridade só.. É no ataque que o elenco se destaca. Com um rendimento ofensivo (ORtg) de 109,8 pontos por 100 posses, os Clippers têm o melhor ataque da NBA. E, com o gênio de Paul, o lado ofensivo sofreu pouco com a ausência de Blake Griffin durante a temporada, e pode atingir níveis perigosos nos playoffs.
Pena o banco… Ah, o banco…
O cara
Ninguém controla um ataque como Christopher Emmanuel Paul. Conhecido mais simplesmente como Chris Paul, CP3 ou POINT GOD — sim, todas letras em maiúsculas como MF DOOM — o armador dos Clippers é um general clássico em quadra. O tempo de jogo passa por ele, e CP3 sabe reconhecer quando acelerar e quando pisar no freio melhor que ninguém. Paul conhece seus companheiros como a palma de sua mão, colocando a bola onde e quando ela precisa.
O senso comum indicaria que, com 1,83 m, Paul seria um problema para os Clippers na defesa. “Armadores mais altos, comuns na NBA, arremessarão por cima do CP3!”, gritará o senso comum, de cima de seu cavalo alazão — sim, na minha imaginação o senso comum tem um cavalo alazão. Que bom que o senso comum não sabe nada de basquete. Paul pressiona o adversário a todo momento, é fácil arremessar por cima dele, mas não é fácil arremessar por cima dele E equilibrado. E, um arremesso sem equilíbrio é como o senso comum sem o cavalo alazão — isso teve mais sentido na minha cabeça.
A segunda força
Blakequake. Os Clippers sofreram sem Blake Griffin nessa temporada. Quando o ala-pivô sofreu sua lesão, ficando de fora por um tempo estendido, DeAndre Jordan tentou tomar seu lugar. Na hora do pick and roll, tudo bem, mas quando o time precisava de alguém que desse uma ajuda ao bem marcado Paul, Los Angeles sentiu falta de seu homem do garrafão. A preocupação com Griffin também abre espaços para Crawford e Redick mandarem bombas dos 3 pontos e para CP3 infiltrar. Com o segundo maior ORtg do time, Griffin é a válvula de escape que Paul necessita.
Olho nele
DeAndre Jordan pode acabar com séries para o bem e o para o mal nos playoffs. Quando engajado, Jordan é um ótimo defensor, finaliza muito bem, alimentado por Paul, e corre atrás dos rebotes como poucos. Infelizmente, seus lances-livres são um grande problema para os Clippers. Ao contrário de Shaquille O’Neal, que sofria o Hack-a-Shaq mas convertia os lances-livres quando a coisa apertava, Jordan não consegue encontrar um ritmo. Além disso, o pivô costuma dar espaço para infiltrações, buscando um toco que raramente acontece contra armadores experientes. Caso Jordan ignore seus piores instintos, o pivô tem tudo para ser o “fator X” de qualquer série.
Campanha: 56 vitórias e 26 derrotas
Classificação: 3º na Conferência Oeste
Time base: Chris Paul, JJ Redick, Matt Barnes, Blake Griffin e DeAndre Jordan
Reservas importantes: Jamal Crawford, Austin Rivers, Spencer Hawes, Jordan Farmar e Glen Davis
Jogador fora por lesão: -
Técnico: Doc Rivers
Líderes
Pontos: Blake Griffin — 21,9 por jogo
Rebotes: DeAndre Jordan — 15 por jogo
Assistências: Chris Paul — 10,2 por jogo