[NBA Playoffs 2015] Experiência, o grande trunfo de Dallas

The GOAT
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4 min readApr 14, 2015
tyson chandler

O Dallas Mavericks entrou na temporada com a missão de dar a Dirk Nowitzki mais uma oportunidade de jogar os playoffs e, entre altos e baixos ao longo do ano, conseguiu. A equipe comandada por Rick Carlisle garantiu a vaga com um elenco cheio de veteranos como Tyson Chandler, o próprio Dirk, Monta Ellis e até Rajon Rondo, adquirido durante a temporada — jogadores muito acostumados a momentos de decisão.

O principal problema da equipe são os rebotes. Nem mesmo a contratação de Amar’e Stoudemire fez os Mavs superarem esse obstáculo. O time tem a segunda pior marca de toda a NBA e deve sofrer demais contra as estrelas de garrafão de seus adversários nos playoffs. Por outro lado, o técnico Carlisle é ótimo em identificar problemas durante a pós-temporada e realizar ajustes no time. Com um ataque com dois pontuadores natos como Dirk e Ellis, os Mavs serão competitivos nos playoffs se souberem se defender melhor, começando pelos rebotes. No ataque, o fiel da balança será a maneira como Rondo se envolverá e se ele melhorará ou não seu aproveitamento nos chutes de todos os tipos, de quadra e de lance livre.

O cara

dirk

Depois de uma complicada lesão num estágio avançado de sua carreira, muita gente temeu que Dirk Nowitzki nunca mais pudesse ser protagonista na liga. Mas o campeão da NBA em 2011 provou que ainda tem combustível em seu tanque. Após levar os Mavericks aos playoffs na última temporada, o alemão volta à pós-temporada querendo mais uma vez surpreender. O ala-pivô fez 17,5 pontos por partida e representa uma liderança técnica e psicológica para o time. O declínio no aspecto físico de Dirk é notável, é verdade. Foi apenas a segunda temporada com média de menos de 30 minutos por jogo (a outra foi a sua de novato, quando ainda não se estabelecera como titular). O menor tempo em quadra levou ao menor número de rebotes desde seu primeiro ano na NBA, que acompanha o pior aproveitamento de chutes de quadra desde aquela ano, 46%. Dirk dá sinais de queda, mas já se provou um cara que não gosta muito de seguir a lógica. Quem tem a coragem de negar?

A segunda força

ellis

Monta tem tudo. Ao menos é o que dizem. O fato é que Monta Ellis é um dos mais talentosos alas-armadores da liga no ataque. Ellis lidera os Mavs com quase 19 pontos por partida e possui um aproveitamento de 44,4% de chutes de quadra. Em sua décima temporada na NBA, já mostrou ser um jogador sem medo de decidir partidas. Entre suas principais características, está a criação de chutes, que é um desafogo em um ataque tão travado como o do Dallas Mavericks. Ellis ainda precisa se encaixar melhor com Rondo, já que gosta de jogar com a bola na mão, e o armador tem o controle dela por muito tempo. E isso será fundamental se os Mavs quiserem ir longe esse ano.

Olho nele

rondo

Contratado no meio da temporada após uma troca com o Boston Celtics, Rajon Rondo retorna aos playoffs depois de duas temporadas longe da pós-temporada da NBA. Seu número de assistências caiu consideravelmente desde que deixou os Celtics, de 10,8 para 6,6 por jogo pelos Mavs. O armador tem muita experiência nos playoffs e brindou a franquia de Boston com grandes atuações em confrontos épicos contra o Los Angeles Lakers e o Miami Heat de LeBron James. Rondo tem sofrido com lesões e seu desempenho na hora de pontuar tem sido abaixo da média. São 43,1% de aproveitamento dos chutes de quadra e 41,7% nos lances livres. Com seu contrato se encerrando, Rondo precisa melhorar seu rendimento para mostrar que ainda é um dos melhores em sua posição na liga. O bolso dele e os Mavs agradeceriam.

Depois de levar o San Antonio Spurs a uma improvável série de sete jogos com apenas a oitava melhor campanha no ano passado, o Dallas Mavericks quer surpreender novamente, e conseguir a classificação dessa vez. Para isso, seus veteranos precisarão jogar no limite e o técnico Rick Carlisle precisará reparar algumas lacunas da equipe, como o entrosamento de Rondo e o problema nos rebotes. E isso não é nenhum caminho que o comandante e seus jogadores não estejam acostumados a trilhar.

Campanha: 50 vitórias e 32 derrotas

Classificação: 7º na Conferência Oeste

Time base: Rajon Rondo, Monta Ellis, Chandler Parsons, Dirk Nowitzki e Tyson Chandler

Reservas importantes: JJ Barea, Devin Harris, Richard Jefferson, Al-Farouq Aminu, Amar’e Stoudemire, Charlie Villanueva e Bernard James

Jogador fora por lesão: Devin Harris e Chandler Parsons podem perder o primeiro jogo

Técnico: Rick Carlisle

Líderes

Pontos: Monta Ellis — 18,9 por jogo

Rebotes: Tyson Chandler — 11,5 por jogo

Assistências: Rajon Rondo — 6,5 por jogo

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