[NBA Playoffs 2015] Hawks tentam dar mais um passo para a notoriedade
Há um ano, o Atlanta Hawks brigava com o New York Knicks pela última vaga dos playoffs. Os Hawks terminaram a temporada regular em 8º lugar, com um retrospecto de 38 vitórias e 44 derrotas. A visita aos playoffs foi breve e os Hawks foram derrotados pelo Indiana Pacers por 4 a 3. Mas que diferença um ano faz.
Atualmente, Atlanta se encontra na liderança da Conferência Leste, e como segundo colocado geral da NBA, atrás apenas do Golden State Warriors. Os Hawks têm o 6º melhor ataque da temporada, a 7ª melhor defesa e a quarta maior diferença entre ambos. O grande problema da equipe seguem sendo os rebotes.
Sem Thabo Sefolosha, que está fora da temporada com uma fratura na tíbia em uma infeliz intervenção policial, o time sofre um pouco na defesa, mas o ataque será o ganha pão dos Hawks, 3º em chutes de quadra efetivos e true shooting, estatística avançadas para definir o aproveitamento em arremessos do time. Isso deve bastar, pelo menos no início dos playoffs.
O cara
Não é fácil escolher um membro dos Hawks para destacar, mas é difícil ignorar o impacto que Al Horford saudável teve no time. Foram 29 partidas na temporada 2013–14, e os Hawks sofreram sem seu pivô. Foram 56 vitórias com Horford em quadra em 2014–15, devido à sua importância para o esquema tático de Mike Budenholzer. Arremessos de meia distância, defesa, passes, jogo no poste baixo, ele faz de tudo. Horford é um canivete suíço para o time. São médias de 15,2 pontos, convertendo 53,6% dos arremessos de quadra e até 30,6% nos raros arremessos de 3 pontos, 7,2 rebotes, 3,2 assistências e 1,3 tocos por jogo. Assim, Horford liderou a linda reviravolta da franquia.
A segunda força
Paul Millsap evoluiu muito com os Hawks. O esquema tático de Budenholzer parece ter acordado algo perdido no ala. Como mostram os 30 pontos e 17 rebotes contra o Utah Jazz no início da temporada, ou os 25 pontos, 11 rebotes, 5 deles ofensivos, e quatro tocos contra o Orlando Magic algumas noites atrás, Millsap tem sido uma das mais importantes engrenagens na máquina de Atlanta. Ele é alto e forte demais para ser marcado pela maioria dos alas e rápido demais para que os ala-pivôs impeçam seus ataques ao aro. Millsap é um constante problema para as defesas adversárias. Uma mismatch ambulante.
Olho nele
Foi difícil não colocar o extraordinário armador Jeff Teague aqui, mas Kyle Korver tem sido impressionante para os Hawks. Korver é o 12º jogador na história da NBA a terminar a temporada com 48+ FG%, 49+ 3PT% e 89+ FT% e apenas Steve Kerr teve mais participações em vitórias (win shares) que o ala-armador. Korver é uma parte importante do ataque de Atlanta. Quando descansa, o time dos Hawks não consegue chegar aos 100 pontos por 100 posses. Mas quando em quadra, tudo melhora. O rendimento do ataque dos Hawks sobe para 110,9 pontos, a eficiência em arermessos vai para 55,7% — de 48% — e o true shooting sobe 6,4%, para 58,9%. Korver é aquele camper nos mapas de jogos de tiros em primeira pessoa. Você sabe que ele existe, sabe como ele vai matar você e acaba irritado quando acontece exatamente como previsto e você não poderia fazer nada para pará-lo.
Não é só no ataque que Korver se destaca. Apesar de não ser um ótimo defensor individual o ala tornou-se imprescindível para a defesa coletiva da equipe. Movendo-se freneticamente pela quadra, buscando cobrir os buracos deixados pelos companheiros, Korver evoluiu muito. Apesar da má fama, a defesa dos Hawks melhora com Korver em quadra. Seu impacto é sentido em todos os lados da quadra e ele será o “fator X” nestes playoffs.
Campanha: 60 vitórias e 22 derrotas
Classificação: 1º lugar na Conferência Leste
Time base: Jeff Teague, Kyle Korver, DeMarre Carroll, Paul Millsap e Al Horford
Reservas importantes: Kent Bazemore, Dennis Schroder, Thabo Sefolosha, Pero Antic, Mike Scott e Shelvin Mack.
Jogador fora por lesão: Thabo Sefolosha
Técnico: Mike Budenholzer
Líderes
Pontos: Paul Millsap — 16,7 por jogo
Rebotes: Paul Millsap — 7,8 por jogo
Assistências: Jeff Teague — 7,0 por jogo
