[NBA Playoffs 2015] Não era para acontecer, mas os Nets estão nos playoffs

Apropriadamente, enquanto o Brooklyn Nets vencia a partida contra o Orlando Magic, por 101 a 88, algum canal na minha TV transmitia “Duro de Matar”. Para aumentar ainda a estranha coincidência, na hora em que o Memphis Grizzlies derrotava o Indiana Pacers, por 95 a 83, garantindo a vaga dos Nets nos playoffs, o filme passando era “Duro de Matar 2”. Por mais de uma vez, pareceu que os Nets tinham perdido sua última chance para chegar aos playoffs. E mais de uma vez o time saiu da tumba e, como um zumbi, chegou à pós-temporada da NBA.

Depois de chegar na pós-temporada aos trancos e barrancos, o novo desafio dos Nets será permanecer nos playoffs por mais de quatro partidas. A defesa do time não será suficiente para diminuir o ritmo ofensivo do Atlanta Hawks e o ataque depende muito de jogadores sem consistência em suas atuações, como Deron Williams, Joe Johnson e Brook Lopez.

O cara

Não é dizer muito, mas Brook Lopez apareceu como o jogador mais importante dos Nets. Lopez teve boas atuações nas últimas 16 partidas da temporada e conduziu Brooklyn aos playoffs. Com suas médias de 23,7 pontos, em 57,7% de aproveitamento dos arremessos, e impressionantes, para ele, 9,4 rebotes nestes 16 jogos, os Nets venceram 11 desses jogos e se classificaram.

O técnico Lionel Hollins envolveu Lopez em mais pick and rolls, e o time, que fazia pouco mais de 100 pontos por 100 posses, começou a ter um rendimento ofensivo de 108,4 pontos no mesmo número de posses com o pivô em quadra. Enquanto isso, na defesa… *olha para a rua distraído* parece que vai chover, né?

A segunda força

Parece que Deron Williams voltou a ser um armador competente. Ainda longe daquele jogador que brigava com Chris Paul pelo cinturão de POINT GOD da NBA, Williams também não parece mais o jogador desinteressado das últimas temporadas. Pelo menos no momento.

O ataque do Nets funciona melhor com Williams. Um dos indícios é o ORtg de Brooklyn, que é de 104,6 quando ele está em quadra (contra 98,8 quando descansa). Apesar da diferença não ser imensa, o saldo dos Nets contra os adversários é de -0,3 com Deron e -5,7 sem ele. Ou seja, ele é um negativo menor do que o resto da equipe. Ou algo assim.

Olho nele

Trocado por Kevin Garnett, Thaddeus Young é uma importante peça do esquema de Hollins. Ao contrário de KG, Young é engajado em quadra. E, como não está tão preso ao papel de ala-pivô como nos tempos de Philadelphia 76ers, Young preenche espaços no ataque dos Nets, abrindo a defesa e dando mais uma opção para os pick and rolls de Williams e Lopez. Os 30,6% de aproveitamento nos arremessos de 3 pontos nas últimas 20 partidas não são algo especial, mas permitem que Young chame a atenção das defesas adversárias.

Campanha: 38 vitórias e 44 derrotas

Classificação: 8º na Conferência Leste

Time base: Deron Williams, Bojan Bogdanovic, Joe Johnson, Mason Plumlee e Brook Lopez

Reservas importantes: Thaddeus Young, Merkel Brown, Alan Anderson e Mirza Teletovic

Jogador fora por lesão: Mirza Teletovic

Técnico: Lionel Hollins

Líderes

Pontos: Brook Lopez — 17,2 por jogo

Rebotes: Brook Lopez — 7,4 por jogo

Assistências: Deron Williams — 6,6 por jogo