[NBA Playoffs 2015] O que querem os Wizards?

The GOAT
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4 min readApr 15, 2015
wizards

Não foi uma temporada fácil. Mesmo com a tranquilidade de estar em uma conferência fraca como a Leste, o Washington Wizards passou por altos e baixos ao longo do ano, mas parece ter encontrado seu ritmo na reta final da temporada regular. Foram cinco vitórias nos últimos sete jogos. Apesar de seu quinteto titular talentoso, não há algo em que os Wizards sejam destacadamente especialistas. Mais do que isso, em relação à equipe que foi eliminada para o Indiana Pacers na última temporada, pouco se avançou, a não ser pela consolidação do armador John Wall.

A principal mudança no elenco de Washington foi a saída de Trevor Ariza para a chegada de Paul Pierce, que atualmente, a não ser pela experiência, é um jogador pior para a equipe. Os Wizards tiveram uma campanha levemente superior à da temporada 2013–2014, quando perderam 38 jogos, e tentam retomar o caminho das vitórias nos playoffs. A equipe é liderada por John Wall, que consegue criar jogadas e ajuda o time a pontuar. Com Wall em quadra, os Wizards marcam 6 pontos a mais a cada 100 posses e tomam 7,4 pontos a menos do adversário. Washington ainda se destaca negativamente pelo baixíssimo número de chutes de três, incomum para ataques modernos na NBA. São apenas 16,7 por jogo, a quarta pior marca da liga, apesar da média de aproveitamento de 36,1%, a nona maior da NBA.

O cara

wallzao

John Wall está entre os melhores armadores de toda a NBA. Dono de uma velocidade invejável, o camisa número 2 é fundamental para que os Wizards sejam uma equipe acima do razoável na liga. Seu bom trabalho de infiltração e de contra-ataques dá a ele uma conversão de 62% de seus arremessos em volta do aro. Wall tem sua maior média de assistências na carreira, com 10 por jogo no ano, na segunda posição entre todos da liga. Ele ainda contribui com 17,6 pontos, 4,7 rebotes e 1,7 roubo por partida. Titular do All-Star Game pelo Leste, Wall é, com certa folga, o melhor e mais completo armador da conferência. Depois de uma experiência positiva nos últimos playoffs, ao eliminar o Chicago Bulls como azarão, tentará levar os Wizards ainda mais longe.

A segunda força

beal

Parceiro de John Wall no fundo da quadra, Bradley Beal teve uma temporada conturbada. Em seu terceiro ano de NBA, o ala-armador de 21 anos regrediu no número de pontos por partida, de 17,1 para 15,2, e sua instabilidade física foi uma das causas para a irregularidade dos Wizards ao longo da temporada. Seu índice de eficiência (PER) também caiu, para 14,1. Como contraponto, o número 3 melhorou seu aproveitamento nos chutes de quadra, em que converteu 43% das bolas, e também nos chutes de três pontos: lidera o time com 41,6% de aproveitamento, o único maior que 40% nos Wizards. Um dos desafios, não só para os playoffs, como para os próximos anos de Washington, é recolocar Beal na rota de desenvolvimento que ele percorreu em suas duas primeiras temporadas. É um dos atalhos para o time se tornar ainda mais competitivo.

Olho nele

nene 3

O ala-pivô Nenê é um dos pilares defensivos do Washington Wizards. Com uma combinação de agilidade e força física incomum para alguém de sua posição, o brasileiro consegue ser efetivo em diversas situações, como ao acompanhar um armador após o pick-and-roll, fechar alas em chutes do perímetro e bloquear jogadores adversários em rebotes em seu garrafão. Apesar de não ter uma média tão notável em rebotes por partida, apenas 5,1, o ala-pivô se esforça para compensar as falhas defensivas de seu companheiro de garrafão, Marcin Gortat. Sem ele em quadra, o adversário anota 4 pontos a mais a cada 100 posses. No ataque, Nenê é capaz de pontuar bastante no pick-and-roll e em situações de um-contra-um no poste baixo, com boa leitura de quadra. O desempenho dele foi fundamental para Washington eliminar o Chicago Bulls em 2014, e será de novo se os Wizards quiserem ir longe.

O Washington Wizards precisa provar que fez algum avanço mais significativo nessa última temporada. Muitas equipes da NBA se tornam competitivas, vão aos playoffs, mas jamais figuram entre os concorrentes ao título por não conseguirem dar o passo a mais que as levaria para o “próximo nível”. Os Wizards parecem perdidos no meio desse caminho, estagnados como um time perigoso nos playoffs, mas que poucos imaginam como verdadeiros candidatos ao título no final de tudo. Mas uma grande campanha nessa pós-temporada seria capaz de mudar esse cenário.

Campanha: 46 vitórias e 36 derrotas

Classificação: 5º na Conferência Leste

Time base: John Wall, Bradley Beal, Paul Pierce, Nenê e Marcin Gortat

Reservas importantes: Ramon Sessions, Will Bynum, Otto Porter, Rasual Butler, Kris Humphries e Kevin Seraphin

Jogador fora por lesão: Garrett Temple

Técnico: Randy Wittman

Líderes

Pontos: John Wall — 17,6 por jogo

Rebotes: Marcin Gorat — 8,7 por jogo

Assistências: John Wall — 10,0 por jogo

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