[NBA Playoffs 2015] Os Raptors do Norte podem ir mais longe?

The GOAT
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4 min readApr 15, 2015
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Este começo de temporada foi um pouco diferente para o Toronto Raptors. Depois de uma boa participação nos playoffs de 2014, a equipe treinada por Dwane Casey vinha com expectativa para um ano ainda melhor e com a atenção dos fãs da NBA. A torcida apaixonada do “We The North” assistiu seu time ter um começo de temporada forte, com 24 vitórias e 7 derrotas até o dia 28 de dezembro. Porém o fôlego começou a ir embora e as dificuldades normais de uma temporada foram acontecendo. Se for possível dividir o ano dos Dinos em três pedaços, temos um primeiro terço bom, um segundo terço regular e um último terço um pouco problemático. Em março, por exemplo, foram 10 derrotas. No fim das contas, os Raptors vão obtendo um recorde semelhante ao da temporada passada.

Mas isso não é motivo para pânico. Toronto ainda terá sua quarta seed e, nos playoffs, pode ir além, com seu mando de campo e com sua experiência em playoffs. A torcida é um motor importante, como foi provado na temporada passada. Além disso, o poderoso trio de armadores, formado por Kyle Lowry, DeMar DeRozan e Lou Williams, pode produzir ofensivamente contra qualquer time da NBA. Jonas Valanciunas pode não ter evoluído tanto quanto se esperava dele, mas ainda assim é um pivô muito habilidoso. Além disso, a equipe tem forças interessantes em jogadores de rotação, como Amir Johnson, Patrick Patterson, Terrence Ross, Greivis Vasquez e o não menos importante James Johnson, que encontrou seu lugar ao sol como um Raptor.

Os Raptors são um time puramente ofensivo. Produzem 111,2 pontos a cada 100 posses, a terceira melhor marca da liga. Sua defesa leva 107,9 pontos a cada 100 pontos, a 26ª marca da liga. Isso não quer dizer que não existam bons defensores por lá. Valanciunas e James Johnson vão bem desse lado da quadra. Porém, o foco é pontuar o máximo possível. Dwane Casey abre o máximo de espaços para o trio de armadores do time fazer seu trabalho. Quando tem sucesso nesse plano, vitórias elásticas não são incomuns.

O cara

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Kyle Lowry perdeu alguns jogos nesta temporada. Muitos falaram que ele já não era o mesmo e, de fato, ele sofreu uma pequena queda em seus números, mas nada muito alarmante. Ele é ainda aquele mesmo cara que gosta de chamar a responsabilidade em momentos difíceis. Com 17,7 pontos e 6,8 assistências por jogo, Lowry é a segunda arma ofensiva mais potente da equipe, mas é a mais importante. Iniciando jogadas e buscando os melhores posicionamentos para seus companheiros, Lowry tentará repetir, de forma ainda mais eficiente, sua exibição nos playoffs de 2014 contra o Brooklyn Nets. E os Raptors precisarão bastante disto.

A segunda força

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DeMar DeRozan é como uma metralhadora. Ambos sabem o que fazer, fazem sem nenhuma cerimônia e podem ser incrivelmente destrutivos. Mas às vezes podem ser absurdamente ineficientes. São os riscos que você tem que tomar numa luta pela sobrevivência. DeRozan tem 20,1 pontos por jogo e pode fazer bem mais do que isso. Ele tem recursos, coragem, e tem essa liberdade. O foco de trabalho é quando ele estiver arremessando tijolos. Espera-se que ele tenha aprendido essa lição na experiência de pós-temporada passada, mas Casey precisa ficar atento a isso. Um time tão dependente do seu ataque não pode estagnar por causa de um jogador.

Olho nele

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Por que não encerrar com o terceiro membro da tríade de armadores dos Raptors ? Porque Jonas Valanciunas é o ponto de virada no jogo dos Raptors nos playoffs. O lituano tem a responsabilidade de proteger o seu time, e a proteção é extremamente importante em um ambiente competitivo e que os times são muito mais cautelosos. Jonas fez 12 pontos e capturou 8,7 rebotes por jogo nesta temporada. É um pivô bem controlado quando o assunto são faltas pessoais, com apenas 2,8 por jogo. É importante, já que ele deve ficar mais tempo nas partidas e será constantemente desafiado. Seu índice de eficiência (PER) é de 20,6, o maior do time. Muito das chances dos Raptors nesses playoffs passam pelo grandalhão lituano. Resta saber se ele irá corresponder e se firmar de vez na competição.

Após uma série cheia de turbulências contra os Nets na temporada passada e uma temporada regular na qual teve que lidar com fatores externos, Casey manteve sua regularidade. A pequena queda no final do ano não deve indicar os rumos da franquia nestes playoffs, mas os jogadores precisam manter os dois olhos abertos. É a hora aproveitar o momento de queda passado para aprender um pouco mais sobre suas limitações e como superá-las. O momento da verdade chega agora.

Campanha: 49 vitórias e 33 derrotas

Classificação: 4º na Conferência Leste

Time base: Kyle Lowry, DeMar DeRozan, Terrence Ross, Amir Johnson e Jonas Valanciunas

Reservas importantes: Lou Williams, James Johnson, Greivis Vasquez, Tyler Hansbrough e Patrick Patterson.

Jogador fora por lesão: -

Técnico: Dwane Casey

Líderes

Pontos: DeMar DeRozan — 20,1 por jogo

Rebotes: Jonas Valanciunas — 8,7 por jogo

Assistências: Kyle Lowry — 6,8 por jogo

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