O último Ronin

The GOAT
thegoatbr
Published in
2 min readAug 22, 2016
16411b38-9d57-4a7e-a9a0-a5610e36d481

“Egoísta”, ecoou a voz da imprensa. “Você é ruim”, falaram os supostos entendidos. “Só quer grana”, falaram outros. Enquanto isso, Carmelo Anthony trabalhou. Foram doze anos doados ao time americano. Do baque do bronze na Olimpíada de Atenas, em 2004, e Copa Mundial no Japão, em 2006, até se tornar o maior vencedor no basquetebol olímpico. Foram três ouros em quatro Jogos Olímpicos, líder em pontos, rebotes e maior pontuador em uma partida na história Olímpica do país que domina o basquetebol.

Com os olhos cheios de lágrimas, o cara que “só se importa com o dinheiro” se despediu de sua seleção.

Enquanto muitos tratam a carreira de Carmelo Anthony como lixo, ele garantiu seu lugar no Hall da Fama do Basquetebol com humildade, trabalho, e orgulho de defender seu país. Não foi o dinheiro, mas a possibilidade de fazer história pelos Estados Unidos que motivou Anthony.

Enquanto alguns sumiram, e voltarão para as oportunidades econômicas que a Ásia proporcionará em 2020, Melo brigou. Foi chamado de egoísta por ir, seria chamado se não fosse. Mesmo assim, baixou a cabeça e foi um líder para a seleção americana.

Enquanto muitos fingem que representar seu país nada significa, Melo aproveitou a oportunidade e, choroso, apelou para seu povo. “Apesar de tudo que está acontecendo, devemos permanecer unidos”. Em um mundo tão dividido por extremismos, foi o recado que o planeta precisava escutar.

E, para LeBron James, ele também deu seu recado. Após aproveitar até o bagaço do que podia da honra de defender sua seleção, Melo falou sobre a possibilidade de retorno de LBJ, “Ele pode ficar com tudo isso”.

Com ou sem um título da NBA, Carmelo Anthony é um vencedor. O maior jogador internacional do país que domina o esporte. Parabéns, Melo.

--

--