O que Cavs podem fazer para vencerem o Jogo 3

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3 min readJun 6, 2017

LeBron James inventou os supertimes na NBA atual. Agora, uma versão vindo de uma tempestade perfeita que incluiu um contrato excelente após lesões, jogadores ainda no teto salarial anterior e um salto nesse mesmo teto que permitiu que o Golden State Warriors contratasse o segundo melhor jogador do mundo, parece pronta para destruir o segundo supertime de James.

As defesas ainda não apareceram, mas os Warriors não têm nada a ver com isso e abriram 2 a 0 após vencer o Cleveland Cavaliers por 132 a 113 no Domingo.

A coisa parece difícil, mas também parecia nas Finais de 2016. Os Cavs voltam para casa, novamente perdendo por 2 a 0, mais uma vez tento perdido por uma grande diferença de pontos, e têm muitos ajustes para que tenha esperança de uma nova virada.

Colocar o jogo na lama

O treiandor dos Cavs, Tyronn Lue, parece querer que os time corra. Contra qualquer outra equipe, Lue estaria correto. Afinal, os dois piores jogos dos Cavs foram em partidas lentas. O Jogo 1 contra o Indiana Pacers teve um pace (bem mais fácil do que falar número de posses por 48 minutos) de 90.8 e na derrota para o Boston Celtics no Jogo 3, com um pace de 92.6, foram as piores partidas dos Cavs nesses playoffs.

Mas os Warriors não são qualquer time, eles gostam de correr, são melhores quando correm. O Jogo 2 das Finais chegou a ter o ritmo alucinante de 129 posses por 48 minutos, terminou com 106.4, muitas posses para um time como Golden State.

Os Cavs fizeram 97,4 pontos por 100 posses nas primeiras duas partidas da série. Uma das soluções para diminuir o ímpeto dos Warriors e dar menos posses ao time californiano.

Tristan Thompson tem que ser um fator

Thompson não foi um fator em nenhum dos dois jogos das Finais. Os Warriors tiraram o pivô da rotação imitando o que os Cavs fizeram com Harrison Barnes nas Finais de 2016. Como TT não é uma ameaça nos arremessos, a defesa adversária dá espaço para ele. Isso torna a ajuda de Zaza Pachulia ou JaVale McGee nas infiltrações de James e Kyrie Irving mais fácil.

A média de rebotes ofensivos por jogo de Thompson caiu quase pela metade nas Finais. Não é surpresa nenhuma que sua média de pontos também caiu. Não restam dúvidas, Tristan tem que ser um fator nessa série.

Ele tem que aproveitar essa distância, estes espaços, para punir essa estratégia. É a única maneira de evitar que seu time caia na armadilha de jogar no small ball com os Warriors. Love e Thompson, jogando juntos, aumentam as chances dos Cavs. E nos traz um divertido small ball vs. big ball.

Não deixem Klay e Dray jogarem

Após o primeiro jogo, dei a ideia de deixar Steph Curry e Kevin Durant jogarem soltos, afinal, você não vai pará-los. Os Cavs abraçaram a ideia. KD terminou com 33 pontos, 13 rebotes, seis assistências, cinco tocos e ficou a duas roubadas de bola de um 5x5. Curry fez 32 pontos e, apesar dos oito turnovers, teve 10 lances-livres só no primeiro tempo. Até aí, tudo bem.

Só que a ideia era não deixar Draymond Green e Klay Thompson jogarem. E isso não aconteceu.

Cleveland escolheu deixar Green livre, pedindo para quem marcava o ala-pivô fazer a dobra defensiva. O resultado não foi dos melhores. Green acabou com 50% de aproveitamento nos chutes de 3 e teve seis assistências.

Thompson recuperou seu arremesso. O ala-armador fez 22 pontos, convertendo 8–12 FG e 4–7 3PTS. De novo, a ideia era não deixar os outros dois jogarem, já que o foco não seria parar KD e Curry.

No Jogo 3, Kyrie Irving também tem que aparecer, mas isso é bastante óbvio. O que também é óbvio, é que, se os Cavs não vencerem na quarta-feira — 22h na ESPN — o time terá que fazer o que nunca foi feito antes, e dessa vez, não só nas Finais, e virar uma série de playoffs após estar perdendo por 3 a 0.

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