Pela porta dos fundos

The GOAT
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3 min readMay 11, 2015
deandre

Não foi bonito. A vitória do Los Angeles Clippers sobre o Houston Rockets deixou uma péssima impressão para a equipe texana. Parece que o placar de 128 a 95 não representou suficientemente o tamanho da superioridade dos Clippers em quadra, principalmente no segundo tempo.

DeAndre Jordan foi o personagem da partida. O pivô terminou o jogo com 26 pontos e 17 rebotes, liderando os Clippers em ambos os quesitos. 21 rebotes estiveram disponíveis a cerca de 1 metro de Jordan durante o jogo, e ele só deixou de pegar 4. Em momento algum, Jordan deixou sua mentalidade perder o foco por conta das faltas intencionais dos Clippers. Pelo contrário, parece ter focalizado a raiva nisso, ao contrário de seu adversário de posição, Dwight Howard, visivelmente frustrado, que acabou ejetado com seis faltas no último período (D12 acabou com 7 pontos e 6 rebotes).

Com Howard em problema de faltas muito cedo, os Rockets decidiram começar com apenas três minutos de jogo a estratégia de fazer faltas intencionais para mandar DeAndre Jordan para o lance livre, o hack-a-Jordan. O pivô de Los Angeles cobrou 28 lances livres no primeiro tempo, um recorde para qualquer tempo em jogos de playoffs. Apesar de converter apenas 10 deles, Jordan não impediu que os Clippers saíssem com uma vitória por 60 a 54 no primeiro tempo.

Na verdade, a opção pelo uso intenso do hack-a-Jordan soou mais como uma ação desesperada dos Rockets, sem saber muito bem como parar o seu adversário. E isso foi comprovado com o início da segunda etapa. Estranhamente abdicando da estratégia, Houston foi atropelado pelos Clippers, sem dó nem piedade.

Jordan foi fundamental no triunfo por 43 a 25 no quarto. O pivô acabou com Howard no duelo individual no período e garantiu o jogo para Los Angeles. Foram 14 pontos, 8 rebotes e um aproveitamento perfeito nos 5 arremessos de quadra dados por DeAndre. Dwight, por sua vez, anotou apenas 3 pontos e pegou 2 rebotes no quarto, além de cometer um turnover. Era fácil ver como Chris Paul e DeAndre brincavam com a solidão de Dwight em tentar defender nos Rockets:

Mas não foi só a derrota no duelo entre pivôs que chamou a atenção negativamente para Houston. A linguagem corporal do time, assumindo uma postura derrotista no meio do terceiro quarto, foi bastante preocupante. Para ter chance, os Rockets precisam ser mais agressivos, aceitarem menos a imposição de um jogo pelos Clippers. Mesmo sendo o único jogador capaz de criar o próprio chute no time, James Harden não pode achar razoável terminar uma partida com o mesmo número de arremessos que Jason Terry e Terrence Jones. Houston joga como se estivesse apenas esperando a hora de dizer adeus à temporada e se despedir de sua torcida. Talvez aconteça em seu próprio território, no jogo 5, na próxima terça. Seria uma saída digna do nível de atuação dos Rockets nessa série.

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