Janeiro e sua segunda semana chegou com o pé na porta. A 11ª semana da maior liga do mundo foi movimentada. Times confimando favoritismo, franquias recomeçando do zero. O resumão está no ar!
Cinzas às Cinzas
Mikhail Prokhorov prometeu mundos e fundos quando comprou o Brooklyn Nets. Para chegar lá — lá sendo tirar Nova York dos Knicks e disputar títulos — Prok hipotecou o futuro da franquia. Trocou a maioria das escolhas de draft, se prendeu aos grandes contratos de Joe Johnson, Deron Williams, Paul Pierce e Kevin Garnett.
E deu de cara na parede.
Os Nets trocaram sete escolhas de primeiro round e 11 e segundo, e gastaram US$123.2 milhões em impostos por ter estourado o teto salarial da NBA múltiplas vezes nos cinco anos do, agora demitido, gerente geral Billy King. Os excessos de Prokhorov também custaram o emprego do treinador Lionel Hollins.
Agora, o time do Brooklyn não tem um GM, um treinador ou um futuro claro. Para variar, o plano atual lembra muito o que acabou de implodir: oferecer tudo para que John Calipari deixe seu império na Universidade de Kentucky e aceite a pior posição de GM da NBA. Calipari quer 10 anos, US$120 milhões e total controle da franquia para aceitar conversar com um possível empregador.
Nunca Envelheça
Na quinta-feira, após três partidas de descanso para a ocasião especial, Kobe Bryant atingiu a marca de 33.000 pontos em sua carreira. O ponto histórico veio contra o Sacramento Kings, onde Kobe, ainda fiel escudeiro de Shaquille O’Neal, travou lendárias batalhas com o time da casa.
Kobe juntou-se aos astros Kareem Abdul-Jabbar e Karl Malone como os únicos com 33.000+ pontos na carreira.
A cesta que entrou para a história não poderia ser mais Kobe.
Completamente Iniciantes
O candidato ao prêmio de MIP, CJ McCollum, ficou de fora da partida contra o Los Angeles Clippers após um erro do Portland Trail Blazers e do treinador Terry Stotts. Acidentalmente, o time deixou CJ fora do elenco da partida. Como?
Uma hora antes de todas as partidas da NBA, os treinadores devem entregar uma lista com os 13 jogadores ativos e os dois na lista de lesionados par um delegado da Associação. Antes da partida contra os Clippers, um funcionário dos Blazers apresentou a lista para Stotts, que aprovou, assinou e mandou para oficiais da NBA.
Os Blazers demoraram para perceber o erro. O novato Luis Montero estava na lista, no lugar de McCollum.
“Assinei o papel sem olhar”, disse o treinador. “Mas a culpa é minha por não olhar. Achamos que pegamos o erro a tempo, mas aparentemente não. Então, CJ ficou fora do jogo”.
A NBA ainda perguntou para Doc Rivers se os Clippers permitiam que McCollum jogasse. Doc recusou. Na verdade, o treinador do time angelino cometeu o mesmo erro duas vezes nas últimas duas temporadas.
Os Super Homens
O San Antonio Spurs levou um susto, mas manteve a fase invicta em casa ao derrotar o New York Knicks. José Calderón errou um arremesso de 3 pontos livre, da zona morta esquerda, onde converte mais de 83% dos chutes até aqui, e os Spurs sobreviveram ao ótimo quarto final do time da Grande Maçã.
Agora, os Spurs têm um retrospecto de 22–0 em casa, nesta temporada. Se voltarmos para a temporada passada, a sequência incha para 31–0, a nona maior sequência de vitórias em casa na história da NBA.
Oh! Coisinhas Lindas
O rei do Shaqtin’ a Fool, Marcelinho Huertas, e Cristiano Felício tiveram seus contratos garantidos pelo Los Angeles Lakers e Chicago Bulls, respectivamente. Os brasileiros corriam o risco de sofrerem corte, mas agora ficam até, pelo menos, o final da temporada.
Matheus Meyohas com mais detalhes aqui.
Alguma Coisa no Ar
Nove. São nove vitórias consecutivas para o Los Angeles Clippers. Oito delas sem Blake Griffin. É a quarta sequência de nove ou mais vitórias dos Clippers nas últimas quatro temporadas. Ao vencer o New Orleans Pelicans, os Clippers ficaram com um recorde de 20–8 sem Griffin em quadra.
Nas nove vitórias, os Clippers tiveram o equivalente ao terceiro melhor ataque, quinta melhor defesa e segundo melhor “saldo” entre defesa e ataque.
Mesmo sem Anthony Davis, os Pelicans venderam caro a derrota. Jrue Holiday forçou a prorrogação após receber uma falta de Austin Rivers quando tentava um arremesso de 3 pontos no final do jogo. No tempo extra, o POINT GOD, Chris Paul, tomou conta do jogo e deu a vitória aos Clippers.
Rebelde Rebelde
Um rebelde insistiu com um sistema ofensivo que muitos acreditavam ser antiquado para o “basquete do futuro”. Outro rebelde, quando todos haviam desistido, mostrou que sim, ainda conseguia melhorar e vem tendo uma das melhores temporadas de sua carreira.
Phil Jackson, Carmelo Anthony e os novos New York Knicks.
Em 39 partidas na temporada passada, os Knicks tinham um retrospecto de 5–34. Em 2015–16, o time do Madison Square Garden já teve 19 triunfos no mesmo período de tempo. O elenco é melhor, Phil se livrou de ervas daninhas como Amar’e Stoudemire e Tyson Chandler, Kristaps Porzingis impressiona. Mas, é claro que o time segue os preceitos de Phil Jackson, listados no livro Onze Anéis.
Derek Fisher, treinador dos Knicks, foi criticado pelos torcedores do time desde o inicio da temporada. Fisher não pede tempos nunca, eles disseram. Esqueceram de como o Mestre Zen não costumava pedir tempos, preferindo ver o time resolvendo os problemas em quadra, desenvolvendo confiança.
A rotação de Fisher é grande demais! O time chegou com dois novatos, KP e Jerian Grant, três jogadores vindo de lesões, Melo, Arron Afflalo e José Calderón. Obviamente, Fisher não forçaria as pernas de seus atletas desde o início. Mas, a maior lição, ignorada pelos fãs, veio em uma simples lista do Onze Anéis:
EXPERIMENTAÇÃO até Dezembro
REFINAMENTO até o final de Dezembro
MELHORAS de Janeiro até o final do período de trocas
BRIGAR PELOS PLAYOFFS após a parada para o All-Star Game
Até agora, Fisher tem seguido direitinho a lista de seu mentor.
Procurando Satélites
Na última segunda-feira, a NBA iniciou seu período de contratos de 10 dias. Em uma semana, os times da NBA ficaram quietos. Mas, por um motivo claro. A D-League Showcase. São 19 partidas em cinco dias, um mini-torneio, para que atletas da liga de desenvolvimento tenham chances de mostrar serviço para gerentes gerais e demais executivos da NBA.
O time da showcase ficou assim: Erick Green, do Reno Bighorns, Sean Killpatrick, Delware 87ers, Josh Richardson, Sioux Falls Skyforce, Raphiel Putney, Rio Grande Valley Vipers, Jordan Mickey, Maine Red Claws. O Skyforce sagrou-se campeão do Showcase.
Agora, com o final do mini-torneio, os times da NBA devem agilizar o processo nos contratos de 10 dias.
Nova Estrela Mortal
Vocês viram isso!? Parecia que o Oklahoma Citty Thunder tinha uma vitória garantida nos últimos minutos da partida contra o Portland Trail Blazers. Isso, até a sequência vertiginosa de Damian Lillard. A partir dos 3:20 do período final.
3:07 — Dame 3
2:38 — Dame 3
2:11 — Dame 3
1:32 — Dame 3
1:12 — Dame 3
0:01 — Dame 2 lances-livres.
Foram cinco de seis arremessos e 17 pontos em 3:20.
O Homem Sombra
Deron Williams não é mais a sombra de quem foi um dia. Mesmo assim, o armador do Dallas Mavericks ainda tem combustível para queimar. Com um chute no último segundo da segunda prorrogação, DWill deu a vitória de 117 a 116 para os Mavs, em cima do Sacramento Kings.
Mas, a coisa foi mais complicada. Liderando por quatro pontos nos últimos dois minutos da primeira prorrogação, os Kings tinham o jogo nas mãos. No segundo tempo extra, o time da casa abriu sete pontos, com 1:20 para o final. Dirk Nowitzki, com um chute de 3 e DWill, com uma bandeja, armaram o arremesso final do armador.
Starman
Draymond Green, Golden State Warriors
4–0, 18,3 pontos, 12,3 rebotes, 7,3 assistências e 1,5 tocos por partida.
Draymond Green segue provando o quanto é importante para os Warriors. Green teve dois triplos-duplos, chegou perto de mais dois nas quatro partidas da semana. Ele segue sendo o motor que faz o melhor time da NBA girar. E nada parece diminuir o seu ritmo.
Menções honrosas
LeBron James (Cleveland Cavaliers): 3–1, 26 pontos, 7,8 rebotes e sete assistências por partida.
Carmelo Anthony (New York Knicks): 3–1, 23 pontos, 9,5 rebotes, 5,5 assistências e 1,3 tocos por partida.
Classificação
Classificação
Conferência Oeste
- Golden State Warriors (35–2)
- San Antonio Spurs (32–6)
- Oklahoma City Thunder (26–12)
- Los Angeles Clippers (25–13)
- Dallas Mavericks (22–16)
- Memphis Grizzlies (21–18)
- Houston Rockets (19–19)
- Utah Jazz (17–20)
- Sacramento Kings (15–22)
- Portland Trail Blazers (16–24)
- Denver Nuggets (14–24)
- Phoenix Suns (13–26)
- Minnesota Timberwolves (12–26)
- New Orleans Pelicans (11–25)
- Los Angeles Lakers (8–31)
Conferência Leste
- Cleveland Cavaliers (26–9)
- Chicago Bulls (22–13)
- Toronto Raptors (24–15)
- Atlanta Hawks (23–15)
- Miami Heat (22–15)
- Indiana Pacers (21–16)
- Detroit Pistons (21–16)
- Orlando Magic(20–18)
- Boston Celtics (19–18)
- New York Knicks (19–20)
- Charlotte Hornets (17–20)
- Washington Wizards (16–19)
- Milwaukee Bucks (15–24)
- Brooklyn Nets (10–27)
- Philadelphia 76ers (4–36)