Resumão da semana 11 da NBA

The GOAT
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7 min readJan 11, 2016
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Janeiro e sua segunda semana chegou com o pé na porta. A 11ª semana da maior liga do mundo foi movimentada. Times confimando favoritismo, franquias recomeçando do zero. O resumão está no ar!

Cinzas às Cinzas

Mikhail Prokhorov prometeu mundos e fundos quando comprou o Brooklyn Nets. Para chegar lá — lá sendo tirar Nova York dos Knicks e disputar títulos — Prok hipotecou o futuro da franquia. Trocou a maioria das escolhas de draft, se prendeu aos grandes contratos de Joe Johnson, Deron Williams, Paul Pierce e Kevin Garnett.

E deu de cara na parede.

Os Nets trocaram sete escolhas de primeiro round e 11 e segundo, e gastaram US$123.2 milhões em impostos por ter estourado o teto salarial da NBA múltiplas vezes nos cinco anos do, agora demitido, gerente geral Billy King. Os excessos de Prokhorov também custaram o emprego do treinador Lionel Hollins.

Agora, o time do Brooklyn não tem um GM, um treinador ou um futuro claro. Para variar, o plano atual lembra muito o que acabou de implodir: oferecer tudo para que John Calipari deixe seu império na Universidade de Kentucky e aceite a pior posição de GM da NBA. Calipari quer 10 anos, US$120 milhões e total controle da franquia para aceitar conversar com um possível empregador.

Nunca Envelheça

Na quinta-feira, após três partidas de descanso para a ocasião especial, Kobe Bryant atingiu a marca de 33.000 pontos em sua carreira. O ponto histórico veio contra o Sacramento Kings, onde Kobe, ainda fiel escudeiro de Shaquille O’Neal, travou lendárias batalhas com o time da casa.

Kobe juntou-se aos astros Kareem Abdul-Jabbar e Karl Malone como os únicos com 33.000+ pontos na carreira.

A cesta que entrou para a história não poderia ser mais Kobe.

Completamente Iniciantes

O candidato ao prêmio de MIP, CJ McCollum, ficou de fora da partida contra o Los Angeles Clippers após um erro do Portland Trail Blazers e do treinador Terry Stotts. Acidentalmente, o time deixou CJ fora do elenco da partida. Como?

*barulho de fita rebobinando*

Uma hora antes de todas as partidas da NBA, os treinadores devem entregar uma lista com os 13 jogadores ativos e os dois na lista de lesionados par um delegado da Associação. Antes da partida contra os Clippers, um funcionário dos Blazers apresentou a lista para Stotts, que aprovou, assinou e mandou para oficiais da NBA.

Os Blazers demoraram para perceber o erro. O novato Luis Montero estava na lista, no lugar de McCollum.

“Assinei o papel sem olhar”, disse o treinador. “Mas a culpa é minha por não olhar. Achamos que pegamos o erro a tempo, mas aparentemente não. Então, CJ ficou fora do jogo”.

A NBA ainda perguntou para Doc Rivers se os Clippers permitiam que McCollum jogasse. Doc recusou. Na verdade, o treinador do time angelino cometeu o mesmo erro duas vezes nas últimas duas temporadas.

Os Super Homens

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O San Antonio Spurs levou um susto, mas manteve a fase invicta em casa ao derrotar o New York Knicks. José Calderón errou um arremesso de 3 pontos livre, da zona morta esquerda, onde converte mais de 83% dos chutes até aqui, e os Spurs sobreviveram ao ótimo quarto final do time da Grande Maçã.

Agora, os Spurs têm um retrospecto de 22–0 em casa, nesta temporada. Se voltarmos para a temporada passada, a sequência incha para 31–0, a nona maior sequência de vitórias em casa na história da NBA.

Oh! Coisinhas Lindas

O rei do Shaqtin’ a Fool, Marcelinho Huertas, e Cristiano Felício tiveram seus contratos garantidos pelo Los Angeles Lakers e Chicago Bulls, respectivamente. Os brasileiros corriam o risco de sofrerem corte, mas agora ficam até, pelo menos, o final da temporada.

Matheus Meyohas com mais detalhes aqui.

Alguma Coisa no Ar

Nove. São nove vitórias consecutivas para o Los Angeles Clippers. Oito delas sem Blake Griffin. É a quarta sequência de nove ou mais vitórias dos Clippers nas últimas quatro temporadas. Ao vencer o New Orleans Pelicans, os Clippers ficaram com um recorde de 20–8 sem Griffin em quadra.

Nas nove vitórias, os Clippers tiveram o equivalente ao terceiro melhor ataque, quinta melhor defesa e segundo melhor “saldo” entre defesa e ataque.

Mesmo sem Anthony Davis, os Pelicans venderam caro a derrota. Jrue Holiday forçou a prorrogação após receber uma falta de Austin Rivers quando tentava um arremesso de 3 pontos no final do jogo. No tempo extra, o POINT GOD, Chris Paul, tomou conta do jogo e deu a vitória aos Clippers.

Rebelde Rebelde

Um rebelde insistiu com um sistema ofensivo que muitos acreditavam ser antiquado para o “basquete do futuro”. Outro rebelde, quando todos haviam desistido, mostrou que sim, ainda conseguia melhorar e vem tendo uma das melhores temporadas de sua carreira.

Phil Jackson, Carmelo Anthony e os novos New York Knicks.

Em 39 partidas na temporada passada, os Knicks tinham um retrospecto de 5–34. Em 2015–16, o time do Madison Square Garden já teve 19 triunfos no mesmo período de tempo. O elenco é melhor, Phil se livrou de ervas daninhas como Amar’e Stoudemire e Tyson Chandler, Kristaps Porzingis impressiona. Mas, é claro que o time segue os preceitos de Phil Jackson, listados no livro Onze Anéis.

Derek Fisher, treinador dos Knicks, foi criticado pelos torcedores do time desde o inicio da temporada. Fisher não pede tempos nunca, eles disseram. Esqueceram de como o Mestre Zen não costumava pedir tempos, preferindo ver o time resolvendo os problemas em quadra, desenvolvendo confiança.

A rotação de Fisher é grande demais! O time chegou com dois novatos, KP e Jerian Grant, três jogadores vindo de lesões, Melo, Arron Afflalo e José Calderón. Obviamente, Fisher não forçaria as pernas de seus atletas desde o início. Mas, a maior lição, ignorada pelos fãs, veio em uma simples lista do Onze Anéis:

EXPERIMENTAÇÃO até Dezembro

REFINAMENTO até o final de Dezembro

MELHORAS de Janeiro até o final do período de trocas

BRIGAR PELOS PLAYOFFS após a parada para o All-Star Game

Até agora, Fisher tem seguido direitinho a lista de seu mentor.

Procurando Satélites

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Na última segunda-feira, a NBA iniciou seu período de contratos de 10 dias. Em uma semana, os times da NBA ficaram quietos. Mas, por um motivo claro. A D-League Showcase. São 19 partidas em cinco dias, um mini-torneio, para que atletas da liga de desenvolvimento tenham chances de mostrar serviço para gerentes gerais e demais executivos da NBA.

O time da showcase ficou assim: Erick Green, do Reno Bighorns, Sean Killpatrick, Delware 87ers, Josh Richardson, Sioux Falls Skyforce, Raphiel Putney, Rio Grande Valley Vipers, Jordan Mickey, Maine Red Claws. O Skyforce sagrou-se campeão do Showcase.

Agora, com o final do mini-torneio, os times da NBA devem agilizar o processo nos contratos de 10 dias.

Nova Estrela Mortal

Vocês viram isso!? Parecia que o Oklahoma Citty Thunder tinha uma vitória garantida nos últimos minutos da partida contra o Portland Trail Blazers. Isso, até a sequência vertiginosa de Damian Lillard. A partir dos 3:20 do período final.

3:07 — Dame 3

2:38 — Dame 3

2:11 — Dame 3

1:32 — Dame 3

1:12 — Dame 3

0:01 — Dame 2 lances-livres.

Foram cinco de seis arremessos e 17 pontos em 3:20.

O Homem Sombra

Deron Williams não é mais a sombra de quem foi um dia. Mesmo assim, o armador do Dallas Mavericks ainda tem combustível para queimar. Com um chute no último segundo da segunda prorrogação, DWill deu a vitória de 117 a 116 para os Mavs, em cima do Sacramento Kings.

Mas, a coisa foi mais complicada. Liderando por quatro pontos nos últimos dois minutos da primeira prorrogação, os Kings tinham o jogo nas mãos. No segundo tempo extra, o time da casa abriu sete pontos, com 1:20 para o final. Dirk Nowitzki, com um chute de 3 e DWill, com uma bandeja, armaram o arremesso final do armador.

Starman

Draymond Green, Golden State Warriors

4–0, 18,3 pontos, 12,3 rebotes, 7,3 assistências e 1,5 tocos por partida.

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Draymond Green segue provando o quanto é importante para os Warriors. Green teve dois triplos-duplos, chegou perto de mais dois nas quatro partidas da semana. Ele segue sendo o motor que faz o melhor time da NBA girar. E nada parece diminuir o seu ritmo.

Menções honrosas

LeBron James (Cleveland Cavaliers): 3–1, 26 pontos, 7,8 rebotes e sete assistências por partida.

Carmelo Anthony (New York Knicks): 3–1, 23 pontos, 9,5 rebotes, 5,5 assistências e 1,3 tocos por partida.

Classificação

Classificação

Conferência Oeste

  1. Golden State Warriors (35–2)
  2. San Antonio Spurs (32–6)
  3. Oklahoma City Thunder (26–12)
  4. Los Angeles Clippers (25–13)
  5. Dallas Mavericks (22–16)
  6. Memphis Grizzlies (21–18)
  7. Houston Rockets (19–19)
  8. Utah Jazz (17–20)
  9. Sacramento Kings (15–22)
  10. Portland Trail Blazers (16–24)
  11. Denver Nuggets (14–24)
  12. Phoenix Suns (13–26)
  13. Minnesota Timberwolves (12–26)
  14. New Orleans Pelicans (11–25)
  15. Los Angeles Lakers (8–31)

Conferência Leste

  1. Cleveland Cavaliers (26–9)
  2. Chicago Bulls (22–13)
  3. Toronto Raptors (24–15)
  4. Atlanta Hawks (23–15)
  5. Miami Heat (22–15)
  6. Indiana Pacers (21–16)
  7. Detroit Pistons (21–16)
  8. Orlando Magic(20–18)
  9. Boston Celtics (19–18)
  10. New York Knicks (19–20)
  11. Charlotte Hornets (17–20)
  12. Washington Wizards (16–19)
  13. Milwaukee Bucks (15–24)
  14. Brooklyn Nets (10–27)
  15. Philadelphia 76ers (4–36)

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