Resumão da semana 3 na NBA

The GOAT
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7 min readNov 18, 2015

Mais uma semana se foi com uma pilha de jogos e várias mudanças de momentum. Mas não pra todo mundo. Lesões já começam a machucar, o alto nível começa a cair pra alguns e surgir para outros, alguns caem em buracos possivelmente sem volta, outros começaram a sonhar com algo além do que imaginava para a temporada. E, claro, o falatório já começou.

Ganhar, mesmo não jogando bem

Os Warriors chegaram pertinho de perder sua invencibilidade após as 10 vitórias seguidas. No sábado, dia 14 de Novembro, o Brooklyn Nets estava afim de acabar com a festa. Conseguiram forçar o pior jogo de Steph até agora (34 pontos em 31 arremessos) e o time teve que se manter com força em seus outros atletas, que corresponderam. Draymond Green foi o principal deles com um triplo-duplo (16–10–12). Tivemos prorrogação e atropelo do atual campeão da NBA nos 5 minutos. 11–0.

Mas em outro jogo, tivemos isso…

King is back… mas não está satisfeito

LeBron James resolveu ter uma semana de LeBron James. Nos últimos 4 jogos ele teve média de 32 pontos, 51,1% de aproveitamento, 5,8 assistências e 7 rebotes. E extremamente dominante em quadra, liderando os Cavs em uma run de 8 jogos quase perfeita. Quase, pois no último, contra o Milwaukee Bucks, o time falhou e perdeu, apesar 37 pontos, 12 rebotes e 5 assistências de LeBron. O King não ficou calado à respeito disso. “Nos não nos esforçamos direito às vezes e esperamos fazer uma sequência pra vencer o jogo no fim. Nós não somos bons o suficiente para fazer isto agora.”. Hora dos companheiros acordarem e satisfazerem o seu rei.

Byron Scott???

Sério, alguém entende o que o Byron Scott está fazendo em Los Angeles? Vamos tomar como exemplo o novato D’Angelo Russell, escolhido com a segunda escolha do draft deste ano e detentor de um potencial incrível. Com o time em uma reconstrução e sem armadores garantidamente titulares, há de se imaginar um domínio de Russell na posição, até para preparar o garoto e proporcionar a experiência de jogar com companheiros vitoriosos em suas carreiras, como Kobe Bryant.

Byron não quer saber disso. No jogo contra os Pistons, por exemplo, que o matchup contra o bom Reggie Jackson seria uma ótima experiência para o jovem, ele o manteve em quadra por pouco mais de 20 minutos. Além disso, ele prefere ignorar as falhas de Kobe do que as de um armador novato. E faz questão de deixar isso público. Sem contar todas as falhas culturais em relação ao seu plano de jogo, como o investimento em arremessos de média distância.

O grande problema é que Byron Scott parece não conseguir evoluir os seus jovens jogadores de forma alguma. É esse o caminho que a franquia deseja seguir?

O morde e assopra em SacTown

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Sabe aqueles romances forçados, casamentos arrumados por famílias, que viram um grande tumulto, confusão e brigas? É basicamente o que acontece entre George Karl e DeMarcus Cousins. Nesta semana uma nova bomba explodiu. Após uma série de frustrantes derrotas, segundo reports, Cousins se irritou e discutiu pesado com Karl. Este quis suspendê-lo por dois jogos, mas a diretoria negou seu pedido e declarou que ele não tem poder para tal. Obviamente, um turbilhão de ‘panos quentes’ foram jogados no assunto. Mas ficam algumas reflexões.

01) Por que continuar insistindo em uma tragédia anunciada? É engraçado como os Kings vivam bons momentos quando Mike Malone era técnico da equipe. Era um time mais organizado, DMC estava nas rédeas e o time apresentava um bom padrão de evolução. Por birras com os diretores, Malone foi mandado embora. Daí pra frente a franquia voltou pra esse eterno vórtice de decepção e, com o experiente Karl, não está diferente. Talvez esteja pior.

02) Quem é que tem poder ali? Se Karl não tem autonomia pra punir um jogador que ele comanda, qual o sentido de ele estar ali? Só Vlade Divac, GM da franquia, e Vivek Ranadivé, dono, tem poder sob o elenco? A confusa atribuição de poderes mostra perfeitamente a bagunça que essa franquia é nos últimos anos.

03) Qual o sentido de investir a carreira no Kings? Com esse tumulto inteiro, que acontece mais constantemente do que o imaginado, qual o sentido de Cousins querer permanecer lá após o fim de seu atual contrato daqui a alguns anos? E isso vale pra qualquer estrela, inclusive as que eles tentarem angariar em mercados de agência livre, por exemplo. Atuar com um dos mais intrigantes pivôs da liga atualmente é certamente um atrativo. Mas e o resto?

No fim das contas, Cousins pediu desculpas e o time conseguiu 3 vitórias seguidas. Mas é difícil imaginar que isso irá se manter com essa panela de pressão assoviando o tempo inteiro, prestes a explodir.

Equilíbrio no Leste, menos na Philadelphia

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O Leste geralmente é uma eterna bagunça, meio triste, que a gente vê de longe um pouco assustado. Mas esse começo de temporada está promissor. PRA CARAMBA. Tirando o Sixers, é claro, que não consegue ganhar nada. São 11 derrotas e nenhuma vitória, fazendo um oposto perfeito aos Warriors. Jahlil Okafor, porém, apresenta um excelente início de carreira. Mas uma andorinha não carrega o verão inteiro nas costas.

Do Orlando Magic pra frente, o equilíbrio está ativado. 5–6 é o recorde base da conferência, com apenas Nets e Sixers de fora. Nesses momentos de fortalecimento de equipes, é interessante observar quem se destacará nas próximas semanas.

A vingança que vem com empolgação

Nesta semana tivemos o encontro de DeAndre Jordan com seu quase destino, o Dallas Mavericks. Em Dallas. Ou seja, torcida em chamas, vaiando DAJ sempre que este ameaçava pegar na bola. O começo fraco de temporada dos Mavs, aliado com um Clippers potente, nos fez imaginar que não rolaria uma vingança. Aconteceu. 118–108, com direito a Dirk Nowitzki inspirado. Isso inspirou o time a vencer mais 3 seguidas, fazendo uma sequência de 4 vitórias e uma esperança renovada em uma equipe desacreditada. Tudo que Carlisle queria.

Acabou a paz, Detroit?

Após o avassalador início de temporada do time liderado por Stan Van Gundy e a dupla Reggie Jackson e Andre Drummond, parece que o efeito de novidade passou. Derrotas seguidas para Warriors, Kings, Clippers e Lakers. Sim, Kings e Lakers?! Tipo de jogos que é bom você vencer, mesmo fora de casa. A viagem não fez bem para a equipe, que volta para casa com apenas 1 vitória e 4 derrotas. A California não foi bondosa com os garotos de SVG.

RIOOOOO

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A confusa troca que levou Mario Chalmers para o Memphis Grizzlies, em troca de Beno Udrih para Miami, começa a fazer sentido. Na grande virada contra o Thunder, o armador reserva marcou 29 pontos, com 16 deles no último quarto, e apresenta uma alma renovada na nova casa. A bela camisa remetendo o Memphis Sounds ajuda, né?

McHale com problemas

Já são quatro derrotas consecutivas para os Rockets e Kevin McHale não consegue reorganizar seu time. A boca miúda já está ativa em Houston, apesar do bom trabalho do treinador na temporada passada. Ty Lawson não encaixou como o esperado, Harden alterna jogos brilhantes e apresentações preguiçosas, nada consegue se estabelecer como um fator. Houston, temos um problema?

Jogão da semana

Alguns jogos bem interessantes aconteceram nesta semana, dava pra escolher entre uns quatro. Porém, que tal esse Memphis Grizzlies e Portland Trail Blazers? Muita gente não esperava muita coisa dessa partida, mas tiveram uma exibição muito interessante e decidida só no finalzinho com um putback de Zach Randolph. Aliás, Marc “Wendigo” Gasol foi para 31 pontos e 5 assistências. Grizzlies voltando…

MVP da semana

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DeMarcus Cousins é uma fácil escolha. Liderando a reação de Sacramento, o pivô teve médias de 32,5 pontos e 11 rebotes em 3 vitórias e 1 derrota. Até fora de quadra foi um destaque, pela já citada discussão com Karl. Way to go, Boogie!

Menções honrosas

Stephen Curry — 32,5 pontos por jogo e 41,3% de aproveitamento nos arremessos de três o fazem continuar aqui, além da campanha vitoriosa.

LeBron James — Na média: 32 pontos, 51,1% de aproveitamento, 5,8 assistências e 7 rebotes e muita personalidade.

Classificação do Leste

  1. Cavaliers (8–2)
  2. Bulls (7–3)
  3. Hawks (8–4)
  4. Heat (6–3)
  5. Raptors (7–4)
  6. Celtics (6–4)
  7. Pacers (6–5)
  8. Wizards (4–4)
  9. Bucks (5–5)
  10. Pistons (5–5)
  11. Hornets (5–5)
  12. Knicks (5–6)
  13. Magic (5–6)
  14. Nets(1–9)
  15. Sixers (0–11)

Classificação do Oeste

  1. Warriors (11–0)
  2. Spurs (8–2)
  3. Maverickss (7–4)
  4. Suns (6–4)
  5. Clippers (6–4)
  6. Thunder (6–5)
  7. Jazz (5–5)
  8. Grizzlies (6–6)
  9. Nuggets (5–5)
  10. Timberwolves (4–6)
  11. Rockets (4–7)
  12. Kings (4–7)
  13. Blazers (4–8)
  14. Lakers (2–9)
  15. Pelicans (1–9)

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