Que partida. Que playoffs. Que esporte, o melhor do mundo. Los Angeles Clippers e San Antonio Spurs não conseguiram abrir diferenças grandes em momento algum do grande jogo 5. A vitória dos Spurs por 111 a 107 veio no fim, dando a liderança da série à equipe texana.
Tim Duncan teve uma partida clássica de Tim Duncan. O cara não envelhece. Tony Parker, por outro lado… No início da partida, Parker não encontrava Chris Paul de jeito nenhum. O armador dos Clippers corria círculos em volta do francês e liderou uma vantagem rápida do time. Paul teve companhia de Blake Griffin no primeiro tempo. Certamente, alguém decretou a morte dos Spurs no começo. Sempre decretam. Uma hora, acertam.
Eventualmente, os Spurs fizeram 15 a 0 entre o primeiro e segundo quartos para retornar ao jogo. A partir daí, os time trocaram lideranças diversas vezes. Ninguém conseguia abrir uma vantagem. Foi uma coisa maravilhosa de se assistir.
A fadiga de não ter um banco de reservas confiável parece ter alcançado os Clippers. O time não conseguiu converter uma cesta de 3 pontos para salvar sua vida. Repetidos erros mentais, típicos de jogadores cansados, foram se acumulando. Mas os Clippers têm CP3.
Com um aproveitamento de 100% nos arremessos, nenhum turnover e, apenas uma assistência porque seu time não convertia — 1–9 para Griffin — ele tentou carregar os Clippers sozinho no último quarto. Mas enquanto Paul tinha pouca ajuda, os Spurs jogavam como Spurs. O tiki-taka do basquete.
Na última bola do jogo, DeAndre Jordan resolveu cometer a interferência ofensiva na chance de Los Angeles vencer a partida. A bola parecia cair para a cesta. Após a partida, o pivô sentou em seu vestiário, sentindo o peso do mundo em suas costas.
Mas Jordan não terá muito tempo para pensar em seu erro, pois os dois times se encontram novamente na quinta-feira, e os Clippers estarão com as costas contra a parede. Os Spurs lideram por 3 a 2.
