Towns e o Mestre Zen: um conto

The GOAT
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3 min readMay 4, 2015
KarlAthlonSports

- Cara, calma, ele está olhando pra cá. Não! Não olha agora! Ele vai perceber — disse o primeiro, vendo que o cavaleiro mais brilhante do reino, Karl-Anthony Towns, olhava para a mesa enfeitada de azul e laranja

- Ele ainda está olhando?

- Sim, sim. Não diretamente, mas de relance.

- O que você acha?

- Bom, ele não controla seu destino, mas quando o Ser mais importante da nova guarda olha pra você, o nervosismo bate, né? — disse o primeiro, entre risadas nervosas.

- Você ouviu os rumores? Ele anda falando…

“Sim, crescendo na área, você não tem dinheiro para o NBA League Pass, então você tem os times locais. Sempre tive chances de assistir o canal MSG e ver os Knicks jogarem. Cresci tendo muito respeito pelos Knicks”.

- Cara — falou o segundo com as mãos tremendo de nervosismo — ele gosta da gente!

- Calma, calma. Ele foi profissional. Não disse que torcia, gostava, mas também não negou. Também, seria estranho dizer que nos amava desde pequenos, os outros não gostariam — falou, enquanto, com o queixo, apontava para mesa contendo as casas de cores vermelha, azul e branca, roxo e amarelo e verde e azul.

- Sim, e eles — enquanto gesticulava para um canto escuro onde apenas os TEC TEC das teclas eram ouvidos e o fraco brilho de telas iluminavam os seres grotescos que controlavam as narrativas — dizem que nosso grande líder não tem mais o impacto que tinha. Ele perdeu o controle das palavras.

- Loucura! — um punho bateu na mesa forte, chamando atenção. Vendo isso, o primeiro baixou a voz — loucura. Nosso Mestre Zen ainda tem encanto em suas palavras, sabedoria em seu movimentos. Tyson Chandler que o diga.

Na mesa dos grotescos tecelões de narrativas, Ser Towns novamente falava:

“É a sua presença”, disse Towns sobre Phil Jackson, o Mestre Zen. “O que ele significa para mim, sua presença é impressionante. O que era incrível como treinador, ele fazia todos melhores e os colocava em posição para ter sucesso. Ele é tão esperto e inteligente e tem tanta experiência. Ele sabe vencer. No final do dia, todo jogador que vencer. Se tiver a oportunidade de jogar para os Knicks, é o que amaria fazer”.

- Ele… Ele disse o que acho que disse? — falou o segundo, ainda incrédulo — ele gostaria de vir para a nossa casa?

- É, parece que o final da influência do nosso Mestre Zen foi altamente exagerado.

Entre suspiros de admiração, admiração por este prodígio que parecia querer vestir o azul e laranja, admiração pelo peso que o Mestre Zen ainda carregava, admiração por, quem sabe, uma luz no fim do túnel, eles olhavam para o horizonte.

- Pena que ele não controla seu destino, ainda — lamentou o segundo.

Os dois gesticularam por mais uma cerveja.

- Quem sabe os deuses do basquetebol não olham com carinho para nosso reino? Quem sabe…

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