WNBA Finals: Sparks vencem Lynx e conquistam o título
O Los Angeles Sparks é o mais novo campeão da WNBA! As Sparks bateram o Minnesota Lynx por 77 a 76 em um jogo de tirar o fôlego no Target Center, em Minneapolis, fechando a série em 3 a 2. Esse foi a terceira conquista da história de Los Angeles (2001, 2002), que esteve nas Finais quatro vezes. A Jogadora Mais Valiosa (MVP) das Finais foi a pivô Candace Parker, que disputou sua primeira decisão este ano. A conquista encerrou um jejum de 14 anos de Los Angeles sem um título da WNBA.
Apesar do merecido prêmio dado a Parker, foi das mãos da MVP da temporada regular, Nneka Ogwumike, que veio a bola que selou a vitória das Sparks, com três segundos para o fim. A cestinha do jogo foi Candace Parker, que terminou o duelo com 28 pontos, 13 rebotes e 3 roubos de bola. Do lado de Minnesota, o destaque ficou mais uma vez por conta de Maya Moore, que anotou 23 pontos, 11 assistências, 6 rebotes e 3 roubos. As principais “coadjuvantes”, Sylvia Fowles e Nneka Ogwumike, tiveram as atuações prejudicadas nesta noite. Fowles teve que deixar o jogo por um tempo com uma lesão na mão, enquanto Ogwumike sofreu com os problemas de falta.
Como foi costume nessa série, a partida foi muito equilibrada do início ao fim. Ao todo, foram 24 trocas de lideranças e 11 empates no jogo. E os últimos minutos da partida traduziram a loucura que foi o duelo. Faltavam pouco mais de 3 minutos para o fim do jogo quando uma bandeja de Parker deu uma liderança de 71 a 63 para as Sparks, a maior vantagem de qualquer time na partida. Na volta do pedido de tempo, Minnesota emplacou uma corrida de 8 a 0 e tratou de deixar tudo igual no placar com 1:48 por jogar.
A partir daí, ninguém conseguiu nem piscar. Ogwumike deu dois pontos de vantagem às Sparks, respondidos com outros dois pontos de Seimone Augustus. Depois disso, os times trocaram alguns erros, até que o Lynx voltou a pontuar com 24 segundos no relógio de jogo, em lance livre de Rebekkah Brunson, 74 a 73. Los Angeles respondeu rápido, com nova cesta de Candace Parker. 75 a 74, 19.7 segundos. E então começou a loucura que culminou na bola salvadora de Ogwumike.
Com a posse, Minnesota passou à frente com um chute de meia distância de Maya Moore. 76 a 75. Sem tempo para pedir, as Sparks partiram em velocidade. Chelsea Gray arremessou. Errou. Ogwumike pegou o rebote ofensivo. Subiu para a cesta, tomou o toco de Sylvia Fowles. Ogwumike pegou mais um rebote e deixou a bola morrer no fundo do barbante para dar os dois pontos definitivos para as Sparks. 77 a 76. Nem mesmo um chute desesperado de Lindsay Whelan foi suficiente para tirar o título da mão das Sparks.
Parker dedica título a Pat Summitt
Foi uma temporada complicada para Candace Parker, dentro e fora de quadra. A pivô perdeu, no dia 28 de junho, uma de suas melhores amigas e sua principal mentora: a ex-técnica Pat Summit. Ela foi a treinadora de Parker em seus dois títulos da NCAA por Tennessee. Além disso, Parker foi questionada tecnicamente ao longo do ano, e ficou de fora da Seleção Americana nos Jogos do Rio 2016, além do All-WNBA Team. Lutando contra suas lágrimas, Parker se esforçou para resumir o que significava o primeiro título de sua carreira: “Isso aqui é para Pat. Isso aqui é para Pat. Eu não queria percorrer o caminho até aqui com mais ninguém. É fantástico quando você se cerca de pessoas boas, o quão divertido isso pode ser”, declarou.
MVP da temporada regular e autora da cesta da vitória, Nneka Ogwumike falou sobre a emoção de Parker e a importância que ela teve na conquista. “Ela passou por tanta coisa. Ela é provavelmente a jogadora menos compreendida em toda a liga. Eu disse a ela que queria que ela vencesse um título. Parker teve um jogo incrível hoje, e tem sido nossa líder”, afirmou.
Moore lamenta queda em casa
Depois de quase anotar a cesta do campeonato, a ala Maya Moore estava bem abatida com a derrota no Jogo 5. Em poucas palavras, descreveu o seu sentimento: “O time que ganhou o título merecia ganhar o título. Só é tão duro estar tão perto de conseguir”, disse. Técnica de Minnesota, Cheryl Reeve deu entrevista em um tom bem mais incisivo que Moore, e reclamou da arbitragem. As zebras vacilaram na marcação de uma cesta de Ogwumike, com 1:12 por jogar, e podem ter dado o título a Los Angeles.
“Não é suficiente só pedir desculpas e soltar uma nota dizendo que erraram, ok? Essas jogadoras são tão dedicadas, e algo deve ser feito sobre a arbitragem desta liga. Porque isso não é justo com as grandes jogadoras que temos”, esbravejou.
Ninguém viu
Apesar do apelo de ser uma final de liga nacional, a WNBA parece não ter atraído muito a atenção da ESPN. O canal que detém os direitos de transmissão da liga no Brasil preferiu não passar o jogo 5 nem mesmo no Watch ESPN. Na TV, o canal ocupou sua grade com o Thursday Night Football, os playoffs da MLB e a reprise do Resenha.
As campeãs
#0 Alana Beard
#3 Candace Parker
#7 Sandrine Gruda
#10 Evgeniia Belyakova
#12 Chelsea Gray
#17 Essence Carson
#20 Kristi Toliver
#21 Ann Wauters
#23 Ana Dabovic
#28 Jelena Dubljevic
#30 Nneka Ogwumike
#42 Jantel Lavender
