Bem-vindo ao nosso Cooking Lab
Receitas e experimentos culinários toda semana.
Com o passar dos anos a minha relação com a alimentação deixou de ser apenas uma função. Aos poucos, lidar com a comida foi se tornando uma das principais fontes de lazer e prazer. E, depois de ser pai, entender a origem e prezar pela qualidade dos ingredientes se tornou fundamental.
Nos últimos meses essa relação ganhou um novo capítulo; comecei um projeto para manter a descoberta de coisas novas e encarar o desafio de (sair da zona de conforto) unir duas paixões: criatividade e gastronomia.
Desde o início do ano, eu e minha mulher, Carol, decidimos pelo menos uma vez na semana cozinhar algo que nunca fizemos.
A proposta do nosso cookinglab segue uma única premissa: cozinhar o que tivermos vontade e, preferencialmente, experimentar ingredientes novos e remixar receitas.
Fato é que o que pode ser corriqueiro para a maioria das pessoas (ao menos para mim), está sendo um grande desafio devido a minha total falta de jeito e intimidade na cozinha. Essa inadequação fica ainda maior ao ver a Carol elaborar receitas com um pé nas costas: a diferença entre dedicação & vontade de aprender vs. dom & talento escancarada pra quem quiser ver.
Além disso, sempre acreditei que para cozinhar era preciso improviso e uma boa dose de intuição. E isso é verdade de alguma maneira.
Mas descobri que o que antes considerava uma falha e atestado de inabilidade (programar a receita e os ingredientes de antemão) é o recomendado a qualquer iniciante e a regra da maioria dos recintos com estrelas Michelin: é essencial ter tudo à mão e dentro do campo de visão antes de começar a receita.
Saber disso me faz aproveitar mais o momento e permitir a imersão completa na hora de arregaçar as mangas e me aventurar na cozinha. E a cada nova receita as pitadas de improviso vão aparecendo para deixar a coisa ainda mais divertida.
Em tempos de chefs celebridades, é inegável que tenhamos sofrido uma influência. Mas a motivação está mais para Ratatouille do que Hell’s Kitchen ou Masterchef. A ideia, no fim das contas, se resume a aprender coisas novas e, principalmente, se divertir.
Acaba sendo uma excelente medida não só por economizar mas por exercitar a criatividade e estar junto de quem importa. De quebra, queremos estimular desde cedo o contato da Catarina, nossa filhota, com esse universo de possibilidades.
De lá pra cá experimentamos com peixes, aves, carnes e frutos do mar e aprendemos bastante com cada prato. Ao final de cada receita vem o sentimento de ter feito algo do zero e de ter uma boa história para contar.
E o que começou como uma brincadeira entre nossa família, aos poucos, vem se tornando numa bela oportunidade de reunir amigos e familiares que muitas vezes se inspiram com a nossa iniciativa e decidem criar os seus próprios laboratórios.
Agora, depois de assinarmos o Clube Orgânico, criamos mais um fator: total aproveitamento da nossa cesta. Assim fica ainda mais divertido e desafiador utilizar os itens surpresas e sazonais.
Por exemplo, em menos de uma semana, descobrimos que dá pra fazer uma bela omelete com as folhas da cenoura e, agora, estamos experimentando receitas que levem capim limão.
Só espero que eles não mandem coentro ou erva-doce, porque aí não vai ter salvação.
=)
Pai da Catarina, casado com a Carol e sócio cofundador do TBD Lab
*Você pode encontrar nossas receitas aqui.
*E, se você curte uma música na hora de cozinhar, essa é a trilha do nosso cooking lab.
