ESTRUTURA NARRATIVA CLÁSSICA (PARTE 2)
Anteriormente por aqui…
“Sendo bem sucinto, isso quer dizer que a história precisa ter um começo, um meio e um fim; e, ligando cada uma das partes, pontos de tensão (plot point) que provocam uma reviravolta na trama.”
Contar história é mover personagens de um ponto a outro. Essa movimentação é o drama. Ou seja, não há história sem drama, sem movimento. Isso significa que a função do roteirista e contador de história é criar motivos para as personagens se movimentarem.
Um exemplo clássico:
“Um gato deitado no sofá não tem história. Mas, um gato deitado no sofá do cachorro, sim.”
O que o autor desconhecido dessa frase quis dizer é que, se o gato estiver deitado no sofá do cachorro, há um motivo para ele se mover. Ele está ali “correndo risco” de ser pego pelo cachorro. O dono do sofá se incomodar e começar uma caçada é só um dos motivos para uma movimentação, para o drama.
A Estrutura Narrativa Clássica que divide a história em 3 atos, tem no Ato 1 a apresentação do protagonista. É onde entendemos sobre quem é a história, quais são os conflitos que fazem essa pessoa interessante se mover pela história; no Ato 2 o conflito. É a parte de maior movimento do protagonista, porque é onde os problemas que perseguem ou impedem surgem e nos aprofundamos com ele na busca pela solução e no sofrimento de não conseguir até o último momento; no Ato 3 a solução. É o fim da história. É aqui que o protagonista mostra que aprendeu a lição. Ele mostra maturidade e sabedoria na resolução do problema.
Cada um dos 3 atos tem sua peculiaridade na narrativa. Na apresentação (Ato 1), o roteirista — contador de história — precisa evidenciar características das personagens que serão cruciais para o movimento dramático. Ou seja, no Ato 1, você mostra características essenciais do gato, do cachorro e do sofá. É a hora da audiência desenvolver empatia ou antipatia pelas personagens da sua história, gerar interesse pelo movimento, pelo drama.
Em breve… a Parte 3
