Imagem: Reprodução/Google

MAIS UM FILME APOCALÍPTICO NA NETFLIX.

Tiago Bezerra
Tiago Bezerra

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Relaxa. Não tem spoiler!

É difícil dizer com certeza se essa é a nova moda do momento. Mas tem sido comum a Netflix lançar filmes sobre fim do mundo, catástrofes devastadoras e o climão apocalíptico.

Depois de “Aniquilação”, dirigido por Alex Garland e estrelado por Natalie Portman, chegaram o confuso “Próxima parada: Apocalipse” e o mais recente “Extinção”, este dirigido por Ben Young e com um ponto de vista diferente em relação à eliminação da raça humana.

O elenco escalado para a nova estreia da Netflix é modesto e não tão atrativo. Porém Michael Peña, mesmo longe da brilhante atuação em “Crash” (2004), segura firme a história do Pai que sofre com sonhos de um acontecimento terrível.

O roteiro fica muito tempo preso nos sonhos e pouco na relação do protagonista com a família. No meu ponto de vista, a relação com a família teria mais a ver com a sinopse. Se a ideia era ter um pai sofrido que fica ausente por causa dos sonhos, mas se redime lutando para salvar sua família, o roteiro não foi bem por esse caminho.

Além do mais, o protagonista perde destaque para um outro personagem — um vizinho — justamente na hora que o plot exige uma atitude heroica do personagem principal.

De um modo geral, é um filme com a cara da Netflix: efeitos visuais levemente exagerados, uma história interessante explorada de forma rasa no roteiro. E, assim como acontece em Aniquilação e Próxima parada: Apocalipse, a Direção explora muito a tensão pelo extraordinário e tecnológico, mas não traz nenhuma linguagem nova.

Pessoalmente, acho que essa necessidade de terminar o filme com um “vem um 2 por aí” não tem favorecido os Originais Netflix.

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