VAMOS FAZER UM JINGLE
Algumas pessoas adoram fazer jingle, outras odeiam. Tem quem diga que é bobo e que não funciona mais. Ou que só funciona se ficar repetindo o nome ou telefone do anunciante dezenas de vezes. Mas de todas as afirmações, a que mais me dá agonia é: “Fazer jingle é fácil. É só rimar preço baixo com relaxo e pronto.”
Tal afirmação nunca rolou precisamente com essas palavras, mas a base do raciocínio era exatamente essa. E, gente, jingle não é só isso e não é fácil. Me recuso a colocar musiquinha parodiada com rimas fáceis e composições relevantes na mesma playlist.
Jingle é música com notas, acordes e letra. Então, acorde! (não resisti). Se você não gosta de qualquer musiquinha, por que é que vai gostar de qualquer jinglezinho?
Toda vez que for criar um jingle, pense nos singles que bombam para o público-alvo específico. Pesquise, filtre, desenvolva critério. Você não precisa ser músico pra ter critério sobre música. Música é sentimento, é bom gosto, feeling e muita observação (com o ouvido).
Gosto de elaborar passo a passo pra tudo que faço. Comigo funciona, pode ser que não funcione com você. No meu passo a passo é mais ou menos assim:
– Pesquiso o público;
– Ouço o “estilo musical” que o público consome;
– Determino um caminho melódico para a base;
– Listo tudo que preciso dizer;
– E bora criar.
Não procure rima aleatoriamente. Se der, evite as rimas. Se não der, evite as fáceis. É só lembrar que tudo em uma ideia precisa contribuir para a ideia. Baixo pode até rimar com relaxo lá na aula da Tia Aparecida, mas se não for EXTREMAMENTE relevante, fica tão ruim quanto trocadilho forçado.
Nota de rodapé: rima boa não parece rima.