Bills sofrem, mas vencem os Colts e avançam para o Divisional Round
Josh Allen brilhou e comandou a primeira vitória de Buffalo em pós-temporada desde 1995
Depois de 25 anos, os Bills voltam a vencer um jogo de playoffs. No sábado, Buffalo recebeu o Indianapolis Colts e venceu os visitantes por 27 a 24, como o placar já indica, não foi um jogo fácil. Os Colts dificultaram as coisas para os campeões da AFC Leste, inclusive, jogou melhor no primeiro tempo, mas não converteu seu bom desempenho em vantagem no placar.
Josh Allen foi o cara do jogo, terminando o dia com 324 jardas e 2 touchdowns passados, além de 54 jardas e um TD correndo com a bola. Stefon Diggs também se destacou com 6 recepções para 128 jardas e um touchdown. Do outro lado, Philip Rivers teve um bom jogo, passando para 293 jardas e 2 TDs.
Os Bills tiveram um início lento, demorando para engrenar na partida, assim como foi nos últimos jogos da temporada regular. Indy se aproveitou disso, dominou as ações de jogo e teve quase o dobro de posse de bola no primeiro tempo, foram 19:41 com a bola, contra apenas 10:19 dos mandantes. Os Colts intercalaram boas corridas de Jonathan Taylor com passes de média distância de Rivers para Michael Pittman, mas pecavam no mais importante, a finalização das jogadas na endzone. Foram apenas um TD corrido de Taylor e um field goal de Blankenship na primeira metade, a equipe ainda arriscou uma quarta para o goal que foi neutralizada pela defesa dos Bills, resultando em um turnover on downs.
A vitória dos Bills se deve, além do insucesso do rival na redzone, a uma grande atuação de Josh Allen. O quarterback provou nessa temporada que é o futuro de Buffalo, e agora, mostrou que é capaz de vencer jogos na pós-temporada. Para além dos números, Allen teve jogadas cruciais para o triunfo do time, como o lance do primeiro touchdown. A chamada inicial era uma corrida do quarterback, mas diante do bom posicionamento da defesa dos Colts, Allen teve que improvisar, tirando um passe acrobático para o TE Dawson Knox da cartola.
Allen teve atuação discreta no primeiro tempo, mas na volta do intervalo, com melhores chamadas do offensive coach Brian Daboll (especulado para o cargo de head coach em várias equipes), seu jogo foi se soltando, assim como seu braço. O ponto alto foi um passe milimetricamente colocado para Stefon Diggs anotar o terceiro TD dos Bills no jogo, abrindo duas posses de vantagem. Mas além disso, teve boas conexões com o calouro Gabriel Davis (4 recepções e 85 jardas) e um passe decisivo para Diggs na reta final da partida, mantendo o ataque em campo.
O ponto negativo foi mais uma atuação inconsistente da defesa contra o jogo corrido, o time levou a pior no duelo nas trincheiras. Esse foi o calcanhar de Aquiles dos Bills durante as três derrotas no ano, a defesa cedeu em média 200 jardas terrestres nestas ocasiões. Contra os Colts, não chegou a esse volume, foram 78 jardas para Taylor e 75 para Nyheim Hines (em apenas 6 tentativas), mas deixou o sinal de alerta ligado, ainda mais, quando o próximo adversário tem o melhor ataque terrestre da liga.
Para Indianapolis faltou um pouco mais de eficiência, o time jogou bem, mas perdeu para um adversário melhor. O futuro para esse time parece promissor. Com uma defesa jovem, que conta com vários jogadores talentosos como Darius Leonard, DeForest Buckner e Julian Blackmon, uma das melhores linhas ofensivas da liga, um jogo corrido liderado por Jonathan Taylor (que pode se tornar a próxima grande estrela da liga na posição) e um grupo de recebedores que mistura experiência e jovens promessas, as expectativas parecem altas.
O que fará a diferença é quem será o quarterback desse time para os próximos anos, Philip Rivers, mesmo que não se aposente nessa off season, não deve jogar por mais muito tempo. Buscar algum quarterback no draft, apostar em outro veterano na free agency ou dar uma chance a Jacob Eason, escolha de quarta rodada de 2020? Essa pergunta ainda não tem uma resposta, mas terá grande impacto no futuro da franquia.
O que esperar para o divisional?
Os Bills conquistaram sua primeira vitória em pós-temporada desde 1995, quando Jim Kelly ainda era o quarterback. Será que o time voltará a disputar a final de conferência? Ou até mesmo o Super Bowl? A última vez que ambos aconteceram foi em 1993. Vinte sete anos depois, Josh Allen (que não era nem nascido naquela época) tem a missão de liderar o explosivo ataque de Bufffalo à glória.
O jogo de sábado não será fácil, Baltimore tem o melhor ataque da liga correndo com a bola e deverá oferecer dificuldades à defesa que não foi tão sólida como se esperava. Por falar em defesa, a secundária dos Ravens, que também é uma das melhores da NFL, será um desafio interessante a Josh Allen e Stefon Diggs. Para os Bills avançarem, o jogo corrido precisa funcionar e tirar um pouco do foco de Allen, que já mostrou ser clutch e precisará ser, mais uma vez.
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