Power Ranking NBA #1: 76ers no topo!

Juan Grings
Toco e Tackle
Published in
10 min readJan 5, 2021

Muito bem, caros leitores. Hoje iniciamos aqui um novo quadro no nosso Medium. Quinzenalmente traremos um Power Ranking atualizado baseado nas últimas duas semanas. Não garanto que não haverão eventuais EMPOLGOU, mas vou tentar fugir disso. Juro.

Vamos lá.

1- Philadelphia 76ers (6–1)

Definitivamente entrei no bonde de Daryl Morey e Doc Rivers. Os 76ers estão jogando MUITO bem e até agora só perderam uma estranhíssima partida para os Cavs (sem Embiid, bom que se diga). Tobias Harris foi inclusive eleito o jogador da última semana, o que é um prêmio para quem foi massacrado na temporada passada. Na atual temporada são 19,3 pontos, 8 rebotes, 1,3 roubo de bola e um interessante aproveitamento de 47,2% nas bolas triplas. Já valem os US$ 180 milhões por 5 anos? Claro que não. Mas esqueça isso.

2- Los Angeles Lakers (5–2)

Respeite o atual campeão. Ainda não estão naquele nível de que talvez se esperava, mas já é o suficiente para o vice. LeBron e Davis jogaram poucos jogos a valer, então ainda é difícil avaliar a equipe muito bem, mas estão fazendo o que precisam: vencendo times inferiores. Foram quatro vitórias bem tranquilas até aqui. As derrotas para Clippers e Blazers não me preocupam tanto por enquanto. Schroder, que deve ser mesmo titular, tem um início bom de temporada.

3- Phoenix Suns (5–2)

Chris Paul faz coisas. Vocês estão prontos para admitir que os Suns são mesmo um força de verdade no Oeste? Eu não sei. Mas depois desses 7 jogos, estou inclinado a acreditar. A bolha fez bem e CP3 melhor ainda. Eles parecem maduros e muito focados no objetivo de buscar uma vaga tranquila nos playoffs. Agora Booker não precisa mais fazer 50 pontos por jogo e o time mesmo assim vencem. E o calendário nem parece dos mais fáceis. Surreal.

4- Los Angeles Clippers (5–2)

Eu até poderia os colocar mais alto nesse ranking se levasse em consideração a última semana, mas como é um quinzenal, sou OBRIGADO a lembrar do absurdo que foi a derrota para os Mavs. Um time contender não pode simplesmente perder um tempo por 50 pontos de vantagem. Dito isso, Kawhi e Paul George fazem um bom início, mas até aí já vimos na temporada passada. Os Clippers não precisam provar nada na temporada regular. Voltamos a conversar nos playoffs.

5- Indiana Pacers (5–2)

Os Pacers começaram muito bem a temporada. O coach Bjorkgren, parça de Nick Nurse, tem um início de trabalho bastante promissor. Domantas Sabonis tem jogado muito bem (20,6 pontos e 11,3 rebotes) com game winner contra os Celtics, inclusive. O calendário, é verdade, não foi dos mais complicados, mas vendo tanto time bom se complicar contra qualquer time, toda vitória é exaltada. Destaque para Malcom Brodgon: altos e baixos em 2019–20 e praticamente só altos na temporada atual. A baixa de TJ Warren pode ser um golpe, a ver.

6- Utah Jazz (4–2)

Vou confessar: não colocava fé em Utah nessa temporada. Mas se colocasse, condicionaria a uma boa temporada de Mike Conley. Sim, Mitchell é fundamental, mas já foi muito bem na última temporada e isso não foi suficiente para sequer passar da primeira fase dos playoffs. Conley, não. Ficou bem abaixo mas começou muito bem agora, sendo o cestinha da franquia com 20,3 pontos e vice-líder em assistências (5). O milionário Gobert tem médias atuais de triplo-duplo.

7– Boston Celtics (5–3)

O jogo da segunda à noite era o mais difícil de todos. Sem Teague, Kemba e Smart, quem armaria o jogo? PAYTON PRITCHARD! Sim, o novato matou essa no peito e conduziu, junto com Tatum, uma vitória fora de casa contra o lamentável Toronto Raptors (falaremos mais abaixo). Mas este é o ponto: o começo de temporada celta não é dos mais tranquilos. Com muitas lesões, precisou alguns game winners de Tatum para sacramentar vitórias, como por exemplo contra os Pistons. Porém, as soluções estão sendo encontradas em casa mesmo, ali, no banco de reservas. E isso não acontecia em 2019–20.

8- Orlando Magic (5–2)

Markelle Fultz é a diferença. Tudo bem que os últimos jogos não foram tão bons assim, mas o Magic parece estar conseguindo fazer coisas diferentes no ataque. A saída de DJ Augustin deu mais liberdade ao menino, que agora é titular incontestável. Isso, unido ao sempre bom Vucevic já é mais que o suficiente para brigar pelos playoffs no Leste.

9- New York Knicks (4–3)

Sério. O que está acontecendo? Por que os Knicks estão no top 10? Tenho nem roupa para isso. Julius Randle segue em um nível absurdo e já passaram duas semanas! São 22,1 pontos, 11,4 rebotes e 7,4 assistências (juro que esse não é o Adebayo). RJ Barrett também parece bem melhor em relação ao ano passado. E ainda Obi Toppin mal jogou e Alec Burks participou nem da metade dos jogos. Mesmo assim, os Knicks já venceram Bucks, Pacers e Hawks. Todos estes são, na teoria, bem melhores. Que trabalho de Tom Thibodeau.

10- Milwaukee Bucks (4–3)

Aqui é uma questão de expectativa. Eu esperava que os Bucks fossem inclusive melhores do que na última temporada, mas… as atuações ainda não convencem. A equipe ainda parece inconstante, um dia perde por 20 pontos para os Knicks e no outro atropela o atual campeão da conferência. Acho que ainda vão se encontrar, mas o início é um tanto quanto decepcionante.

11- New Orleans Pelicans (4–3)

Brandon Ingram é o grande nome da equipe. Isso não é necessariamente uma crítica ao Zion, mas um reconhecimento ao All-Star da última temporada. Ingram parece verdadeiramente disposto a se consolidar como um dos melhores alas da liga. A missão no Oeste, porém, é muito difícil mas é importante que se mantenham ali, quietos, com seu recorde positivo entre os 5 ou 6 primeiras. Já seria espetacular!

12- Atlanta Hawks (4–3)

Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. As quatro vitórias em cinco jogos davam a sensação de que se tratava de fato de uma das melhores equipes da conferência. Trae Young começou a temporada no nível habitual: quase 30 pontos de média. John Collins também tem se mostrado um bom complemento. Mas as duas últimas derrotas (Knicks e Cavs) colocaram a franquia com os pés no chão. Há muita estrada pela frente, mas o caminho é certo.

13- Cleveland Cavaliers (4–3)

Eu queria colocá-los mais acima. Mas não consigo. A dupla Sexland começou muito bem e JB Bickerstaff parece ter entendido que um caminho viável para a equipe é correr. Uma defesa agressiva e um ataque muito ágil tem causado problemas para os adversários. Kevin Love, lesionado, não faz tanta falta assim. Se vai chegar a playoffs, não sei. Mas isso realmente importa?

14- Portland Trail Blazers (3–3)

Os Blazers têm jogado melhor do que os números indicam. CJ McCollum, nesse nível, é o Robin perfeito para o grande Batman Lillard. Nurkic saudável é um excelente acréscimo e as vitórias sobre Warriors, Lakers e Rockets indicam boas coisas para quem tem potencial para ser a terceiro melhor equipe da conferência.

15- Golden State Warriors (4–3)

Foi um início pavoroso. Pedrada atrás de pedrada. E por isso tenho alguns pés atrás com essa equipe. Mas os últimos jogos mostram uma luz para os comandados de Steve Kerr. O problema é se, para as vitórias virem, Curry precisar fazer 30 pontos. Wiggins melhorou, mas ainda precisa de mais para dividir as responsabilidades e Kelly Oubre também parece estar acordando para a vida.

16- Miami Heat (3–3)

Podia ser mais, né? Algumas derrotas estranhas colocam pontos de interrogação na minha cabeça. Ainda confio muito em Spoelstra e o Heat deve mesmo ficar no top 4 da conferência, mas precisa de mais. Jimmy Butler saudável seria um bom começo.

17- Dallas Mavericks (3–4)

O recorde negativo é estranho, mas o ataque até aqui parece seguir bem. Os Mavs tiveram o melhor ataque da história em 2019–20 e a chegada de Josh Richardson na troca que enviou Seth Curry para os 76ers. Ele é o terceiro maior pontuador do time na temporada e, com Doncic, do lado tem tudo para seguir bem (e até melhorar). São capazes de vencer qualquer time se o ataque estiver no seu mais alto nível. Né, Clippers?

18- Brooklyn Nets (3–4)

Acho que estariam em primeiro lugar no meu ranking na semana passada, mas a coisa desandou. Não estou dizendo aqui que é CRISE, mas uma pulguinha atrás da orelha. Dinwiddie se lesionou, Cabarrot virou titular e… cadê as vitórias? De lá para cá são 4 derrotas em 5 jogos. O suficiente para deixar os Nets já no 10º lugar. Durant e Irving ainda estão jogando bem, com confiança, mas vencer logo ajudaria, não?

19- Sacramento Kings (3–4)

Eu gosto dos Kings. Eles já conquistaram vitórias importantes e Luke Walton parece ter desistido um pouco da ideia maluca de fazer um super esquema ofensivo como na temporada passada. Agora, ao que tudo indica, Fox tem mais liberdade para correr e encontrar Buddy Hield sozinho no perímetro, como nos bons tempos de 2018–19. Tyrese Haliburton para mim é o novato do ano até aqui, mas ainda não sei se é justo dizer que Bogdanovic não faz mais falta.

20- Denver Nuggets (2–4)

Início duro de Denver. São duas derrotas para os Kings. Murray ainda não teve a constância que esperamos, mas Michael Porter Jr. parece muito confortável no lugar de Jerami Grant. Jokic, em compensação, faz um início de temporada absurdo, com média de triplo-duplo. É outro caso de um time que joga melhor do que os resultados indicam. Estou depositando minha confiança que logo chegaram ao recorde positivo.

21- Washington Wizards (2–4)

Eu acredito totalmente que Westbrook e Beal farão uma das mais prolíficas duplas da NBA. E até estão sendo. Mas a defesa é muito problemática, como já foi na temporada passada. Se isso não for corrigido, vai ser difícil vermos Washington fugindo do play-in.

22- Houston Rockets (2–3)

Os Rockets vivem uma situação totalmente paralela. Parece que pouco importa o que acontece em quadra, quando todos os holofotes estão em Harden e se ele será trocado. Cousins e Wall, dupla de reforços da temporada, perderam jogos por conta da quarentena logo no início e recém estão entrando no ritmo. Mesmo assim, o cenário não parece catastrófico, mas é difícil projetar qualquer desempenho sem saber o futuro do Barba.

23- Chicago Bulls (3–4)

Depois de um início muito tenso, quando a franquia flertou com o 0–4, o caminho das vitórias foi avistado. De lá para cá, foram 3 vitórias em 4 jogos, mesmo sem Markkanen, provavelmente o melhor jogador do time depois de LaVine. Os Bulls são um time ajeitado, mas que ainda tem sérios problemas defensivos que o distanciam da pós-temporada.

24- Charlotte Hornets (2–5)

Os Hornets são dessas equipes que parecem boas, até às vezes jogam bem, mas que sempre ficamos pensando “será?”. O recorde já é bem preocupante, Hayward não é o dono do time, como se pensava, o que é bom. Mas deixa de ser quando a bola passa tanto tempo com Rozier, que é uma grande montanha-russa de atuações. LaMelo Ball começou mal, mas depois melhorou. Gosto muito de vê-lo jogar.

25- Oklahoma CIty Thunder (2–4)

É um surpresa! O que diabos o Thunder tá fazendo com DUAS VITÓRIAS? O que eles vão precisar fazer para ficar em último no Oeste? Mais picks? Trocar Horford? Aprisionar numa sala escura Shai-Gilgeous Alexander? Ele é muito bom. E, bom, pode ser que realmente consigam ficar à frente de alguém, o que seria uma insanidade.

26- Minnesota Timberwolves (2–4)

Não sei se eu esperava mais. Como falei no podcast há algumas semanas, não é um time ruim, mas também não parece bom o suficiente para chegar aos playoffs. Não ter Karl-Anthony Town é um problemaço e, sem ele, os Wolves não têm a menor chance MESMO.

27- Memphis Grizzlies (2–4)

Ja Morant lesionado é um drama. Mesmo com as derrotas iniciais, eles davam a sensação de que poderiam até sonhar com alguma coisinha mais acima. Morant fazia um início bem promissor, mas torceu o tornozelo. Dillon Brooks teve que assumir a responsabilidade maior da equipe e, bom, ele não é Ja, embora seja bom jogador.

28- San Antonio Spurs (2–4)

O experimento Baby Spurs começou com duas vitórias, mas logo vieram quatro derrotas em sequência que foi uma ducha de água fria. Mesmo assim, Keldon Johnson tem mostrado qualidades como titular e esta é a melhor notícia possível para Popovich. É utopia pensar que podem chegar aos playoffs, então bora desenvolver esses talentos?!

29- Toronto Raptors (1–5)

Isso é doideira. Não era absurdo pensar em uma queda de rendimento dos Raptors nessa temporada. Marc Gasol e Ibaka fazem falta a qualquer time, mas Aron Baynes passa longe de ser uma boa reposição e já tem caído no ÓDIO da torcida canadense. Alex Len, outro pivô que chega nesta offseason, também mal consegue ficar em quadra. Siakam ainda vive seu inferno astral que começou na bolha. Pelo lado bom, VanVleet parece disposto a virar o franchise player e Chris Boucher segue seu desenvolvimento e até pode pintar no time titular.

30- Detroit Pistons (1–7)

Para encerrar, nada melhor (ou pior) do que falar da equipe que se esforçou muito na offseason para ser o pior de todos. Sério que alguém achou uma boa ideia dar US$ 20 milhões para o Jerami Grant e esperar que ele fosse o CARA do time? Por outro lado, eu gosto dos novatos. Hayes começou muito mal, mas ainda é jovem e precisa de PACIÊNCIA. Saddiq Bey já tem algum impacto imediato como era possível prever antes do draft. Blake Griffin e Derrick Rose seriam excelente nomes, mas uns 5 anos atrás.

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