Resumão NFC Norte
Primeiras impressões dos times da NFC Norte e necessidades para o Draft.
Continuando a série que traz as primeiras impressões de cada time na NFL levando em conta a free-agency, ou seja, se perderam jogadores importantes, ou se acrescentaram nomes que podem fazer diferença ou se de fato não fizeram muita coisa. Em uma segunda análise, principais necessidades no Draft que começa dia 29.
NFC Norte
Green Bay Packers: a terceira é a que ‘dá certo’
Green Bay conquistou 26 vitórias e apenas 6 derrotas nas últimas duas temporadas e nos playoffs caiu exatamente no mesmo lugar: Finais de Conferência. Ruim não está, mas sem dúvidas a impaciência cresce justamente no principal nome do time: Aaron Rodgers. Para mostrar o compromisso com o QB, os Packers deram um jeito de renovar com Aaron Jones (RB), mas para isso se desfizeram do center, Corey Linsley. Imagino que não tenha sido fácil liberar Linsley, mas a expectativa é a volta de lesão do sólido David Bakhtiari (que falta fez contra os Bucs).
Kevin King (CB) voltou para mais um ano e é mais uma renovação razoável para quem sabe, focar em outras posições mais carentes, já que compondo a dupla, está Jair Alexander que fez uma temporada em alto nível.
Necessidades para o Draft: OT, WR, CB
GERAL: Green Bay deve ser favorito na divisão sem problemas e com muitos talentos em todos os setores. A grande questão é dar profundidade! E por isso o draft pode ser a oportunidade de aproveitar classes talentosas e claro, ter um pouco de fôlego no teto salarial dos próximos anos.
Chicago Bears: “?”
Não me lembro qual o veículo da gringa que comparava times em busca de QB. A grande diferença destes times que não possuem a posição principal do jogo, é que pelo menos existe um rumo, enquanto o Chicago Bears é uma franquia em declínio. O GM Ryan Pace e Matt Nagy tem mais uma temporada (que imagino ser a última) para encontrar uma luz no fim do túnel. Paira sobre Pace a expectativa de subir no draft para corrigir a escolha de Trubisky em 2017. (Sim, ele deixou de lado P. Mahomes e D.Watson).
Chicago colocou a tag no WR Allen Robinson e assinou com o QB Andy Dalton um acordo de um ano, de US $10,5 milhões. O CB Kyle Fuller foi substituído pelo ex-Lions, Desmond Trufant. Fico muito feliz por Cairo Santos ter conseguido um contrato de US $ 9 milhões por três anos. Mas sendo sincero, não acho que os Bears poderiam se dar ao luxo de investirem 3 milhões por ano. Enfim, talvez traumas de Cody Parkey. Não tinha muito o que ser feito.
Uma última rápida menção ao recebedor Cordarrelle Patterson, que era usado majoritariamente nos retornos de chute e considerado um dos melhores da história no quesito, agora foi para os Falcons,
Necessidades para o Draft: QB, OT, WR, CB. (O que tiver de melhor!)
GERAL: As últimas duas temporadas com 8 vitórias e 8 derrotas maquiam os reais problemas: a ineficiência no ataque, a dança de quarterbacks e uma defesa cansada de carregar jogos nas costas. Matt Nagy vai assumir as chamadas ofensivas neste ano.. espera-se que o veterano Dalton aproveite das peças talentosas como Robinson, Montgomery, Graham e possíveis draftados.
Minnesota Vikings: (in)paciência
Os Vikings tiveram em 2020, 15 escolhas de Draft, destas 9 foram defensivas com os destaques para Jeff Gladney e Cameron Dantzler. Mesmo assim, Minnesota terminou como o quarto time que mais tomou pontos por jogo (29,7) e o sexto com mais jardas cedidas. E talvez a impaciência com estes jovens, ficou clara quando trouxeram o veterano Patrick Peterson dos Cardinals. Ok, com várias glórias no passado, mas que no auge dos 30 anos, vem da temporada que mais permitiu passes completos na sua zona de proteção (67.1%). Talvez a ideia seja justamente a de trazer maturidade ao grupo de defensive backs.
Gary Kubiak o coordenador ofensivo, se aposentou. Ele foi responsável pelo quarto melhor ataque da liga e o 11º em pontos. Sua saída pode ser sentida mais do que o desejado. Kirk Cousins tem excelentes nomes ao seu redor. Dalvin Cook encontrou um jovem e promissor parceiro nas corridas: Alexander Mattison. E claro, Justin Jefferson amenizou e muito a saída de Stefon Diggs na última temporada.
Necessidades para o Draft: S, IOL, OT, EDGE
GERAL: algumas questões na linha ofensiva são importantes de serem resolvidas o quanto antes. O time possui peças muito jovens e algumas mostrando seu valor aos poucos. A impressão que fica é: o talento está ali, basta ser bem aproveitado e bem treinado.
Detroit Lions: vamos por partes, receivers!
Depois da experiência frustrante de Matt Patricia como treinador, os Lions buscam um pouco mais de respeito e de modo geral, precisam dele nos dois lados da bola!
Se considerarmos os jogadores perdidos nesta free-agency: Kenny Golladay, Marvin Jones e Danny Amendola — pasmem, todos wide-receivers — e somando a troca de Matthew Stafford para os Rams, o GM Brad Holmes fez o que pôde trazendo Tyrell Williams e Breshad Perriman. Na teoria, os Lions não precisam de um QB desesperadamente (Jared Goff), mas se você conhece Goff, sabe que ele precisa de um ataque no mínimo, excelente para que ele seja bom.
Algo pode melhorar. A defesa no ano passado, foi a que mais cedeu jardas e pontos! Não creio que vá repetir o feito. Detroit fez um bom esforço em reestruturar o contrato de Romeo Okwara, depois de um ano excelente e ainda trouxeram Michael Brockers, sempre produtivo em 9 anos de Rams. Quinton Dunbar (CB), deve trazer toda sua experiência adquirida nos tempos áureos de Seahawks.
Necessidades para o Draft: tudo, mas WR, CB, OT já seria ótimo.
GERAL: Os Lions possuem muitos problemas para serem resolvidos. Com a sétima escolha geral do draft, existem margens de negociação interessantes com times que precisam de QB desesperadamente. Vale lembrar, são 6 escolhas neste ano, e o caminho é esperar que seja feito um bom trabalho via draft. Por isso, paciência torcedor!
Minha prévia de classificação:
Green Bay Packers
Minnesota Vikings
Chicago Bears
Detroit Lions
