Resumo e Prévias NFC Oeste
Nem tudo são flores, o draft passou, mas aqui estão algumas impressões e previsões da NFC Oeste.
Novos quarterbacks, defesas reforçadas e a promessa de mais uma temporada em alto nível para Niners, Seahawks, Rams e Cardinals.
NFC OESTE
San Francisco 49ers: aposta na evolução
O draft passou, então comecemos por ele. Com oito escolhas, considero as escolhas como equilibradas. Isto é, cinco seleções para o ataque, destes, dois endereçados à linha ofensiva e claro, o motivo de tanta especulação: o QB Trey Lance! Kyle Shanahan chegou a falar em uma entrevista antes do Draft, que buscava um quarterback que “passe como Drew Brees e corra como Lamar Jackson”; sem comparações precipitadas, convenhamos que é muito mais provável Lance evoluir até este ponto, do que Mac Jones.
Fazendo paralelos com a free agency, ao perderem os RB Tevin Coleman e Jerick McKinnon, não exitaram de suprir a posição no draft com Trey Sermon e Elijah Mitchell. Ainda falando de jogadores que permaneceram, o LT Trent Williams foi o grande felizardo com uma renovação de 6 anos e US$ 55,1 milhões garantidos. O DE Solomon Thomas assinou com os Raiders e o esforço de cobrir a posição talvez tenha sido o quarto anista, Arden Key, ex-Raiders. Lembrando que no draft a linha defensiva não foi endereçada.
Escolhas no Draft: R1 (3): QB Trey Lance, North Dakota State / R2 (48): G Aaron Banks, Notre Dame/ R3 (88): RB Trey Sermon, Ohio State/ R3 (102): CB Ambry Thomas, Michigan/ R5 (155): OT Jaylon Moore, Western Michigan/ R5 (172): CB Deommodore Lenoir, Oregon/ R5 (180): S Talanoa Hufanga, USC/ R6 (194): RB Elijah Mitchell , Louisiana
GERAL: Com um Draft equilibrado e uma comissão técnica muito capaz, os 49ers se dão o direito de escolher um quarterback para modelar conforme suas necessidades e explorar o pacote completo que todos projetam em Trey Lance. Ao mesmo tempo que reforçaram seu backfield com três escolhas endereçadas na defesa, a volta do EDGE Nick Bosa pode render bons frutos com o ex-Rams Samson Ebukam. Este time saudável, pode ir muito longe na divisão.
Seattle Seahawks: a vantagem das expectativas baixas
Sendo justo, as expectativas sempre são altas em cima de Russell Wilson e Pete Carroll, mas depois de algumas temporadas (principalmente a passada) lidando com o desgaste em colocar tudo nas costas de Wilson, parece que os holofotes no Lúmen Field serão menores dentro da NFC Oeste. Isso pode ser positivo. No draft não tinha muito o que fazer, 3 escolhas não dão tanta margem para o trabalho — aliás, a primeira escolha já era na segunda rodada!
Na defesa, renovaram com os EDGE Carlos Dunlap e com Benson Mayowa, mas tiveram baixas no interior da linha com o sólido DT Jarran Reed e os CB Shaquill Griffin e Quinton Dunbar. Trouxeram o CB Tre Brown de Oklahoma. Seu forte é mais a mentalidade agressiva, do que os atributos físicos. No ataque, trouxeram o TE Gerald Everett e o RG Gabe Jackson. Renovaram com o RB Chris Carson.
Escolhas no Draft: R2 (56): WR D’Wayne Eskridge, Western Michigan/ R4 (137): CB Tre Brown, Oklahoma/ R6 (208) OT Stone Forsythe, Flórida.
GERAL: Não sei até que ponto o elenco teve uma melhora significativa. Com um draft limitado, as coisas podem ficar bem complicadas em um médio/longo prazo. Isso por que, não basta bater na trave quando se tem um dos melhores quarterbacks da liga, e com uma divisão tão aberta, bater na trave nesta temporada, pode ser algo extraordinário para os Seahawks.
Los Angeles Rams: foco total na melhora ofensiva
Depois do Draft ficou claro o projeto Stafford. O GM Les Snead e o HC Sean McVay tem seus motivos para se empolgar com o quarterback veterando vindo de Detroit. Seu subaproveitamento em Motor City, com a limitação que Goff impunha ao ataque de Los Angeles, fez com que essa negociação acontecesse ainda em janeiro. Mas voltando ao draft, a primeira escolha Tutu Atwell, um WR de Louisville, é uma aposta total em velocidade, já que seus 70 kg e menos de 1,80m, prometem muito perigo em campo aberto! Talvez o mais preocupante, é não ter endereçado nenhuma escolha para a linha ofensiva, mesmo perdendo o C Austin Blythe para os Chiefs após ter participado de todos os snaps da equipe. Ok, renovaram com o interminável LT Andrew Whitworth.
A renovação “bombástica” fica por conta do EDGE Leonard Floyd, 4 anos, por US $ 64 milhões. Falando em perdas, o impressionante coordenador defensivo Brandon Staley, foi tão impressionante que ganhou o emprego de head-coach dos Chargers. Destas perdas, uma dobradinha para os Browns: S John Johnson e o CB Troy Hill, e o iDL Michael Brockers que falou cedo demais e foi trocado para os Lions junto com Goff.
Escolhas no Draft: R2 (57): WR Tutu Atwell, Louisville/ R3 (103): LB Ernest Jones, South Carolina / R4 (117): DT Bobby Brown, Texas A&M / R4 (130): CB Robert Rochell, Central Arkansas/ R4 (141): WR Jacob Harris, UCF/ R5 (174): DE Earnest Brown IV, Northwestern/ R7 (233): RB Jake Funk, Maryland/ R7 (249): WR Ben Skowronek, Notre Dame/ R7 (252): LB Chris Garrett, Concordia St. Paul.
Geral: Os Rams estão forçando para manter a janela de título aberta o máximo possível e a grande esperança é que o ataque seja tão empolgante ao ponto de levar o time com segurança aos playoffs. A defesa provavelmente não será tão poderosa como na temporada passada, mas se o núcleo defensivo com Donald, Ramsey e Floyd se manter saudável o ano todo, o ataque pode equilibrar muito bem as coisas.
Arizona Cardinals: reuniram grandes nomes e a pressão por resultado também aumentou
Na free agency, assinaram com iDL JJ Watt (32), WR AJ Green (33) e CB Malcolm Butler (31), enquanto também negociavam com C Rodney Hudson (32). Este foram alguns nomes da movimentada FA dos Cards. Vance Joseph terá nomes bem fortes em sua defesa, mesmo perdendo o importante CB Patrick Peterson para os Vikings. A grande questão aqui, é se o plano Kliff Kingsbury dará certo depois de um ano amargando o 19° lugar em eficiência ofensiva. Embora o treinador esteja apenas no seu terceiro ano em Arizona, o time já completou 5 anos sem aparecer nos playoffs. Com Kyler Murray, DeAndre Hopkins e Chase Edmonds/ James Conner… não existem desculpas possíveis para mais um ano ruim.
Segundo Andrew Walker, os Cards são o terceiro time mais velho da NFL, perdendo apenas para Texans e Niners, esses dados, já atualizados após o draft. Ou seja, existe uma abordagem interessante em colocar nomes experientes e torcer para que fiquem saudáveis e possam jogar no alto nível que já jogaram. Alguns times preferem assumir o risco no Draft, Arizona, assumiu vários logo na free agency.
Escolhas no Draft: R1 (16): LB Zaven Collins, Tulsa/ R2 (49): WR Rondale Moore, Purdue/
R5 (136): CB Marco Wilson, Florida/ R6 (210): EDGE Victor Dimukeje, Duke/ R6 (223): CB Tay Gowan, Central Florida/ R7 (243): S James Wiggins, Cincinnati/ R7 (247, de Chicago): C Michal Menet, Penn State.
GERAL: “Vamo falar de nível técnico?”. O nível da NFC Oeste promete ser alto mais uma temporada e dessa vez, se nenhum time sofrer com lesões, as vagas para os playoffs serão decididas só na última semana. É natural que os Cards assumam os riscos. O grande problema é que não parece existir um plano B se esse mini “all-in” não vingar. Houveram boas escolhas no draft, principalmente no lado defensivo, e nós vimos como uma boa defesa pode levar o time longe mesmo se o ataque capengar de vez em quando.
Minha classificação:
Los Angeles Rams
San Francisco 49ers
Arizona Cardinals
Seattle Seahawks
