Tudo tranquilo em New Orleans, Saints avançam

Juan Grings
Toco e Tackle
Published in
3 min readJan 11, 2021

Quando os Saints receberam os Vikings no Wild Card de 2019, não houve nenhuma (ou quase nenhuma) que apostou em Minnesota. Stefon Diggs cobrou o preço. Não demorou muito para a narrativa de que Drew Brees pipoca em playoff.

Não. Não vou dizer que vencer os Bears seja uma prova cabal de que New Orleans seja um contender absoluto e que nada nesse mundo pode detê-lo. Mas, bom, melhor vencer do que perder, né?

E venceu jogando com tranquilidade. Não foi a partida mais inspirada de Alvin Kamara e Brees, mas o suficiente. O suficiente porque a defesa não deixou Trubisky jogar. Foram 29 tentativas de passe apenas, destes 19 completos. O touchdown anotado, aliás, é daqueles que ninguém vai lembrar: literalmente o último lance do jogo.

Mas, como eu ia dizendo, a defesa dos Saints também não foi brilhante. Não forçou nenhum turnover, apenas limitou o ataque. Montgomery, a principal peça ofensiva de Chicago correu 12 vezes para 31 jardas, modestas 2,6 jardas por tentativa. Assim sendo, parecia uma rua sem saída. Nem o jogo corrido nem o jogo aéreo funcionam. Então, fé na defesa.

De acordo com todos os analistas que você encontra por aí, a defesa dos Bears, e somente ela, poderia dar alguma condição no jogo. E ela foi muito bem. Parecia de verdade que Chicago poderia segurar o jogo em uma posse de bola até uma jogada vadia acontecer. Como foi quando Trubisky acertou aquele PASSAÇO que Wims dropou miseravelmente.

Nem mesmo quando John Jenkins interceptou Brees o Chicago Bears anotou o touchdown. Não era para ser. O 7x3 se manteve até quando a boa defesa sobreviveu. Mas defender cansa muito e o custo foi alto. A partir da metade do terceiro quarto a brincadeira acabou. Um touchdown em cada período liquidou a fatura.

Ponto muito positivo, é claro, para Michael Thomas. O recebedor não anotava um touchdown desde 2019 e fez falta em 2020. Com a volta contra os Bears e o TD alcançado, mostrou-se capaz de ser um diferencial para a sequência dos playoffs.

E agora?

Obviamente os Saints vão precisar jogar mais bola se querem ser campeões. Os Buccaneers vão exigir muito mais do que os fracos Bears fizeram. Mas com Kamara e a boa volta de Michael Thomas, os Bucs também terão problemas para lidar na secundária.

Além do mais, um confronto entre quarentões é sempre muito divertido.

Os Bears fizeram hora extra na NFL. Certamente que o planejamento não ambicionava pós-temporada, que caiu no colo com o bom início e bom fim de temporada regular — tudo isso ajudado pelo novo formato dos playoffs, que dá uma vaga a mais. Eles têm questões muito mais urgentes: Trubisky é mesmo o franchise quarterback? Matt Nagy fica?

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