Minha experiência no curso de UX-Research da Mergo

F. Henrique
Todas as Letras
Published in
6 min readJun 27, 2021

Nota do autor: Caro Leitor, neste artigo, compartilho a minha experiência de aprendizado durante o curso de UX-Research, ministrado por Rafaela Souza e promovido pela Mergo.

Em 2020, dei início a um novo desafio pessoal, tentar migrar de carreira, visando a área de TI, a qual sempre despertou minha atenção. Logo imergir no mundo de UX a partir do design thinking, fiquei apaixonado pela abordagem e passei a consumir esse tipo de material de diversas formas. Leituras, cursos, vídeo aulas no youtube, e networking nas mais diversas plataformas de interação social, foram a fonte inicial desse conhecimento e tudo isso passou a fazer parte do meu dia-a-dia.

Ainda engatinhando nesse gigantesco universo que se abriu pra mim, logo percebi que a pesquisa era a parte fundamental de todo o processo de UX, devido a sua importância para entender melhor o usuário, e assim poder gerar uma melhor experiência.

Graças a comunidade Todas as Letras, que tem como objetivo capacitar pessoas LGBTQIA +, a ingressar na área da tecnologia, tive a oportunidade de participar do curso de UX-Research na Mergo, uma escola especializada em cursos na área de UX Design, e aqui venho compartilhar um pouquinho da minha experiência com você.

O curso com carga horária total de 14h, foi divido em 2 dias e foi transmitido via plataforma zoom.

No primeiro dia, após apresentação da professora Rafaela Souza, iniciamos a nossa experiência contando um pouco sobre sobre nós. Apesar daquele friozinho na barriga que sempre dá quando vamos falar em público, essa atividade ajudou a quebrar o gelo não somente meu mas de todos envolvidos.

Logo em seguida, fomos apresentados à introdução do curso.

  • Métodos Frequentes
  • Planejamento de pesquisa
  • Definição de método
  • Delimitação de participantes
  • Moderação de pesquisa
  • Apresentação

O curso trouxe diversas dicas que foram valiosas pra mim, e durante esse artigo vou mostrar pra vocês como foi esse meu contato mais aprofundado com UX-Research.

Não adianta fazer UX Design sem interagir com as pessoas, preciso conversar, investigar, e entender. Para que possamos fazer um design centrado no usuário.

Com este curso, pude conhecer diferentes formas de ouvir o nosso usuário, com o objetivo de entender o que ele quer, o que ele precisa, e testar se os insights gerados ao longo dos processos de UX fornecem uma solução realmente eficiente e funcional para ele. Confesso que fiquei assustado com a quantidade de métodos que ainda não conhecia. Já tinha tido contato com o design Thinking anteriormente e conhecia alguns métodos de pesquisa. Mas a professora Rafaela Souza, nos trouxe uma enxurrada de métodos e abordagens que eu particularmente ainda não conhecia.

Com esses métodos, podemos levantar diversas informações acerca das necessidades dos usuários. Essas informações nos permitem compreender melhor os problemas em torno dos nossos usuários, e nos ajuda a criar soluções que melhor os atenda.

Aprendi que para criar um plano de pesquisa as perguntas precisam estar fundamentadas em um objetivo, objetivo esse que nos direciona aquilo que precisamos descobrir, para seguir em frente com o projeto. Como bem lembrou Rafaela Souza, “é importante planejar, ter um plano de pesquisa logo no início, pois a principal etapa de um projeto é o início da pesquisa”.

Ao estabelecer um plano de pesquisa conseguimos documentar os processos, reduzir a quantidade de alinhamentos, e reunir todos os objetivos do projeto de forma clara e acessível para eventual consulta de qualquer pessoa que esteja envolvida no projeto no presente ou futuramente.

Dessa forma aprendi como estruturar um plano de pesquisa, observando os principais aspectos que esse plano deve conter, que são:

  • Objetivo
  • Método(s)
  • Informações básicas sobre o produto ou sobre o projeto
  • Perfil dos usuários e screening
  • Delimitação de papéis
  • Agenda -Artefatos e suas localizações
  • Script

Além da importância de um plano de pesquisa, e quais aspectos ele deve conter para criar uma pesquisa que trará as respostas necessárias para um bom projeto. Ao longo dos dois dias pudemos colocar as mãos na massa, por meio de atividades em grupo.

Poder praticar tudo aquilo que estava aprendendo, foi o grande diferencial desse curso, sem dúvidas foi um dos momentos mais incríveis dessa experiência, depois de uma explicação muito bem detalhada sobre pesquisa com dados secundários, Seguimos para a primeira atividade em grupo. Que foi preencher uma matriz CSD com base nesses dados secundários e também nos conhecimentos compartilhados por todos os membros da equipe.

Depois de ser abduzidos para uma sala, com pessoas até então desconhecidas, tivemos 25 minutos para desenvolver essa atividade de forma colaborativa, como havia sido sugerido pela orientadora do curso.

A dinâmica do curso, convida você e sua equipe a vivenciar o dia-a-dia de um profissional da área, ao propor um problema real para ser resolvido de forma colaborativa em equipe.

Outra coisa que me chamou atenção no curso foi: A diversidade cultural que ali se encontrava, diferentes pessoas de todos lugares do Brasil e do mundo interagindo em um só lugar. Tudo isso em um ambiente seguro e confidencial.

No squad em que eu estava essa mistura ficou bem interessante. As nossas diferentes vivências contribuíram para tornar essa experiência ainda mais rica. Durante a dinâmica, diferentes pontos de vista foram explorados, “divergir e convergir’’, estava sendo aplicado na prática, e logo foram surgindo os primeiros insights. Quando menos esperei o tempo acabou, e voltamos à nave mãe.

Depois de conhecer os métodos mais comuns de pesquisa de campo, seguimos para a próxima dinâmica em grupo, que foi o CARD SORTING, também, com duração de 25 minutos.

Nesta ocasião tivemos a oportunidade de interagir com pessoas de outros grupos, mais uma vez colocamos a teoria aprendida em prática, tive a oportunidade de realizar minha primeira entrevista com um participante de outro grupo, confesso que no começo fiquei tenso, mas no decorrer da entrevista fui ficando mais calmo, e acabou fluindo naturalmente.

Após minha entrevista, pratiquei o processo de documentação junto ao grupo, anotando falas e aprendizados adquiridos durante a entrevista.

Ao longo do curso tivemos um total de 8 atividades em grupo, que foram:

  • Matriz CSD
  • Card Sorting
  • Análise e ajustes; Formulário de entrevista
  • Análise e ajustes; Roteiro de entrevista
  • Entrevistas com o usuário
  • Análise temáticas
  • Mapa de Afinidade
  • Apresentação dos resultados de pesquisa

Essas dinâmicas em grupo ajudaram a fixar tudo aquilo que estava aprendendo, garantindo um melhor rendimento no meu aprendizado.

As opções de métodos de pesquisa que foram apresentadas, abrem espaço para ouvir as pessoas das mais diferentes formas, indo ao encontro de extremos buscando perspectivas diferentes. Esses extremos nos trás insights ou soluções ao longo desse processo que vão surgindo exatamente das pessoas que estão passando por determinado problema em questão, empatia, colaboração e planejamento são as chaves para criar soluções inovadoras que atendam as reais necessidades dessas pessoas.

Quero parabenizar a Rafaela Souza, por ter ministrado esse curso de forma majestosa. Além de introduzir o UX-Research cumprindo assim, com a proposta na qual o curso se propunha, também teve todo o cuidado durante as atividades em grupo, sendo bastante atenciosa e sempre conseguindo responder as nossas dúvidas com clareza.

Tudo isso teve um valor gigante, este curso representou um divisor de águas para mim, já havia ouvido falar muito bem dele como referência, e tinha como um sonho poder realizá-lo, e graças a uma bolsa viabilizada pela Comunidade Todas as Letras, pude concretizar esse sonho.

O curso superou todas as minhas expectativas, não poderia deixar de agradecer e parabenizar a Mergo, pela qualidade do curso e pela parceria junto a comunidade que deu essa oportunidade na qual sou eternamente grato.

Parabéns Edu Agni e toda equipe da Mergo, por todo cuidado e comprometimento.

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