7 artistas da cena musical negra LGBTI+ para ouvir sem moderação
No dia de hoje (20/11) é celebrado o Dia da Consciência Negra. Muito mais que uma data de memória e reconhecimento das identidades negras, é uma data para educar, informar e —como o próprio nome já diz — conscientizar.
A música é uma das formas de manifestar emoções, dores, injustiças e afirmar identidades. Para honrar essa arte, montamos uma lista com 7artistas negres e LGBTI+, do Brasil e de fora, que corajosa e abertamente reivindicam suas identidades de gênero e orientações sexuais.
Vale lembrar que como pessoas negras, além de lidar com o racismo estrutural e diversas outras micro-agressões inerentes à negritude, essas e esses artistas lutam para exercer um papel de protagonismo no movimento LGBTI+ — que muitas vezes só dá espaço para pessoas brancas.
Confira a lista de artistas que nós separamos pra vocês:
Linn da Quebrada
A primeira pessoa que nós pensamos, Linn estourou nos últimos anos dentro do cenário musical brazuca. Com músicas que transitam entre crítica social, ativismo e humor, a voz de Linn ecoa representando grupos marginalizados pela sociedade. Além de cantora, Linn também se aventura como atriz em "Segunda Chamada", série da Rede Globo, e no documentário "BIXA TRAVESTY "— que, coincidentemente, tem sua estreia amanhã (21/11).
Frank Ocean
Um dos primeiros músicos gays negros a se assumir publicamente — isso lá em 2012! — Frank se consolidou dentro do gênero R&B como um grande músico. Com grandes hiatos, seus comebacks geralmente são muito esperados pelo público. Seu último lançamento foi o single "In My Room".
Mahmundi
Sintetizadores, guitarras, uma coisa meio tropical-moderna, o som da Mahmundi é simplesmente sensacional. Dona de uma voz gostosa de ouvir, ela também é responsável pela produção e tocar diversos instrumentos utilizados nas gravações.
Urias
Muitas pessoas conhecem a Urias como "a amiga da Pabllo Vittar", mas ela é muuuuito mais que isso. Ainda este ano, ela lançou sua primeira mixtape, Urias. Mineira, negra, trans e poderosa, sua presença e som são muito necessários nos dias de hoje e no cenário musical brasileiro.
Janelle Monaé
Assumidamente pansexual, a cantora que já foi indicada oito vezes ao Grammy Awards, tem um repertório musical muito interessante e premiado. Em seu último disco, Dirty Computer, Janelle aborda mais sobre questões feministas e raciais. Nossa indicação é o clipe da música Pynk.
Quebrada Queer
Você gosta de carão, atitude, figurinos incríveis e militância? Isso é com a Quebrada Queer! O primeiro grupo gay de rap do Brasil, formado por Murillo Zyess, Guigo, Harlley, Lucas Boombeat e Tchelo Gomez, canta sobre representatividade LGBTI+, denúncias a casos de LGBTIfobia e racismo e luta por tornar o rap um meio mais inclusivo com pessoas LGBTI+.
Big Freedia
Não tão conhecida assim no Brasil, Big Freedia é uma mulher trans que se auto-intitula como "Queen Diva of News Orleans Bounce" (algo como "Diva e Rainha do Bounce de Nova Orleans, uma variação de hip hop característico da cidade). Ela trouxe o bounce para um patamar na música que permitiu que colaborasse com RuPaul na música "Peanut Butter". Vale a pena conferir!
Sabemos que muitas pessoas ficaram de fora dessa lista, por isso criamos a Negritude Queer, nossa playlist no Spotify com artistas da cena musical brasileira e internacional. Clica aí, aumenta o volume e curte esse som! ✊🏿