Dicas do que fazer para (tentar) manter a saúde mental nas eleições de 2018
A política está no divã. Cada vez mais pessoas estão levando assuntos de política para a terapia: o medo do resultado das eleições, a angústia de não saber o que pode acontecer e o receio de uma piora na economia do país são alguns desses fatores. Diante do “e se” — mundo de possibilidades -, a ansiedade e a depressão estão aparecendo nesse período.
Para mulheres, pessoas negras e pessoas LGBTI+, esse sentimento de medo é intensificado pelo discurso de ódio.
Desde o dia 30 de setembro, jornais e agências de notícias já contabilizaram pelo menos 70 atos violentos contra minorias — a maioria deles por motivações políticas. Esse clima tenso justifica o aumento no número de queixas sobre saúde mental em consultas ou rodas de conversa entre amigos.
E, afinal, como manter a saúde mental nesse período?
Não existe uma resposta fácil para um problema tão complexo quanto a intolerância. Com a ajuda da psicóloga e sexóloga Carine Franceschi Saito e outros materiais de apoio, montamos uma lista de pequenas atitudes que podem ajudar nesse período — e depois dele também!
Atividade física
Dá preguiça? Dá. Mas a atividade física é extremamente importante para pessoas que estão lidando com ansiedade e depressão. A liberação de endorfinas e de adrenalina ajuda a mente a se manter sadia — além do corpo. Academia, musculação, natação, yoga, caminhadas ou corridas ao ar livre: vale tudo.
Falando de atividade física, faça o possível para não descuidar da saúde: cuidar da alimentação e tentar manter uma regularidade de sono são atitudes importantes.
O que você gosta de fazer?
Mantenha a cabeça ocupada com outras coisas além da política. Tirar alguns minutos do dia para ler um livro, ver uma exposição, ouvir música, dançar ou qualquer coisa que ajude a cabeça a relaxar. Isso é importante para as pessoas que fazem militância política: ter espaços de respiro do assunto ajuda a manter a cabeça mais leve.
Converse!
Divida suas angústias, tensões e medos com pessoas de confiança. Desabafar e colocar para fora esses sentimentos ruins ajuda muito! Não tenha vergonha ou medo de se abrir. Procure pessoas que estão com os mesmos sentimentos e busque conforto e amor nessas conexões humanas.
Grupos estão se formando, espontaneamente, para promover rodas de conversa coletivas sobre saúde mental. Busque ou forme algum! Ajudar e ser ajudado é lindo.
Cuidado com excesso de informação
Em tempos de rede social, o excesso de informações acaba sendo sufocante, principalmente nesse período eleitoral. Quando for descansar ou relaxar, não fique mexendo no celular ou computador atrás de mais notícias. Desligar por algumas horas é bom — e isso não significa que você vai estar desinformado se não atualizar suas redes a cada cinco minutos. Isso é especialmente importante antes de dormir e logo ao acordar.
Não tenha receio de buscar ajuda profissional
Procure indicações de profissionais de quem já faz terapia. Caso não tenha condições financeiras, existem algumas opções de tratamento gratuito ou barato. Alguns terapeutas e psicólogos fazem um valor social ou mais baixo. Existem também clínicas-escolas nas faculdades, com estudantes de graduação, e que oferecem atendimento gratuito ou com valor simbólico. Hospitais públicos, postos de saúde e UBS (Unidade Básica de Saúde) também oferecem alguns tratamentos. Busque informação!
Para ler mais sobre eleições + saúde mental:
INDICAÇÕES DE VÍDEOS
Quer mais dicas? Existem alguns vídeos no YouTube falando sobre:
- COMO MANTER A SAÚDE MENTAL NAS ELEIÇÕES 2018 — Atualidades | #35
2. SAÚDE MENTAL NAS ELEIÇÕES
3. ANSIEDADE: COMO CONTROLAR ft. Lucimara Braga
4. NÃO É FRESCURA. NEM PREGUIÇA. É DEPRESSÃO.
