Setembro Amarelo: a importância de falar sobre o suicídio sendo LGBTI+

TODXS
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3 min readSep 14, 2018

Você sabe o que é o Setembro Amarelo? Desde 2015, o Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com outros órgãos de saúde, realiza uma campanha de prevenção ao suicídio. Durante todo o mês, o órgão conscientiza as pessoas sobre o suicídio. Falando sobre o assunto e sobre outras doenças mentais, a ideia é incentivar com que as pessoas busquem ajuda em períodos de sofrimento.

O aumento no número de suicídios tem alarmado. Segundo o CVV, são pelo menos 32 brasileiros que se suicidam por dia — uma taxa maior do que vítimas do HIV/AIDS e alguns tipos de câncer. Em 2015, no Brasil, foi a quarta maior causa de morte entre jovens (15 a 29 anos).

O preconceito e a constante violência sofrida por pessoas LGBTI+ deixa a comunidade muito mais vulnerável ao suicídio. Um dos primeiros estudos feitos sobre esse assunto foi da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos. A pesquisa, realizada com 32 mil participantes entre 13 e 17 anos, concluiu que adolescentes LGB (lésbicas, gays e bissexuais) são cinco vezes mais propensos a tentar o suicídio do que pessoas heterossexuais.

Uma pesquisa no Google mostra como a discriminação afeta e deprime pessoas LGBT.

Na Irlanda, um estudo mais recente feito com 15 mil adolescentes apontou que 40% dos entrevistados homossexuais já pensaram, planejaram ou tentaram tirar a própria vida. Para heterossexuais, a taxa cai para 15%.

No Brasil, o único dado mais concreto sobre suicídio de pessoas LGBTI+ é do Grupo Gay da Bahia, que apontou 58 casos em 2017. Ainda assim, faltam dados oficiais para entender melhor a profundidade do problema.

Procurando ajuda

Uma das coisas mais importantes sobre a questão é que a grande maioria dos casos de suicídio podem ser prevenidos, segundo a OMS: 90% dos casos. A condição para isso é que exista oferta de ajuda psicológica, seja ela voluntária ou profissional.

Por isso, caso esteja passando por um período difícil, busque ajuda! Abaixo, listamos algumas instituições, guias a respeito do assunto e outros materiais que podem te ajudar:

CVV

Durante todo o ano, a rede de voluntários do CVV disponibiliza diversos canais para atender pessoas que precisam de apoio emocional. O contato é mantido em sigilo e os atendimentos podem ser feitos a qualquer hora do dia, todos os dias da semana. E o melhor: o serviço é gratuito desde que foi consolidada uma parceria com o Ministério da Saúde. Atualmente, a instituição trabalha com um chat e número de telefone (188).

O próprio CVV também aponta links de instituições referência sobre saúde mental.

Rede pública de saúde

A saúde pública conta com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que abrange os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Para descobrir se há algum CAPS no seu município, é só acessar o portal de educação do seu Estado. Os locais atendem pessoas com doenças mentais, incluindo a depressão grave.

Iniciativa privada

O Facebook conta com um guia que também ajudam pessoas que estão passando pelo problema ou que estão vendo alguém nessa posição. O guia orienta os usuários da rede a entrarem em contato com autoridades ou linhas de prevenção sobre suicídio caso encontrem alguma ameaça na rede. Além disso, o artigo lista possíveis dúvidas e orientações para pessoas que estão pensando em automutilação ou suicídio, listando grupos de apoio por países.

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