As vantagens da migração de On-Premise para Cloud

Por que levar as operações para a nuvem é benéfico para as empresas?

DataLakers Tecnologia
Blog DataLakers
5 min readMar 24, 2021

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Quando falamos em servidores, o normal é que nos venham na cabeça salas com vários computadores para o processamento de uma grande quantidade de dados, além de bom número de discos rígidos para armazenar toda a informação.

Apesar de ser uma imagem bem familiar, hoje em dia isso já não é mais uma necessidade em grande parte das empresas. O antigo modelo de hardware e administração local (On-Premise) deu espaço à implementação de servidores em nuvem, poupando as organizações das tecnicalidades de zelar por um servidor próprio.

Entendendo On-Premise

O modelo On-Premise se refere a servidores com hardware proprietário e gerenciamento por parte das companhias. É o jeito “original” de construir servidores para aplicações e serviços, sejam web ou internos, sendo necessário possuir uma estrutura que comporte o tráfego que o produto gera.

Entretanto, esse modelo exige um bom planejamento e prognóstico de demanda, já que a escalabilidade não é instantânea, requerendo aquisição de equipamentos, configuração das novas máquinas e ajuste dos processos. Além disso, toda a gestão fica a cargo da empresa, que precisa contratar uma staff especializada, garantir o resfriamento adequado, substituir o equipamento ao fim do ciclo de vida, etc.

Entendo Cloud

Para apresentar a Cloud, vamos falar de onde o conceito surgiu. Enquanto pequenas empresas podem operar com suas pequenas salas de servidores, grandes empresas sempre tiveram uma estrutura muito mais robusta, mas que costumava ficar parcialmente ociosa em períodos de menor demanda. Oferecer essa estrutura de processamento para outras empresas foi visto como uma oportunidade, e esse modelo foi chamado de time-sharing; o precursor da nuvem.

Hoje em dia, esse tipo de serviço evoluiu e foi muito popularizado, com gigantes da tecnologia como a Google ou a Microsoft possuindo Data Centers em complexos com muitos prédios e dezenas de milhares de servidores.

Essas corporações oferecem a infraestrutura e gerenciamento como um serviço pago sob demanda, além de outros tipos de suporte. Esse portfólio operacional é o que conhecemos como Cloud.

Dentre as soluções oferecidas em nuvem estão:

  • Máquinas virtuais
  • Infraestrutura para armazenamento de dados
  • Aplicações de ingestão de dados
  • Configuração de networks globais
  • Ferramentas de monitoramento
  • Soluções para Internet das Coisas (IoT)
  • Soluções de gerenciamento e segurança em nuvem

Durante o estudo para adesão ao formato, cabe decidir também o nível de envolvimento, customização e controle desejado sobre os serviços utilizados na nuvem. Para isso, é necessário entender que serviços em Cloud podem ser classificados em três categorias: IaaS, PaaS ou SaaS.

Infrastructure as a Service (IaaS) é termo usado quando se faz uso apenas do hardware na nuvem (por exemplo, rodando aplicações em máquinas virtuais), o que permite um maior controle sobre as aplicações, já que tudo será construído conforme a necessidade da empresa.

Já Platform as a Service (PaaS) é quando se usufrui da infraestrutura e de alguns recursos, como escalabilidade das operações de forma automática, com aplicações como Big Query, o que oferece mais praticidade nos projetos e no dia a dia.

Por fim, se denomina Software as a Service (SaaS) quando a solução utilizada cobre o pipeline completo de dados na nuvem, incluindo ETL e analytics. Desse modo, pode-se interagir minimamente com a infraestrutura e focar exclusivamente no negócio. O Data Studio e o Google Analytics são opções nessa categoria.

Diferenças claras, vamos às vantagens

Dependendo da solução escolhida — ou que se encaixe melhor em cada caso — as aplicações Cloud podem cobrir diversas necessidades. Mas é justo dizer que, no geral, é uma tendência a substituição de servidores On-Premise ou a adoção de modelos híbridos, e benefícios claros estão levando as empresas a transicionarem seus modelos de gestão de dados para a nuvem cada vez mais. Citamos alguns desses benefícios abaixo:

  1. Custo: quando avaliamos os custos envolvidos na em possuir um servidor físico, vemos que tanto o CAPEX (investimento de aquisição) quanto o OPEX (custo de operação) são altos, devido ao valor elevado do hardware e da demanda de espaço, manutenção, equipe, resfriamento, etc. Por outro lado, o CAPEX da operação em Cloud é baixo, e o OPEX se torna bastante atrativo, já que acompanha a demanda real da sua organização e evita que se gaste com manutenção de capacidade ociosa.
  2. Escalabilidade: uma das principais vantagens da operação em Cloud, ampliar, ou até mesmo reduzir, a infraestrutura empregada se torna uma tarefa muito mais simples e praticamente instantânea.
  3. Foco no desenvolvimento do core business: sem o consumo de tempo necessário para manter a estrutura de um servidor físico, sua equipe de dados pode focar em inovação e desenvolvimento de soluções para análise de negócio.
  4. Cobertura geográfica global: com Data Centers espalhados pelo mundo, fornecedores de nuvem são uma solução estratégica para empresas em expansão, já que fica mais fácil ter estrutura para atuar em outras partes do globo e ainda assim operar com baixa latência.
  5. Segurança: Data Centers de grandes companhias tem diversas camadas de segurança física e digital, além de criptografia de ponta a ponta; tudo para garantir a segurança dos dados. Somado a isso, a possiblidade de backup automático na nuvem também é outro grande diferencial que evita perdas de informações valiosas.
  6. Acesso remoto: especialmente importante para empresas descentralizadas — ou atuando em Home Office — ter os dados disponíveis na nuvem facilita o acesso dos funcionários de qualquer parte do mundo.

E quando devo migrar minha infraestrutura?

Existem alguns momentos mais propícios para a migração Cloud, por exemplo quando o hardware dos servidores está no fim do ciclo de vida, já que o capital que seria investido em uma revitalização pode ser destinado para a migração e implementação de servidores na nuvem.

Mas é importante avaliar se o cenário atual já não exige uma migração por questões operacionais: seus servidores estão ajustados a sua demanda habitual e picos? As informações importantes estão disponíveis e acessíveis aos colaboradores em Home Office? Seus servidores físicos estão apresentando a segurança necessária?

Essas reflexões e reavaliações constantes precisam estar sempre na mente dos gestores e responsáveis pela área de TI. Assim, é possível aproveitar oportunidades geradas por novas tecnologias, acompanhar tendências e se manter a frente da concorrência, o que vai ajudar a trazer a melhor experiência possível para os colaboradores e entregar o melhor produto possível para os consumidores.

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