Aprendi a ser simples

Esse é um relato de como eu aprendi a ser simples desenvolvendo código.

Eu desenvolvi a habilidade de fazer o simples

Eu estava começando na área de programação em uma startup, onde foi um dos meus primeiros empregos, estava muito motivado, e apesar de o trabalho não ter dado 100% certo, eu era o primeiro a chegar no escritório e o último a sair. Meu objetivo era aprender o máximo que conseguisse em um curto espaço de tempo, então eu passava a maioria do tempo aprendendo com o StackOverflow, YouTube e fazendo as tarefas do emprego em Python, HTML, Go e Docker. Na época, ainda cursava Publicidade, logo após ter saído da UNIFESP, onde estudava Ciências Exatas.

Apesar de programar desde os 13 anos, as coisas ainda não davam muito certo para mim em programação, eu ainda não tinha alguns conceitos bem estabelecidos. Meu chefe na época não era o melhor que tive; ele gostava de implementar soluções complexas para se sentir superior aos outros desenvolvedores, e comigo não era diferente. Muitas vezes ele refatorava meu código, adicionando complexidade, como uma nova feature de uma linguagem específica que estávamos usando.

Essas soluções rebuscadas faziam parte do meu início de carreira, trazendo complexidade onde deveria haver simplicidade. Logo que mudei de empresa, passei a trabalhar com um líder sensacional, doutor pela UNICAMP. Esse cara era incrível, e aprendi muito naquele ambiente. Com o tempo, assim que me tornei sênior, percebi a importância de simplificar e remover a complexidade, sempre que possível. Isso desafia o lado pensante, ao invés de simplesmente sair implementando tudo que aparece, eu sempre me pergunto: “como posso fazer algo mais simples e robusto para que os outros entendam meu código.”

Eu continuo assim, mesmo que, às vezes, a vontade de implementar algo novo e complexo seja tentadora, eu sempre paro e reflito se faz sentido ou não. Como disse Peter Drucker:

“A simplicidade tende ao desenvolvimento, a complexidade à desintegração.”

Seja simples!