TOTVS Rússia: Desafios e oportunidades

Rafael Chinaglia
TOTVS Developers
Published in
3 min readAug 2, 2019

É quase impossível achar alguém que não goste de viajar e conhecer lugares novos. Mas e se surgisse a oportunidade de morar na Rússia a trabalho? Você pensaria duas vezes? Andrews Fernandes Egas, Agile Masters — TSS e NFS-E da TOTVS São Paulo, não exitou.

“Surgiu uma vaga para o projeto da TOTVS na Rússia, era de meu interesse mudar de país e me candidatei, fizemos as provas de Inglês e de conhecimentos em ADVPL e passamos”. Andrews não foi sozinho. Com ele estava Flávio Teixeira Lopes, Desenvolvedor Front-End Sênior da TOTVS.

Andrews diz que foi um longo processo de treinamentos para se adaptar na cultura Russa, sem contar no desafio de falar três línguas todos os dias (português, inglês e russo).

Objetivo na Rússia

A ida dos brasileiros tinha um objetivo traçado. Treinar os Russos que iriam dar continuidade ao trabalho implantado por Andrews e Flávio. “Tínhamos que treiná-los a programar para continuarem o nosso trabalho depois que voltássemos para o Brasil”, explica Andrews.

Em um ano, a dupla brasileira já tinha conseguido atingir o objetivo. Mas eles gostaram tanto de morar lá que decidiram ficar mais um ano. “O maior desafio era o idioma. O temperamento russo era complicado mas era possível de aprender e se adaptar”, afirma Andrews.

Entrevista

TOTVS Developers — Como era o cotidiano de vocês? O que faziam?

Andrews — “Basicamente, era um dia comum como aqui durante o inverno. Ou seja, de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Durante o inverno anoitecia às 16h e era muito frio, dificilmente saíamos de casa para fazer algo, chegamos a presenciar temperatura de -35º graus celsius.

Durante o Verão era bem legal pois anoitecia às 22:00 e costumávamos ir aos parques ou “praias” (que na verdade era areia colocada na beira de um rio) andar de wakeboard, e curtir os 19º a 25º. O verão dura 3 meses e o resto é considerado inverno pois é bem frio e neva.

TOTVS Developers — Em quê estavam trabalhando?

Andrews — Nós tínhamos o cargo de líderes de desenvolvimento e basicamente atuávamos desenvolvendo e treinando os russos em ADVPL, que é a linguagem de programação da TOTVS/TOTVS Developers

TOTVS Developers — Aprenderam a falar Russo? Ou o inglês ainda é a principal língua para se comunicar?

Andrews — Inglês era a principal língua para se comunicar dentro do trabalho e era muito difícil achar alguém que falasse inglês na rua, nos bares, nas baladas, no táxi e nos restaurantes, então, tivemos que aprender a falar Russo, sim, ao menos o básico, para sobreviver.

TOTVS Developers — Cite uma curiosidade do seu dia a dia na Rússia.

Andrews — Todo mundo ama brasileiro, os taxistas adoravam falar dos jogadores de futebol pra gente, e mesmo quando falávamos que não entendiamos Russo eles continuavam falando mais alto achando que assim iriamos entender.

Aprendemos a andar de Snowboard, pois sentíamos falta de algum esporte radical e a única alternativa era se render a neve. Fizemos um ritual dos russos de mergulhar no lago congelado no meio do inverno. Como eu disse, os russos amam brasileiro, então a gente fazia festa em todo lugar.

Montamos uma banda de forró, pois alguns russos amavam a cultura brasileira e mesmo sem ensaiar a gente encheu o restaurante brasileiro por alguns dias, simplesmente por ser uma “banda brasileira”.

TOTVS Developers — Como é a Joint Venture que vocês trabalharam?

Andrews — A empresa não é muito grande, mas o prédio e as companhias parceiras faziam com que muita gente ficasse lá junto com a gente. Tínhamos muito contato com o idioma Russo no trabalho e muitas vezes misturávamos os idiomas. Já voltamos para o Brasil, mas ficamos 2 anos morando em Moscow.

--

--

Rafael Chinaglia
TOTVS Developers

Jornalista/ Editor do iMasters, Gestor de projetos e produtor de conteúdo para TOTVS Developers.