O perspectivismo de Nietzsche e as fronteiras da verdade entre Kant e Bergson

cauê
Trabalhos de Filosofia
13 min readDec 22, 2022

Ao longo da história da filosofia ocidental, o conceito de verdade transitou por três grandes momentos: da verdade atrelada ao discurso até a concordância dela entre experiência e objeto, momento em que foi levada até as últimas consequências. Friedrich Nietzsche será o precursor desse projeto, mas com a análise de que essa verdade não é universal como queriam. Esse artigo investiga a abordagem perspectivista de Nietzsche em relação aos problemas que surgem quando a verdade passa a não ser mais uma.

Do gênio construtivo à perspectiva rã

Em A crítica da razão pura, Immanuel Kant (1724–1804) introduz uma transformação no modo de investigar que desloca objeto e conhecimento da posição empiricamente habituada — com certos graus satisfatórios — para a volta do conhecimento independentemente da experiência do objeto; a priori. Tal deslocamento foi denominado como a Revolução Copernicana na filosofia kantiana. A novidade introduzida pelo filósofo se dá a partir da evidência histórica e epistemológica de que se pode criar conceitos sem passar pelos objetos. Na verdade, a força desse pensamento é a de que a delimitação eficiente de qualquer objeto se deve, anteriormente, a produção universal de conceitos aplicáveis pela razão. Eficiente, decerto, porque com essa nova regulação, pode-se entender leis da natureza que não se revelam à primeira vista, isto é, sensorialmente, e seguir o itinerário da ciência. Os exemplos resgatados são das ciências exatas: física e matemática, sobretudo essa última. Para Kant, o triângulo isósceles teve sua gênese não na busca de um objeto no mundo, mas em uma invenção conceitual, produzida pela razão a partir de outros conceitos. Tendo o conceito em mãos, pode-se, então, voltar aos objetos do mundo, bem como inventar outros conceitos a partir deste ou daquele e torná-los reais. É nesse sentido que não há nada radicalmente novo na experiência comum ou investigativa: ao encontro de um objeto estranho, aplica-se conceitos pré-estabelecidos do conhecimento. Dizia Kant no texto “Prolegômenos a toda metafísica futura”: “(…) nada é mais fácil do que encontrar para toda a novidade uma obra antiga que com ela tenha alguma semelhança” (KANT, 1988, p. 11). Outrora chamados de transcendentais, esses conceitos correspondem ao modo de representação dos objetos, podendo ser altura, volume, unidade e pluralidade, por exemplo — a designada Tábua das Categorias. Os objetos são regulados a partir de nossos conceitos. Alinhados a eles, o tempo e o espaço dispõem a experiência para o entendimento.

A constatação de Kant é a de que os indivíduos caminham sobre o mundo de forma a deformá-lo instantaneamente, introduzindo perspectivas derivadas de conceitos universais produzidos pela razão. Quer dizer, a filosofia kantiana possibilita a experiência humana — mediada em conceitos a priori — diante de um objeto em forma de fenômeno (Erscheinungen) objetivo. Isso porque não podemos apreender o objeto em si mesmo, salienta Kant:

Neste posto, porém, reside também o experimento de uma contraprova da verdade que resulta dessa primeira apreciação de nosso conhecimento racional a priori, a saber, que ele só se aplica a fenômenos e deixa de fora a coisa em si mesmo, como uma coisa efetivamente real em si mesma, mas por nós desconhecida (KANT, 2018, p.31).

Kant, deste modo, reelabora a metafísica e a coloca em um campo de possibilidades, mas ressalva seus limites. De fato, ele estrutura a experiência a partir de um campo universalmente conhecível. O mundo, sendo ele fixo e imutável, permite a análise científica.

O projeto kantiano rompe com a tradição filosófica que unia lógica à ontologia; em outras palavras, no contexto da lógica, Kant problematiza o platonismo e, consequentemente, o aristotelismo. Para os antigos, a investigação deveria ser contraída no Ser e em suas predicações. O discurso, portanto, demonstraria a verdade ou falsidade a partir da análise estrutural de seu discurso em relação ao mundo. Kant, como vimos, estabelece que a verdade deve ser procurada entre a concordância do conhecimento sobre objeto. Na outra mão, foi o moderno David Hume que sinalizou para Kant uma reformulação da metafísica. Em Prolegômenos, Kant afirma que a reflexão sobre a causação de Hume (causa e efeito) o despertou ao pensamento a priori nas investigações e reflexões filosóficas. Se Hume creditava à essa conexão uma experiência de hábitos que se associavam pela imaginação, Kant, em oposição, se perguntou se essa conexão não seria advinda de um entendimento puro. O filósofo alemão então “acorda” do “sono dogmático” através de Hume.

Um dos filósofos que vai levar adiante o projeto kantiano — com duríssimas ressalvas e críticas — será Friedrich Nietzsche (1844–1900), o filósofo de nosso artigo. Nietzsche dirá que, de fato, como Kant constatou, jamais conseguiremos conhecer a essência de um objeto. Antes, dispomo-nos de nossa razão para criar conceitos de forma a cercar os objetos do mundo. Nietzsche observa que o conhecimento é, acima de tudo, antropomórfico, mas esse fato não é de tal grandiosidade como foi sustentada pela filosofia. A criação de conceitos constitui um amontoado de metáforas que faz com que os seres humanos possam se conservar em nome de uma soberba supostamente lógica. Supostamente porque a natureza e seus objetos, para Nietzsche, são de tamanha imprescritibilidade que dificilmente se adequarão aos regramentos que a humanidade quer instituir. É nesse sentido que Nietzsche questiona, inclusive, se a linguagem é a expressão mais adequada de todas as realidades (NIETZSCHE, 2005 p. 55). Kant, quando perguntava sobre como é possível uma experiência do mundo, fazia essa pergunta buscando um método universal já que, para ele, o mundo era imutável, dado. Os conceitos descreveriam satisfatoriamente o mundo. Nietzsche, ao contrário, percebe que os conceitos tem data, hora e que são determinados histórica e culturalmente. Não existe mais um conceito universal, tampouco um mundo fixo. Os conceitos inventados de uma certa cultura podem diferir radicalmente de outra. Portanto, o intelecto não produziria um conhecimento. Primeiro, como vimos, porque o mundo em si mesmo é indescritível, e segundo, porque os conceitos são construídos e transformados ao longo da história de um povo.

“(…) por que é preciso crer nesses objetos?”, ironiza Nietzsche (NIETZSCHE, 2017, p. 33). A resposta dessa pergunta — dessa amizade à distância com Kant — tem como resposta a afirmação de que produzimos enganos, como conhecimentos, para sobrevivermos. Depositamos nossa crença sobre um objeto, sua verdade, em prol de uma sobrevivência em grupo. A sem-vergonhice humana, pensando como Nietzsche, seria a de deixar se enganar por essas invenções conceituais, até ao ponto de esquecer de que fomos nós que inventamos os conceitos. E toda a história conceitual se dá, fundamentalmente, com a criação de realidades e valores morais. Ele denuncia:

No sentimento de estar obrigado a designar uma coisa como “vermelha”, outra como “fria”, uma terceira como “muda”, desperta uma emoção que se refere moralmente à verdade: a partir da oposição ao mentiroso, em que ninguém confia, que todos excluem, o homem demonstra a si mesmo o que há de honrado, digno de confiança e útil na verdade (NIETZSCHE, 2005, p. 57).

A humanidade que se ergue em torno de suas invenções pragmáticas, também esquece o caráter animalesco de seu impulso inicial à verdade: a conservação da espécie é o maior objetivo almejado por ela, objetivo o qual se assemelha ao comportamento das espécies mais primitivas. Não existe uma investigação honesta e pura da verdade. Quando se diz que alguém age honestamente, quando perguntamos sobre tal atribuição, a resposta que se segue é de que agiu-se de forma honesta por causa da sua honestidade (NIETZSCHE, 2005, p. 56). Nietzsche realiza uma desvalorização da verdade, como da imagem que o homem racional tem de si.

Em termos nietzschianos, como um conceito é formado? A invenção de um conceito deriva da necessidade de se distinguir do que há de mais primitivo nos seres humanos. Deve, inicialmente, sinalizar uma diferença entre espécies (humanos versus animais primitivos). A conceitualização segue um padrão de “igualação do não-igual”, deixando de lado diferenças particulares para formar uma unidade padronizada de forma a encontrar, arbitrariamente, nas pesquisas, tais unidades em outros meios e épocas. No meio disso tudo, deixa-se de lado uma multiplicidade de aspectos não categorizados; uma enormidade. Lembremos que tal formação é enganosa. Nos servimos dela. Não aprendemos claramente. “Dividimos as coisas por gêneros, designamos a árvore como feminina, o vegetal como masculino: que transposições arbitrárias!” (NIETZSCHE, 2005, p. 55). A verdade conquistada é em nome das consequências vitais e agradáveis. Aquela que seria a verdade em si não apraz, gera temor.

E a verdade? A verdade é esse esquecimento de que fomos nós que criamos e estabelecemos os conceitos. O batismo da verdade advém da criação de conceitos, portanto, ela é igualmente antropomórfica. Tem raiz humana. O edifício de um conceito entre um grupo é passado para aqueles que vivem nele de forma arbitrária, mas obrigatória. De certa forma a ciência tem suas origens aqui. Para Nietzsche, não importa. A verdade, resultado de um conceito inventado, subjuga uma ilusão. É transmitida como em um rebanho; convencional. A verdade é um conjunto de metáforas porque apenas a partir desse exercício figurativo pode-se especular utilitariamente sobre alguma coisa. A natureza oculta de seus semelhantes o que há de mais importante.

(…) o grande edifício dos conceitos ostenta a regularidade rígida de um columbário romano e respira na lógica aquele rigor e frieza, que são da própria matemática. Quem é bafejado por essa frieza dificilmente acreditará que até mesmo o conceito, ósseo e octogonal como um dado e tão fácil de deslocar, quanto este, é somente o resíduo de uma metáfora (NIETZSCHE, p. 2005, p. 57).

O problema se evidencia na imagem do gênio construtivo, mas que se revela nos confins de uma perspectiva rã — ambas ironicamente referenciadas por Nietzsche [A primeira é referenciada em “Sobre a verdade e mentira no sentido extramoral” (p. 58) e a outra no texto “Do preconceito dos filósofos” In.: “Além do bem e do mal” (p. 22)]. Ao gênio, todas as verdades falaciosas estabelecidas para agradar a si mesmo, trazer transformações na esfera humana — “metamorfose do mundo em homem” (NIETZSCHE, p. 2005, p. 58). O gênio não percebe que seus esforços iniciais de categorização, definição, invenção e criação, são, na verdade, limitados — apesar de também haver um movimento de negação de um impulso à verdade em si, vista que ela, como vimos, não traria utilidade ou um sentimento agradável. Por isso, em outro momento, Nietzsche dirá que essa situação metafísica está dentro de uma perspectiva rã, isto é, curta e limitada. O que se conhece é apenas um fragmento minúsculo frente a enormidade de aspectos particulares de um objeto (sem excluir a impossibilidade do contato com o em si, a essência de qualquer objeto).

As fronteiras da verdade

Kant e Nietzsche nos ensinam que jamais conheceremos a verdade em si mesmo de qualquer objeto. Esse último, em sequência, acrescenta que a instauração de conceitos e verdades são forjadas em busca da conservação coletiva e que gera um mundo de castas, subordinações e privilégios (NIETZSCHE, 2005, p. 57). No debate nietzschiano, percebe-se que a verdade está no contexto do perspectivismo: cada povo a possui e pode estar a criar a sua. Pode, também, transformar uma verdade anteriormente estabelecida, até declarar como falsa. Toda verdade e falsidade têm uma correspondência histórica e cultural. Nesse contexto, chegamos às preliminares de nossa tese: a guerra (suas evidências ao longo da história) não seria um resultado do impulso à verdade? Se, para a conservação coletiva, cria-se verdades as quais são transmitidas por uma convenção cuja força procede de uma moral dominante, como se dá o tratado da verdade se não em estabelecer, ao mesmo tempo, fronteiras? Os valores de uma cultura firmada em certos conceitos dificilmente são violentados; em contraposição, busca-se universalizá-las. E essa busca se dá com o esquecimento das datas das suas verdades. Elas aparecem como dadas por toda eternidade. Voltemos à questão do impulso inicial, Nietzsche nos diz:

Eu não acredito, por conseguinte, que um “impulso ao conhecimento” seja o pai da filosofia, mas que um outro impulso, aqui como em outros casos, serviu-se do conhecimento (e do desconhecimento!) apenas como de um instrumento (…) Pois todo impulso é sequioso de poder: e como tal ele busca filosofar (NIETZSCHE, 2017, p. 26).

Erige-se valores fronteiriços a partir de uma verdade. É um tratado de paz coletivo — que diz respeito, em primeiro lugar, ao grupo de origem — como é um tratado de guerra em relação àqueles que tem uma verdade diferente da sua. Chegamos, finalmente, ao tema da guerra. Em outro momento, o filósofo Henri Bergson (1859–1941) chamará de moral fechada àquilo que diz respeito aos valores morais, éticos e sociais de um povo — todas datadas historicamente — que desejam se conservar coletivamente. Bergson nos ajudará com a questão trazida por Nietzsche — e aqui levantada — a respeito dos problemas provenientes com a instauração de uma verdade intransponível coletivamente.

O último livro de Bergson, “As duas fontes da moral e da religião”, reúne as reflexões do filósofo acerca da tendência de criar hábitos da sociedade para entender o dualismo entre o que ele denomina de moral fechada e moral aberta. A moral fechada, que é o nosso destaque para a aproximação com a filosofia nietzschiana, se refere ao estado em que a evolução humana chegou e cuja vontade maior é a da conservação. Bergson afirma que o desejo da vida, na verdade, é a criação e, para tal, deve-se saltar do estado fechado para o aberto. Dentro de um ambiente de coerção social, vivemos a moral fechada porque é nela que a inteligência, em termos bergsonianos, faz a preservação da espécie humana. A inteligência se satisfaz tanto em questões epistemológicas como científicas: trouxe avanços em ambos os lados. Com razão, a moral fechada reside em um conjunto de regras e hábitos sociais que permitem a manutenção humana, mas tem seus limites de grupo. São as fronteiras. A conservação almejada tem seus limites: que seja apenas entre o grupo que habitam. De acordo com Bergson, apesar de haver um certo grau de empatia às outras pessoas, a moral fechada flerta com desejos egoísticos — e a sua tendência é a tentativa de equilibrá-los. Lembremos de um apego patriótico: esse está totalmente correlacionado à vontade de se conservar e grupo e de se defender dos outros. É razoável que se ame a pátria porque essa é o cerco em que se foi colocado uma comunhão de valores; a pequena humanidade ali inserida é copiosamente amável. É um amor privado.

Mas, repetimos, entre a sociedade em que vivemos e a humanidade em geral há o mesmo contraste que entre o fechado e o aberto: a diferença entre os dois objetos é de natureza, e não simplesmente de grau. Que se passa quando, dirigindo-nos aos estados de alma, comparamos entre eles dois sentimentos seguintes: apego à pátria, amor da humanidade? Quem não vê que a coesão social se deve, em grande parte, à necessidade de uma sociedade se defender contra outras, e que começa por ser contra todos os outros homens, que se ama os homens com os quais se vive? Tal é o instinto primitivo (BERGSON, 2005, p. 42).

O encontro dessas duas filosofias permite que se faça uma análise que une humano e animal. Quando Nietzsche fala que o impulso à verdade tem como base o desejo de se conservar, ele percebe que este é um caráter primitivo. Bergson, quando analisa a força dos hábitos em sociedade, dirá que a moral tem um fundamento biológico e social. “Os membros da cidade conjugam-se como as células de um organismo” e “(…) a obrigação está para a necessidade como o hábito está para a natureza” (BERGSON, 2005, p. 26 e 27) são as provocações que ele traz. Ora, a questão do impulso à verdade de Nietzsche e o tema da inteligência de Bergson se assemelham: uma está atrelada a outra, porque para esse último a inteligência consegue instrumentalizar a matéria e tornar ela adaptável para os indivíduos. Teoriza e tem ação prática. Mas ainda é superficial: é apenas a perpetuação da vida humana. O desejo da vida em Bergson é mais do que isso. O impulso à verdade, logo, é uma artimanha da inteligência. Não busca essência das coisas, busca a conservação da espécie, do grupo.

O perspectivismo proposto por Nietzsche sinaliza para os problemas egoísticos gerados a cada recorte conceitual da verdade. Os eventos de guerra são factuais para entender que fronteiras são impostas ao contrato coletivo da criação de uma verdade, de um conceito. As construções morais que são erguidas a partir do edifício da verdade — também construída — tentam barrar justamente o caráter de inimizade que paira no ar de cada povo. A cultura, dirá Sigmund Freud (1856–1939) um século depois, insatisfatoriamente conseguirá barrar com esses impulsos.

Apesar de todos os seus esforços, esse empenho da cultura não obteve muitos resultados até agora. Ela espera impedir os excessos mais grosseiros da força bruta ao conferir a si mesma o direito de praticar a violência contra criminosos, mas a lei não alcança as expressões mais cautelosas e sutis da agressão humana (FREUD, 2018, p. 162).

O disfarce de que Nietzsche se refere está direcionado ao caráter do esquecimento de que a verdade é antropomórfica, cuja auréola convida o pensamento a dedução de que aquela verdade sempre esteve ali; fixa e universal. O que equivale a dizer que, o caráter imperativo de uma verdade forjada, poder-se-á surdir como natural. O fundamento de cada cultura tem como base todas aquelas metáforas construídas. Freud chama atenção para sua essência:

Mas talvez também venhamos a nos familiarizar com a ideia de que há dificuldades ligadas à essência da cultura e que elas não cederão a qualquer tentativa de reforma. Além das tarefas de restrição dos impulsos, para as quais estamos preparados, impõe-se a nós o perigo de um estado que se pode chamar de “miséria psicológica da massa”. Esse perigo ameaça sobretudo ali onde o laço social é produzido principalmente por meio da identificação dos membros entre si (…) (FREUD, 2018, p. 166).

A identificação dos membros entre si citada por Freud é o refúgio, positiva e negativamente, de cada sociedade com o estabelecimento de sua verdade. O laço social advém, como vimos, da produção de conceitos que levam a uma verdade grupal, histórica. Urge, portanto, analisar como os problemas ditos culturais, na verdade, estão enraizados na origem do que uma sociedade classifica e define como verdade. É a partir desse ponto que se pode investigar a genealogia histórica e culturalmente de uma sociedade — entender o que ela chama de verdade e falsidade. Por que e como ela estabelece fronteiras.

Referências bibliográficas

BERGSON, Henri. As duas fontes da moral e da religião. Tradução Miguel Serras Pereira. Coimbra, Editora Almedina, 2005

FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão & o mal-estar na cultura. Tradução Renato Zwick. Porto Alegre, Editora L&PM, 2018

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução Fernando Costa Mattos. Bragança Paulista, São Paulo. Editora Vozes. 2018.

_____________. Prolegômenos a toda a metafísica futura. Tradução Artur Morão. Lisboa, Portugal. Edições 70. 1988

NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal. Tradução Renato Zwick. Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Coleção L&PM Pocket. 2017

_____________. Sobre a verdade e a mentira no sentido extramoral. São Paulo, São Paulo. Editora Nova Cultural Ltda. 2005

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