Diferencial

Perfeito amor e perfeita confiança em concreto: Nosso diferencial e nosso desafio

Imagem gerada pelo Midjourney

O lema “Perfeito Amor, Perfeita Confiança” se confunde com as próprias origens da Wicca.

Chamado em muitas Tradições de “senha”, sem a qual o postulante não pode atravessar os portais iniciáticos, essa expressão não pode jamais ser confundida com um simples ideal inatingível, uma utopia onírica, nem mesmo representa um simples norteamento ético para o procedimento dos adeptos.

“PAPC” é muito mais que um conselho, uma norma ou uma orientação moral.

“PAPC” é o alicerce sobre o qual se fundamenta a relação entre o adepto e os Antigos.

Perfeito Amor, Perfeita Confiança é o alicerce da TDB

Muito além da interpretação dessa regra em outras vertentes de wicca e neo-paganismo, a vocação da TDB foi tornar o PAPC uma realidade concreta, não apenas buscada, mas duramente conquistada em profundas e desafiadoras relações sacerdotais e humanas.

Historicamente o uso dessa expressão recorda que durante os séculos da Grande Perseguição iniciar outra pessoa podia significar morte. Se o postulante fosse um espião, a sorte do iniciador e do coven estaria selada: tortura e morte. Por isso, a iniciação, os ensinamentos iniciáticos eram feitos apenas em PAPC.

Nunca podemos nos esquecer de nossas origens. Somos Brux@s, herdeiros de uma história escrita em perigo, riscos, violência e sangue.

Perfeito Amor, Perfeita Confiança foi o que permitiu a sobrevivência da Arte.

Mas será que é somente nessa perspectiva do passado que isso importa? PAPC seria uma questão de morte só nesse passado distante?

Não! Hoje, entre nós, PAPC também continua sendo uma questão de vida ou morte.

Como e por quê?

É hora de percebermos que o sacerdócio Wiccaniano comporta muitos níveis. Eles não são necessariamente melhores ou piores quando comparados uns com os outros. São apenas diferentes. Cada pessoa escolherá seu nível sacerdotal e seu grau de comprometimento com a Arte e os Antigos conforme suas vocações.

Muitas tradições de Wicca definem Coven simplesmente como “grupo de pessoas que celebram juntas”. Nesse tipo de tradição, as relações dentro de covens ou círculos se resumem quase que apenas às celebrações em si e um ou outro grau de intimidade entre os membros apenas se estabelece segundo critérios sociais comuns de relacionamento. Não há um envolvimento amplo nas vidas uns dos outros. As pessoas podem pertencer ao mesmo coven ou círculo durante anos e só saberem das outras superficialmente. Se formam amizades como em qualquer outro grupo social, as máscaras permanecem e a verdade nua e crua raramente é dita, especialmente entre pessoas do mesmo grupo. O relacionamento entre os membros difere bem pouco do de outras formas de associações.

Isso é errado? Certamente não, mas também certamente isso faz com que o nível do sacerdócio dessas pessoas seja um, o nível dos que optam pela fusão de vidas em concreto em PAPC real, seja outro, bem diferente.

Essa opção do PAPC como simples “ideal inatingível” a TDB REPUDIA.

Na TDB Coven é outra coisa completamente diferente: é uma fusão de vidas e implica, necessariamente o PAPC em concreto, com o despir de todas as máscaras, um mergulho profundo em si mesmo e nos demais e um terminar de convenções sociais. Se morre para todas as formas de relacionamento em grupo que se conhecia antes e se renasce para a forma de Coven. Isso faz com que nosso relacionamento com os Deuses também seja mais profundo, mude de nível, em comparação com os que se contentam com as relações mais superficiais. A Arte é a Vida, se nosso modo de viver PAPC é mais comprometido e mais profundo, assim também é nossa Arte.

Um Círculo é um grupo onde o PAPC é cultivado para que um dia, após pelo menos 3 rodas juntos, ele possa adequada e conscientemente fazer o compromisso de Coven.

Nesse tipo de grupo PAPC é concretamente uma questão de vida ou morte.

Quando se ingressa para treinamento numa Tradição, devemos compreender profundamente que estamos fazendo um CONTRATO DE ADESÃO, ou seja, não podemos pensar em entrar em uma Tradição para mudá-la, deturpá-la ou seguir dela apenas o que nos é conveniente, deixando de lado o que nos desagrada.

A verdade é que entrar em uma tradição tem vantagens e desvantagens. Em comparação com a bruxaria solitária, há regras, exigências, tempos e coisas que precisam ser cumpridos. Assim, certamente, há uma perda de liberdade em comparação com os que dançam sós.

Em compensação, uma Tradição oferece aos seus uma Estrutura, um trilhar do Caminho que já deu certo para muitos e provavelmente será adequado a você. O que é preciso compreender desde já é que essa estrutura se forma por uma Egrégora da TDB. E essa egrégora só existe e é mantida porque quem pertence à TDB faz coisas iguais, nos mesmos momentos. É por isso que os lineamentos básicos da TDB não são para serem discutidos, mudados ou esquecidos. São para serem mantidos e repetidos, porque são nossa força e nossa união. Mantemos muita coisa como recebemos da Tradição Old Dianic/Hyperborean e é nosso dever mantê-la e compreendê-la, assim compreendendo ainda mais a egrégora mãe de nossa TDB.

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Tradição Diânica do Brasil
Tradicao Dianica do Brasil

Fundada 2001, tem sedes físicas no Templo da Deusa I em Cotia- SP e II em Belém-PA. Tem membros em todo Brasil e no exterior.