O que não te contaram sobre a carreira de Dev — Parte 1

Marcos Felipe
Training Center
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5 min readNov 24, 2017

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Recentemente eu e um colega de trabalho, o edumatsu, estávamos decidindo um tema para uma palestra que iriamos dar um evento de tecnologia em uma Faculdade na cidade Bauru, no início queríamos falar de tantos assuntos, desde orientação a objetos até inteligência artificial ou redes neurais; mas logo após esse brainstorm, vimos que a tendência das pessoas que vão nesses eventos não são pessoas com muito conhecimento técnico e que isso é um grande problema, porque geralmente as pessoas vão apenas com o conhecimento que a faculdade te proporciona e somente isso não é o suficiente. Posteriormente assistindo algumas palestras e vídeos, nós chegamos ao insight que palestras não muito técnicas, são as que mais marcam, pois a maioria realmente faz diferença para nossas vidas, então tivemos a ideia de falar sobre a carreira de Dev.

No decorrer das ideias para a palestra, vimos que os tópicos que queríamos falar podem ser importante para muita gente, foi ai que eu tive a ideia de também escrever sobre isso. Vou abordar cada tópico que falamos na palestra nos artigos dessa série.

Uma coisa bem importante, tudo que estiver escrito nos artigos, não leve como regras e sim como ideias.

Não ligue para níveis “Junior, Pleno e Sênior”

Lendo um artigo Desenvolvedoras e desenvolvedores do meu Brasil: Compartilhem conhecimento! do Felipe Fialho, eu li o seguinte trecho:

Ao ler isso, minha mente praticamente explodiu, porque as pessoas que estão entrando na área se preocupam muito em seguir o fluxo Estagiário -> Junior -> Pleno -> Sênior mas quem realmente gosta da área, faz aquilo porque ama, não liga para isso, ele apenas quer saber o que ele vai aprender de novo ou qual será o seu novo desafio. No final esses níveis são so detalhes para o RH definir quanto você deve ganhar.

Não fique pensando qual o seu nível dentro da empresa, não trate como prioridade ser tornar sênior, entenda que se você realmente faz aquilo porque gosta, logo ser sênior será um consequência.

Aparentemente os níveis hoje são definidos, apesar de eu não concordar, por tempo de experiência e conhecimento, se o seu foco for se tornar sênior dentro daquela empresa, você irá aprender apenas o necessário para aquilo, mas e se amanha você é mandado embora? Você realmente vai estar pronto para o mercado? Talvez essa sua ambição no final vire um problema; além do mais ao entrar em outra empresa você tem uma curva de aprendizagem, então por um tempo muito curto você é um “Júnior”.

Eu gosto de pensar que em nossa área sempre seremos júnior de conhecimento, mas devemos ser pagos como sênior.

Tenha autonomia

Eu sempre acreditei que as pessoas devem ser livres e tomar as decisões que elas desejarem. Quando comecei a pensar sobre a nossa carreira, eu vi que temos uma certa autonomia dentro da área e eu fui pesquisar qual o real significado da palavra autonomia, e o google me disse isso:

Essa frase tem uma mensagem muito simples e uma ideia muito pura, que pode ser aplicado em nossa área.

Nossa área é uma área que realmente faltam muitos profissionais no mercado, então isso quer dizer que tem muita vaga para muita gente por ai. Sabendo disso, concluímos que em todo lugar terá uma vaga, então eu posso decidir onde eu quero trabalhar.

É lindo saber que podemos decidir onde queremos trabalhar, com quem queremos trabalhar, com o que queremos trabalhar, e a nossa área e uma das poucas que conseguem nos proporcionar isso. Se você tem ambição de morar fora do país, ter um trabalho legal, ter uma estabilidade financeira, entre outras coisas, a nossa área consegue te trazer isso.

É muito comum ouvirmos as pessoas falarem “faça aquilo que você ama” e realmente você deveria fazer isso e apenas com a autonomia que a área te proporciona você irá conseguir fazer isso.

Decida o que quer fazer e faça! Tenha autonomia para tomar suas próprias decisões.

Tecnologias são meios e não fins

Quem está escrevendo isso é um cara que tem tatuado no braço o nome de 3 tecnologias.

Muito comum vermos uma galera falando “Qual framework é melhor?”, “Qual linguagem é melhor?”, “PHP ou NodeJS?”, entre outras babaquices. Não existe a melhor ferramenta, existe a ferramenta adequada para aquela sua necessidade.

É incrível como apenas na nossa área é que temos pessoas formam fan clubes de uma determinada tecnologia e gostam de competir falando que a minha tecnologia é melhor que a sua. Isso é legal pois prova que a tecnologia conseguiu atingir o necessário, que era suprir uma necessidade, porém o efeito colateral disso é que começamos a acreditar que aquela tecnologia é um fim e não um meio.

“Você não vai usar um cerrote para pregar um prego, ou um martelo para cortar uma madeira.”

Precisamos entender que você vai ter uma necessidade e algumas ferramentas que podem suprir a sua necessidade. Não adianta queremos usar o cerrote para parafusar ou para pregar, com certeza isso irá gerar mais problemas do que soluções. Quando entendemos que cada ferramenta serve para algo, abrangemos mais o nosso mundo para aprender mais coisas para resolver o meu problema.

Façam perguntas que possam levar a comunidade a crescer ou que gere novas ideias ou discussões construtivas. Assim com certeza o meio irá evoluir e não perderemos tempo com essas discussões que não levam a lugar nenhum.

Talvez você não concorde com nada com que eu tenha escrito, mas se isso te levou a pensar mais sobre a sua carreira, meu objetivo foi concluído.

Bora trocar uma ideia por ai

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Marcos Felipe
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Software Developer, Founder of CrowLabs and technology lover.