A Moda encontra a Arte. Mais uma vez.
Destaque na Primavera/Verão 2017, moda e arte andam juntas há algum tempo.
Apontada como tendência pelos sites Vogue US, Elle US, Vogue France e Refinery29 UK, a temporada prêt-à-porter Primavera/Verão 2017 apareceu cheia de referências das artes plásticas. Valentino apresentou uma coleção inspirada nas artes medievais, em especial “O Jardim das Delícias Terrenas”, de Hieronymus Bosch. Roksanda trouxe recortes inspirados em Matisse. Jason Wu baseou-se na instalação do artista Ugo Rondinone chamada “Seven Magic Mountains” para criar sua coleção. Mary Katrantzou misturou sua característica psicodélica à imagens gregas clássicas. Proenza Schouler foi outra marca que utilizou-se da arte clássica grega, desta vez com as esculturas.
A lista continua: Kenzo se inspirou em Antonio Lopez, Tome em Bridget Riley, Delpozo em Joaquín Sorolla, Creatures of Comfort em Frida Kahlo, Akris em Carmen Herrera e Céline em Yves Klein. Porém, um dos exemplos mais marcantes é a parceria da Louis Vuitton com Jeff Koons, que resultou em bolsas estampadas com obras de grandes pintores e seus nomes.
Esta relação entre moda e arte surgiu há muito tempo atrás. Desde de Paul Poiret sob a influência da art nouveau, passando pela colaboração de Elsa Schiaparelli e Salvador Dalí, até o icônico vestido de Yves Saint Laurent reproduzindo a renomada pintura de Mondrian.
Esta ligação pode ser interpretada como uma forma de intelectualizar a moda, que muitas vezes é apresentada como superficial. Também pode ser vista como um caminho criativo que percorre diversas áreas antes de encontrar um de seus destinos. Ou ainda, como uma forma de alavancar as vendas ao criar peças-desejo. Seja como for, moda e arte andam juntas, entre colaborações e inspirações nas mais altas casa de Moda, mas também em lugares comuns, como alguns pequenos brechós que fazem de sua vitrina uma exposição de arte.
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