Por que é difícil poupar?

Trocando ideias

Mileide Signorini
Trocando ideias
3 min readMay 27, 2019

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Alguns estudos sugerem que tudo começou na pré-história quando o homem ia em busca da sua caça diariamente, consumia tudo e não deixava que sobrasse nada para o dia seguinte, era um lema de vida que podemos renomear hoje como o famoso carpe diem, viver como se não houvesse o amanhã, o que para os homens da caverna podia até fazer sentido, pois, realmente eles não tinham nenhuma prévia, estatística para se basear na possibilidade de mais um dia de sobrevivência, logo, consumiam tudo o que tinham no dia e se sobrevivessem até o próximo pôr do sol a caçada recomeçava.

E a pergunta é: será que a origem da dificuldade da decisão de começar a poupar um pouco do nosso rico salário tem alguma influência desse passado tão primitivo? Sim, para mim, faz total sentido, uma vez que possuímos (infelizmente) tantas características paleolíticas.

Mas se formos descartar essa teoria ainda há muitas outras, bem mais recentes na história do nosso Brasil que justifica com mais proximidade o temor que nossos pais, avós viveram com o terror dos preços na época das altas inflações, aquele sobe e desce frenético de preços no mesmo dia, sem falar no conhecido confisco/congelamento da poupança no governo Collor, depois disso os adeptos do dinheiro no colchão por certo aumentaram.

E hoje? Essa realidade também já está no passado, nossa economia melhorou, os bancos se tornaram instituições mais sólidas, a informação sobre investimentos estão por aí, e mesmo assim por quê ainda é tão difícil poupar? A melhor resposta que encontrei foi que grande parte das pessoas não possuem claro em sua mente que caminho querem seguir na sua vida, sem sonhos transformados em metas é sim muito mais difícil poupar, viver cada dia de cada vez sem pensar a médio, longo prazo e se caso for necessário contrair uma dívida alta de um financiamento, casamento, carro que decidiu comprar assim sem muito planejamento, pois, o que importa é se a parcela cabe no bolso e não quanto de fato será o valor final daquela dívida, sem falar nos juros.

Portanto, ter uma lista de metas, o que de fato se quer realizar a curto, médio prazo na vida, delimitar um prazo, orçar os valores e se planejar dentro do orçamento desde hoje para que esses sonhos saiam do papel já é um bom começo para a mudança de pensamento, pois, com o tempo a educação financeira torna-se um estilo de vida, e todas as suas decisões começam a ser mais racionais e menos impulsivas, mais elaboradas e menos primitivas.

Tomar decisões mais assertivas acerca do dinheiro é possível, não direi que é fácil pois, tudo que tem um grande impacto nas nossas vidas sãode fato um desafio, mas assim como uma substituição de hábito, sair da zona de conforto se faz necessário foco e disciplina, mas é possível!
Coragem e comece a sua caminhada!

Abraços,
Mileide S. Signorini, notas e reflexões sobre Educação Financeira.

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Mileide Signorini
Trocando ideias

Questionadora, Educadora Financeira, produtora de conteúdo no Trocando ideias, cristã, ouvinte de podcasts e amante de bons livros e trocas saudáveis! ;)